sábado, dezembro 10, 2005

Daniel Innerarity




Não o conhecia. Na verdade, nunca tinha ouvido falar deste filósofo basco nascido em Bilbau. Do lado de lá, os nuestros hermanos já se habituaram às suas opiniões através dos regulares artigos que publica no El País. Nós por cá, ainda não.

Tinha sintonizado a Antena 2 quando de repente, fiquei colado ao rádio a ouvir com muito prazer um discurso sensato, equilibrado e sobretudo, inteligente. Confesso que já há muito que tal não me acontecia, por isso foi com satisfação e atenção que escutei ao longo de uma hora porquê que Aznar perdeu as eleições, quais os novos desafios sociais na Europa, porquê que o discurso belicista de Sarkozy é inútil, tal como inúteis são as barreiras de Ceuta e Melilla.

Foi também interessante saber o que pensa sobre a nova dicotomia esquerda/direita, diferente dos modelos passados. Hoje as posições inverteram-se estando a direita associada ao progresso tecnológico e assumindo um discurso globalizado, por vezes utópico; ao passo que a esquerda transformou-se num movimento idelógico mais conservador e realista do que era. Porquê que os políticos fazem um discurso inócuo, formatado por directivas partidárias e esquivam-se a afirmar o que pensam. (Onde é que já vimos isto? Alô, Aníbal?)

Enquanto o locutor pronunciava mais uma vez o seu nome, não resisti a vasculhar na net até descobrir o seu site oficial. Pequeno mas com conteúdo, pena é que esteja só disponível em espanhol e com mais dois artigos em euskera.
http://www.daniel-innerarity.net/




A Filosofia como uma das Belas Artes
• Teorema, Lisboa, pp. 143-145
Daniel Innerarity





N’Dalo Rocha

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