O Sérgio pede-me para poder colocar o seu comentário na caixa de comentários da «Loja». Eu acho que ele merece estar no corpo principal. Reproduzo:
Olá zé, desculpa só agora dar sinal de vida, mas sabes como são estes meses para nós - o lufa-lufa só termina com a marcha do Porto este sábado, e as responsabilidades são muitas.Li, e gostei. Acho que os teus argumentos podiam ser do movimento - e alguns são. Gosto do excerto do Daniel que escolheste, porque colocas as coisas como elas devem ser, fora do plano da mera tolerância ou do habitual desejo heterossexual de modelar os comportamentos homo de forma a que possam ser aceites, sem nunca se questionar se são aceitáveis os comportamentos da maioria hetero para com a minoria homo.
Estou de acordo também com os bons sinais que referes quanto a lisboa e aos candidatos que estiveram nos eventos. Creio que realmente temos hoje sinais de um início de quebra do isolamento social desta comunidade, a par de um tímido processo de institucionalização que o movimento há muito desejava. E que há-de ter processos contraditórios, naturalmente, uns bons e outros maus (do meu ponto de vista pessoal), uns de transformação e outros de acomodação, - mas isso sou eu que luto menos por uma integração da comunidade lgbt na realidade social que existe, e mais por transformar a realidade social que existe, e que é estruturalmente opressora da diferença - , a ponto de não fazer sentido distinguir entre lgb's e hetero, ou entre homens e mulheres biológicos e as pessoas transgénero. Esse é o meu sonho. Aprecio o teu optimismo, mas acho que não é para daqui a 10 anos, nem é um processo fluido que à semelhança dos deterministas históricos possamos pensar que irá sempre na direcção correcta, mas acho que esse optimismo nos é indispensável de qualquer forma para continuarmos a fazer o que tem de ser feito por esta causa. Da qual és já um activista :), e da qual cada vez mais pessoas o vão sendo, independentemente da sua orientação sexual. Disso não há dúvidas, e que a relação de forças entre a discriminação e a abertura tem mudado radicalmente. Assim continue :), e em grande medida depende de nós.
Se tiveres a gentileza de me mandar o link do teu blog, de bom grado coloco lá este comentário :)
Um abraço para ti e obrigado pelo texto.
sérgio vitorino
Estou de acordo também com os bons sinais que referes quanto a lisboa e aos candidatos que estiveram nos eventos. Creio que realmente temos hoje sinais de um início de quebra do isolamento social desta comunidade, a par de um tímido processo de institucionalização que o movimento há muito desejava. E que há-de ter processos contraditórios, naturalmente, uns bons e outros maus (do meu ponto de vista pessoal), uns de transformação e outros de acomodação, - mas isso sou eu que luto menos por uma integração da comunidade lgbt na realidade social que existe, e mais por transformar a realidade social que existe, e que é estruturalmente opressora da diferença - , a ponto de não fazer sentido distinguir entre lgb's e hetero, ou entre homens e mulheres biológicos e as pessoas transgénero. Esse é o meu sonho. Aprecio o teu optimismo, mas acho que não é para daqui a 10 anos, nem é um processo fluido que à semelhança dos deterministas históricos possamos pensar que irá sempre na direcção correcta, mas acho que esse optimismo nos é indispensável de qualquer forma para continuarmos a fazer o que tem de ser feito por esta causa. Da qual és já um activista :), e da qual cada vez mais pessoas o vão sendo, independentemente da sua orientação sexual. Disso não há dúvidas, e que a relação de forças entre a discriminação e a abertura tem mudado radicalmente. Assim continue :), e em grande medida depende de nós.
Se tiveres a gentileza de me mandar o link do teu blog, de bom grado coloco lá este comentário :)
Um abraço para ti e obrigado pelo texto.
sérgio vitorino
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