And the dreamers? Ah, the dreamers! They were and they are the true realists, we owe them the best ideas and the foundations of modern Europe(...). The first President of that Commission, Walter Hallstein, a German, said: "The abolition of the nation is the European idea!" - a phrase that dare today's President of the Commission, nor the current German Chancellor would speak out. And yet: this is the truth. Ulrike Guérot & Robert Menasse
sexta-feira, junho 29, 2007
Tese
quinta-feira, junho 28, 2007
quarta-feira, junho 27, 2007
Guerra dos Seis Dias, o Médio Oriente, Portugal e a questão do petróleo
Zero em conduta
terça-feira, junho 26, 2007
Marchas e arraiais
Marchas e arraiais
Nestes dias de intensa campanha eleitoral, onde se confundem arraiais e romarias, foi com muito interesse que verifiquei a atenção com que a esquerda, de uma maneira geral, acolheu o Arraial Pride e a tradicional «Marcha do Orgulho».
Claro que quando falo de esquerda ponho de lado o PCP, que porfia de uma posição muito própria sobre toda a temática LGBT. Refiro-me à esquerda do BE e do PS e que agora Helena Roseta se procura associar.
Fui importante verificar que estas três candidaturas (repito, BE, HR e PS) se tenham associado a esta manifestação de uma minoria / maioria que só quer ter os mesmos direitos, liberdades e garantias que todos os cidadãos activos.
Não entendo como é que, em pleno século XXI, as sociedades contemporâneas ainda não se organizam de forma livre, justa e tolerante. É inconcebível que ainda se assista a um conjunto de atitudes, jurídicas e políticas, que impedem o acesso de gentes de bem, de cidadãos livres, a um conjunto de direitos; exclusivamente por razões da sua sexualidade. Não é aceitável.
O Daniel Oliveira resume bem quando diz que:
«[as LGBT] Querem os mesmos direitos que todos os que os acham intoleráveis têm. Não querem simpatia. Não querem que os heterossexuais os achem esteticamente suportáveis para lhes concederem finalmente a cidadania plena. Querem apenas, sem ter de pedir licença. E fazem muito bem. Exigirem menos do que isso seria vergonha. Falta de orgulho»
Qualquer sociedade que se intitula livre tem de confiar nos seus concidadãos. Bem sei que no mundo latino, por natureza desconfiado, é muito aceitável que seja o Estado a decidir pela latitude a dar aos nossos direitos, enquanto indivíduos. Era assim, até há pouco tempo, na questão da Interrupção Voluntária da Gravidez. É assim, ainda hoje, na questão dos direitos das LGBT’s.
Do que podemos desconfiar? De que o sangue de um homossexual seja «sujo»? E o de tantos «heteros»? não o será também? Não devemos por a tónica no carácter não infeccioso do sangue?
Do que podemos desconfiar? De que duas pessoas do mesmo sexo tenham um tipo de amor diferente e que sejam impedidas de celebrar esse amor, através do rito do casamento? Porquê? No que é que esse amor é desigual?
Do que poderemos desconfiar? De que um pai por ser homossexual seja um mau pai? Ou que uma lésbica não possa ser mãe? Mas porquê? Não há tantos casos «hetero» de má parentalidade? Onde diz que é a tendência sexual que define quem pode e não pode ser pai ou mãe?
Do que podemos desconfiar? De que homossexuais não possam ser cidadãos plenos?
Não é aceitável essa desconfiança. Não no Portugal livre, democrático do século XXI.
Bem sei que, pelo que tenho vindo a assistir, que nos encontramos provavelmente na cauda da Europa em matéria de homo e transfobia, talvez apenas superado pela Polónia. Devemos, neste que é o ano europeu para a igualdade, fazer um esforço suplementar. Simplesmente ouvir. Talvez seja possível mudar alguma coisa.
Também sei que este país, de tantas desigualdades e de tanta falta de cultura, cívica, é capaz do melhor e do pior. Sei que pode ser difícil esperar que todo o país seja açambarcado por um súbito espírito tolerante; mas podemos, pelo menos, ambicionar a que hajam bons exemplos para servirem de catalizadores à mudança de mentalidades, ainda hoje, muito exigida.
Lisboa pode ser um desses exemplos.
Lisboa já é esse espaço de liberdade incondicional. Não é perfeito. Talvez nunca o venha a ser. Mas foi relevante ver que estas preocupações já não são de uma minoria marginal. Importou ver o Sá Fernandes na marcha, a Helena Roseta e a Ana Sara Brito no Arraial Pride, na Praça do Comércio. Importou ouvir a intervenção da Elza Pais ou ler a entrevista do António Costa à Sábado. Significa que estamos na fronteira da minoria / maioria.
Não tenho dúvidas da evolução da sociedade portuguesa, e o recente exemplo em relação ao aborto é muito convincente. E de que daqui a 10 anos estes sejam temas do nosso passado. Não pelo orgulho de quem hoje promove marchas, mas pelo orgulho de todos nós.
Algumas considerações acerca do Museu Berardo
Ao contrário do que aqui referem, eu não considero que a abertura do recente Museu Berrado seja a «salvação da cultura nacional», marcando esta inauguração um antes e um depois na história da Arte em Portugal. Algumas pequenas considerações.
1. Em primeiro lugar estou totalmente de acordo com o Pedro Magalhães, quando refere, com outros casos de sucesso português (nomeadamente o de Serralves, mas podia ter também citado a Gulbenkian), que já havia arte contemporânea em Portugal antes do «comendador» ter aparecido. Mais, entendo que Sócrates queira retirar um importante beneficio político desta aposta «cultural», mas parece-me mais interessante associá-la ao conceito de complementaridade, que ao de salvadora da pátria.
2. Mas nem é esse o ponto que mais me aflige. Já o disse há tempos (num post algures no baú deste blogue) que aceitar todas as exigências do senhor Berardo era a estratégia errada. Isto porque, de uma assentada, destruiu o trabalho de 10 anos que o CCB tinha feito. Não nos esqueçamos que o CCB estava, paulatinamente, a inserir-se nas grandes redes culturais europeias e mundiais, sendo já considerado como stoping place das grandes colecções itinerantes mundiais.
3. Claro que este trabalho foi deitado ao lixo. E demorará outros 10 anos a recuperar, se é que alguma vez se consiga fazer, a boa reputação entretanto alcançada. Nenhum grande museu do mundo, publico, se «curva» perante a exigência de um privado. Imaginem lá o Metropolitan a esvaziar-se, a romper contractos já assinados, a hipotecar a sua liberdade artística e exploratória para ficar com o seu espaço preenchido na íntegra por uma qualquer colecção de um qualquer milionário nova-iorquino (independentemente do valor do milionário ou da sua colecção).
4. No máximo que se construa um novo museu para albergar a colecção. Aliás, como fazem as instituições privadas (ver, a titulo de exemplo, o Guggenheim de Nova Iorque)
5. Mas, repito, o pior foi que para existir o «Museu Bernardo» tivesse de se extinguir todo o projecto do CCB. Exemplifico com uma metáfora futebolística:
Imaginem que em vez de arte contemporânea o senhor Berardo tinha uma aquipa de futebol (como, parece, quer ter). Imaginem que, como não tinha estádio e tal, dissesse: “Tenho esta equipa e quero um estádio e instalações para ela poder jogar. É uma equipa de topo”.
O Estado, perante tal oferenda, oferecia o… Estádio da Luz!. Sem se importar que por lá já estivesse uma outra equipa que soubesse jogar à bola; ou que tivesse passado as últimas décadas a construir um nome para si, um nome reconhecível e de prestígio.
Podia ter posto o nova equipa no Jamor, ou ter construído um novo estádio, mas não. Teve de ocupar um em funcionamento. E em bom funcionamento.
Nada tenho, entenda-se, que exista em Lisboa um espaço expositivo com uma colecção do nível da agora posta ao nosso dispor. O que tenho contra é que deixe de ter CCB.
E ainda temos a questão dos subsídios que o MC já assumiu com a Fundação entretanto criada. Mas esse é tema para outro post (tema entretanto já abordado pelo Daniel Oliveira).
Concluindo: nada contra a colecção, pelo contrário, irei vê-a concerteza. Nada contra o senhor Berardo, que apenas quer se promover. Tudo contra a solução encontrada (que, pelo que sei, já levou à demissão de Mega Ferreira do CCB).
Não creio ser este um bom exemplo de se fazer política. nem todos os fins justificam todos os meios.
Parece...
15 de Julho
segunda-feira, junho 25, 2007
Europa
Temos de esperar para confirmar se o texto agora em (re)construção é ou não uma réplica do que foi sumariamente rejeitado nos referendos em França e na Holanda.
Parece também que Portugal, ou melhor, a Presidência portuguesa da UE, terá uma importante oportunidade de ficar na história, não com um novo CCB, mas como a grande promotora desse novo instrumento político-juridico de resolução de todos os problemas europeus.
Parece que esta é a nova salvação para os problemas de construção europeia, numa altura em que esta é acusada de se ter afastado dos seus cidadãos, de ser entendida apenas por burocratas em Bruxelas, e de não conseguir resolver o gravíssimo problema da legitimidade popular.
Parece ainda, a julgar por recentes declarações, que a palavra referendo foi banida do dicionário político europeu. Parece então que não se quer referendar nada que seja europeu. Pior, parece que querem que a aprovação dos parlamentos nacionais «conte» como referendo, justificando o facto de estes terem sido eleitos por cidadãos nacionais. Belíssima sugestão de quem quer aproximar a Europa dos europeus. Aliás, nada melhor do que um sistema indirecto para proporcionar a sensação de proximidade política.
Parece que este é o caminho a seguir. Ou não?
É que parece que já há quem se manifeste contra esta sugestão oligárquica. O Medeiros Ferreira (quem mais), coerente com a sua história e consciente da necessidade de re-ligar a Europa aos seus «eleitores», já se manifestou pelo referendo. Parece que o Daniel Oliveira também se pronuncia pelo referendo. Pelo que percebi, parece que também o Paulo Gorjão alinha na mesma equipa. E parece, por este texto, que podem marcar uma camisola com o meu nome.
Parece-me que apenas querem repor rótulos novos em garrafas velhas. Este processo cosmético, de maquilhagem política, assemelha-se a outros do passado, e está condenado ou a ser vivido por poucos ou a ser muito menos do que poderia ser. Não é assim que se constrói um projecto político, e temo que, pela estranha pressa deste processo, se perca (mais) uma oportunidade de ligar o projecto europeu a quem mais o quer: aos cidadãos da Europa.
convite
O PÚBLICO DECIDE
«Os Valores Democráticos Não Podem Impedir a Cimeira UE-África!»
A FAVOR
Filipa Gaspar
Mestre em Estudos Europeus, Universidade de Genebra
Isabel Alcario
IPRI-UNL e mestranda em História das RI, ISCTE
CONTRA
Diogo Moreira
Doutorando em Ciência Política, ICS-UL
José Carmo
Mestre em Ciência e Sistemas de Informação Geográfica
IPRI-UNL
Rua de D. Estefânia, 195, 5º Dto.
1000-155 Lisboa
Tel.: +351 213 141 176
Fax: +351 213 141 228
Webpage: www.ipri.pt
Blog: http://ipri-unl.blogspot.com
Pode repetir?
Carta a Ana Paula Vitorino
Lisboa, 23 de Junho 2007
Cara Ana Vitorino,
Envio-lhe aqui uma crítica às propostas que apresentou no passado dia 21, na FIL, relativas ao traçado, construção e modo de financiamento das linhas do "projecto TGV".
Começando pelo que parece quase certo.
Disse que o projecto global seria dividido em troços cuja construção seria posta em concurso separadamente para ficar ao alcance dos grupos nacionais. Certíssimo. Acrescentou que o primeiro troço seria o da linha de Badajoz ao Poceirão. Não é normal uma linha TGV (isto é, uma linha que permite o trânsito de comboios TGV) terminar numa plataforma logística. No imediato, a linha vinda de Badajoz deve terminar no Pinhal Novo onde há uma estação da FERTAGUS. Depois, pensaremos como é que o TGV pode chegar a Lisboa. Do Pinhal Novo, ou de um ponto do percurso, deve partir um ramal de baixa velocidade (mas de bitola europeia) para o Poceirão. É também necessária uma ligação de baixa velocidade (de bitola europeia) de Sines ao Poceirão. Não a vejo referida na proposta apresentada Em contrapartida, vejo uma linha de Sines a Évora, o que significa que enquanto o projecto não for completado por uma linha directa, as mercadorias para irem de Sines ao Poceirão terão de passar por Évora. Depois de construida a ligação ao Poceirão, a linha de Sines para Évora ficará naturalmente às moscas, porque as mercadorias seguirão o trajecto Sines, Poceirão, Évora, Badajoz e não serão muitos os passageiros dos comboios de Sines para Évora .
Há uma questão de terminologia que tem dificultado bastante debate sobre estes assuntos. Não devemos falar de um "Projecto TGV". O que está em causa, é a futura rede ferroviária portuguesa de bitola europeia, em que algumas linhas, mas não todas, permitirão o trânsito de comboios TGV. Assim, a linha do Pinhal Novo a Badajoz deve ser projectada para permitir o trânsito de comboios TGV para Madrid e, também, de comboios para o transito local. Devem, obviamente, ser previstos desvios da linha principal para a paragem destes comboios nas diferentes cidades.
A linha para Badajoz deve ser encarada como uma linha fundamental para o desenvolvimento do Alentejo. Esta função será absolutamente esquecida se o seu projecto for confiado a entidades privadas unicamente interessadas no TGV.
2-No projecto apresentado, é proposta, não unicamente a ponte para o Barreiro (que Ana Vitorino defendeu recentemente numa conferência na Sociedade de Geografia) mas, também, uma entrada a Norte de Lisboa para uma linha TGV para o Porto, com passagem pela Ota (que a ANA Vitorino continua a defender independentemente de se fazer ou não o aeroporto da Ota). Em conjunto, as duas propostas têm custos ambientais e financeiros gigantescos.
Faço-lhe notar que, se porventura for construida a linha para o Porto com saida pelo Norte de Lisboa, esta linha pode biforcar um pouco antes da Ota, para atravessar o Tejo perto de Vila Nova da Rainha, com custos incomparavelmente inferiores aos da ponte para o Barreiro, seguindo depois para Badajoz e para o Algarve. A ponte para o Barreiro parece neste caso não se justificar. Os habitantes de Lisboa farão com trajectos ligeiramente mais longos, mas todo o país acima de Vila Franca de Xira beneficiará.
3-A construção da linha TGV de Lisboa ao Porto não é, obviamente, uma prioridade nacional.
O seu custo é muito grande e o timing para a sua construção tem de ser muito cuidado, porque se esta linha aparecesse agora feita a CP arriscava-se a ir à falência. A prioridade dada à construção desta linha foi devida, sem dúvida, à insistência em construir o aeroporto da Ota. Foi assim encomendado o estudo do troço de Pombal a Alenquer com passagem pela Ota da futura linha TGV Lisboa para o Porto antes de se saber como entrará esta linha em Lisboa (questão que continua por esclarecer) . O projecto do troço referido foi entregue no Instituto do Ambiente, em 19 de Novembro, para avaliação do seu impato ambiental (o que obriga a um mês de consulta pública) mas foi depois retirado por tempo indeterminado.
A linha TGV para o Porto em que se insiste e agora apresentado na FIL tem uma zona entre as serras de Montejunto e dos Cadeeiros com declives muito elevados, o que faz com que não seja conveniente para o trânsito de mercadorias. Assim, a aceitação desta linha, imposta pela passagem na Ota, faz com que no futuro, toda a Região Centro fique com um TGV inconveniente para a sua economia.
4- As razões apontadas em 1, 2 e 3 parecem-me mais do que suficientes para que aceitemos uma pausa para repensar estes assuntos.
No programa eleitoral do PS, apresentado ao País em 2005, não estão previstas concessões de exploração semelhantes às que vejo agora anunciadas. O actual governo não foi mandatado para resolver os problemas ferroviários do país até ao ano 2040. Foi mandatado para resolver bem os problemas que se põem agora, sem comprometer as possibilitades de resolver convenientemente os que se seguirão. Nestas condições, permito-me dirigir-lhe a si, o mesmo apelo que dirigi aos candidatos à Cânara de Lisboa:
"Penso que os candidatos à Câmara de Lisboa devem:
Apoiar calorosamente a construção urgente da linha de Badajoz ao Pinhal Novo.
Propor que, nos dois anos a seguir, se estudem seriamente as diferentes possibilidades dos comboios TGV atravessarem o Tejo, a ligação ferroviária ao futuro aeroporto de Lisboa cuja localização será entretanto definida, e, ainda, a chegada a Lisboa dos futuros TGV para o Porto, cuja linha será construida quando for considerado conveniente".
5-No projecto agora apresentado, o que mais me choca, no entanto, é o não estar prevista a construção da linha de bitola europeia de Aveiro a Vilar Formoso acordada com os espanhois na Cimeira Ibérica de 2003.
Sabe a Ana Vitorino o que é que isto significa? Significa o afastamento em relação à Europa e consequente atraso de toda a Beira Alta e, numa larga medida, da Região Centro.
Admitemos, como hipótese, que daqui a 15 anos circulam em todas as linhas agora previstas, mas não numa linha de Aveiro a Vilar Formoso, comboios de bitola europeia. Por onde pensa a Ana Vitorino que sairão do país as mercadorias do Norte? Sairão por Vigo, e irão para a Europa pela linha espanhola que passa a Norte de Bragança.
A não construção da linha da Beira Alta vai relançar a "cintura de ferro", construida pelos espanhois no final do Século XIX, quando não quizeram que a Galiza ficasse ligada a Madrid pelo território português. Foi esta opção que levou à falência a banca do Porto, que tinha investido na linha do Douro com ligação a Zamora. A não construção da linha da Beira Alta faz do Norte de Portugal uma região satélite da Galiza, e impede as indústrias espanholas de Salamanca a Valadolid de utilizar o porto de Aveiro, como seria altamente conveniente para elas e para nós.
6-As linhas de Badajoz ao Pinhal Novo e de Vilar Formoso a Aveiro, são linhas com custos perfeitamente ao alcance das finanças portugusas, que podem estar a funcionar dentro de poucos anos, que não nos obrigam a complicadas e inconvenientes operações de "engenharia financeira", que reforçam a nossa autonomia e poder de decisão, e resolvem o nosso mais premente problema ferroviário: o do isolamento em relação à Europa quando a Espanha mudar toda a sua rede para a bitola europeia.
7-Os problemas ferroviários do Norte são certamente dificeis. Temos de criar no Porto um centro para os pensar e planear. É dificil a construção da linha de bitola europeia de Vigo ao Porto, é dificil a sua ligação à futura linha TGV para Lisboa. Mas , se começarmos a pensar numa ligação de Aveiro ao Porto a construir depois da linha de Vilar Formoso a Aveiro, podemos antever um projecto de dimensão verdadeiramente europeia, que pode influenciar todo o Norte da Península, o de uma "Estrada de Santiago ferroviária" que, partindo da Corunha, ligue Santiago de Compostela, Vigo, Braga, Porto, Aveiro, Viseu, Guarda, Cidade Rodrigo, Salamanca, Medina del Campo, Burgos, Valadolid, Vitória, São Sebastião, Hendaia. Os espanhois já asseguraram fazer a parte deles. Compete-nos a nós fazer a nossa. Não se trata de um projecto imediato, mas de um projecto para um futuro relativamente próximo.
8- Não compete ao actual governo executá-lo, mas compete-lhe assegurar as condições para que seja possivel. Para isso basta-lhe que, modestamente, nestes dois anos, assegure a construção da linha de Badajos ao Pinhal Novo, mande fazer os estudos necessários, e se abstenha de dar passos irreversiveis e altamente controversos.
Terei todo o gosto em discutir consigo estes assuntos, no ambito académico, do Partido Socialista, ou da Sociedade de Geografia de Lisboa.
Com as minhas melhores saudações
António Brotas
PS- Permito-me juntar uma nota esclarecedora, sobre uma questão hoje muito falada, que divulguei há dias, mas ainda não consegui publicar.
A Portela + 1
A expressão "Portela + 1" , hoje muito usada na Comunicação Social pode significar que o aeroporto da Portela deve continuar em funcionamento durante um largo periodo (não inferior a duas décadas) e que devemos iniciar o mais rapidamente possivel a construção por fases de um novo aeroporto num local onde possa vir a ter uma muito grande possibilidade de expansão. Se a primeira fase (uma pista e algo mais) puder ser inaugurada daqui a 5 ou 6 anos, todas as difuculdades aeronauticas presentes e futuras da região de Lisboa ficam resolvidas. Daqui a uns 10 anos, ou mais, quando começarmos a pensar na construção da 2ª fase do novo aeroporto, teremos de decidir se ele se deve expandir de modo a substituir completamente a Portela, ou se devemos adoptar em definitivo o modelo dos dois aeroportos em funcionamento. Esta discussão agora é prematura.
A fórmula "Portela + 1" pode, no entanto, também significar que devemos, desde já , desviar para bases militares e outros aeroportos parte dos voos low cost que actualmente sobrecarregam a Portela, retardando assim a sua saturação. Tenho defendido esta solução, desde que ela seja feita com encargos muito reduzidos. As duas concepções são perfeiramente conciliáveis. O que me parece totalmente errado é encararmos a solução "Portela + bases militares" como uma solução definitiva que nos dispense de pensarmos num novo aeroporto.
O projecto de um novo aeroporto convenientemente planeado e a construir de um modo faseado numa zona onde possa ter uma grande possibilidade de expansão, como é o caso da Carreira de Alcochete, pode ser, com as actividades anexas que pode estimular e desenvolver , um projecto com um imenso impacto no desenvolvimento português neste meio século.
António Brotas
Professor Jubilado do IST
Cidade do Mexico legaliza aborto
Mexico City legislature approves bill that legalizes abortion during first three months' gestation
Source: The Henry Kaiser Family Foundation. Kaiser Daily Women's Health Policy, International News, 25 April 2007. Full text and references here
On 24 April 2007 the Mexico City Legislature voted 46-19 to approve a bill that would allow pregnant women to obtain a legal abortion during the first three months' gestation. The bill has since passed into law. Under former Mexican City law, abortion was only permitted if the life of the pregnant woman was endangered or if the woman had been raped. Lawmakers from the Democratic Revolutionary Party proposed the measure. Abortion-rights opponents in the city recently collected the 36,000 signatures necessary to ask the city Legislature for a referendum on abortion; however, a referendum is nonbinding on lawmakers. The anti-choice group Catholic Lawyers has said that the Legislature violated the constitution and city laws by ignoring the petition for a referendum on the issue. A senator of the National Action Party said the party will seek to overturn the measure on the grounds that the country's constitution guarantees the right to life. Cuba, Guyana and Puerto-Rico (US administered) are the only countries in the region that allow legal abortions for all women.
Reaction
The Legislature's vote "is a triumph for democracy," a representative of the group Catholics for the Right to Choose said, adding "It is a triumph for all women, and above all, for the poorest" women in the country. An attorney with the Center for Reproductive Rights (New York, NY) said the passage of the bill is "going to make an enormous difference for women in Mexico City in their everyday lives". The attorney added that "instead of back alleys, women will be able to go to the doctor's office to get the health services they need." The executive director of the reproductive rights group Ipas (Chapel Hill, North Carolina), said that the passage of the bill is "a huge victory." He added, "It could start a chain of similar initiatives in other Mexican states and be an example for other countries".
Mexican Federal Health Secretary Jose Angel Cordova Villalobos, an abortion-rights opponent, said there would be nothing to prevent residents of other Mexican states from coming to Mexico City to receive abortions at private and public clinics. He added that the new law likely would allow doctors to establish abortion clinics in the city.
Divulgação
Centro de Formação António Nobre
Ciência Política – Sessão de Apresentação do Programa
4 de Julho de 2007
Conteúdos
A Ciência Política enquanto disciplina do Currículo do Ensino Secundário.
O Programa de Ciência Política para o Ensino Secundário.
Objectivos
- Explicar a posição da disciplina no Currículo do Ensino Secundário
- Divulgar o programa da disciplina
- Apresentar sugestões para a gestão do programa
Formadores
Autores do programa de Ciência Política:
Prof. Doutor João Cardoso Rosas (Universidade do Minho)
Prof. Doutora Marina Costa Lobo (Instituto de Ciências Sociais)
Prof. Conceição Moreira (Escola Secundária Filipa de Vilhena)
Destinatários
Professores do Ensino Secundário – grupos disciplinares de História (código 400), Filosofia (código 410) e Economia e Contabilidade (código 430).
sexta-feira, junho 22, 2007
Sondagem
Última sondagem sobre a eleição intercalar em Lisboa. [quadro da Margem de Erro]
Esta é a seguinte distribuição de vereadores:
António Costa: 36,2% - 8 vereadores
Carmona Rodrigues: 13,6% - 2 vereadores
Fernando Negrão: 12,8% - 2 vereadores
Helena Roseta: 10% - 2 vereadores
Ruben de Carvalho: 9,3% - 2 vereadores
José Sá Fernandes: 4,4% - 1 vereador
Telmo Correia: 1,6% - 0 vereadores
Outros - 0 vereadores
Análise aqui
Lei
Acompanhamento e apoio psicológico e social
1—Se for essa a vontade da mulher, deve ser disponibilizado o acesso atempado a acompanhamento por psicólogo ou por assistente social.
quinta-feira, junho 21, 2007
Leituras
Divulgação
A Associação de Amizade Portugal - Estados Unidos da América realiza no próximo dia 22 de Junho nas Instalações da FLAD - Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento (Rua do Sacramento à Lapa, nº 21, em Lisboa) uma Convenção subordinada ao tema “Que Sistema de Saúde para Portugal”, sendo o Chairman o Dr. Eduardo Barroso (ver programa).
A convenção conta com a participação, entre outros, de Sua Excelência o Ministro da Saúde, Professor Doutor António Correia de Campos.
As inscrições para este evento poderão ser feitas para Benedita Freitas através do número de telefone 21 325 41 04 ou 91 925 91 66.
Aproveitamos para informar, da nossa nova morada: Largo Rafael Bordalo Pinheiro, nº 16 - 1200-369 Lisboa. Tel. 21 325 41 04 - Fax 21 325 41 11.
Poderá obter mais informações sobre as múltiplas iniciativas já promovidas pela Associação visitando o nosso site em www.aapeua.org
quarta-feira, junho 20, 2007
Divulgação
A primeira parte deste seminário será preenchida com uma conferência de Cheryl Schonhardt-Bailey (LSE) sobre Computer-assisted content analysis in history and political science: Parliamentary debates and Congressional hearings.
Lisboa Cool e Informada
No grande bosque do jardim da Gulbenkian reina uma grande algazarra. Dizem que por lá vão tocar os Kumpania. Os passarinhos já vieram cedo, fizeram o ninho nos ramos mais perto do palco. Os círculos espelhados de água nunca tiveram tão límpidos. As árvores tornaram ainda mais verde a sua folhagem. Tanta emoção e tanto formigueiro não é de todo surpreendente, afinal quando e onde os Kumpania Algazarra tocam, já se sabe que é para dançar até rebentar. Portugal, Balcãs, Médio-Oriente e Norte de África. Tudo cabe dentro das malas deste oito bandidos da diversão. /Carlos Ramos
ONDE
Grande Bosque da Gulbenkian
QUANDO
22, 23 e 24 Junho às 16h
QUANTO
Grátis
Para os fãs incondicionais da originalidade de expressão e da ilustração de ideias, a Feira Laica é um projecto em órbita que reúne talentos dispersos num mercado independente. A música, a moda, o artesanato urbano, os objectos vintage, a escrita e as artes gráficas são a raiz de uma nova tradição de trocas culturais e experiências únicas. Com espaço para expor e vender, as marcas de nome e vida própria são a prova de resistência e existência na 7ª edição do mercado mais que justo na Bedeteca. E como a imaginação não tem idade, o espaço mini laica também tem muita brincadeira para a troca. Por pouco, era o que mais faltava! /Fitijane
ONDE
Bedeteca de Lisboa_ Palácio do Contador-Mor R. Cidade de Lobito, Olivais Sul
QUANDO
dias 23 e 24 das 14 às 22h (Domingo até às 20h)
QUANTO
Entrada livre
A casinha sem tecto mais brilhante da cidade tem sido obrigada a estar sozinha...A chuva não tem parado e condena-a ao infortúnio de estar fechada. Fica à espera do regresso do príncipe Sol que virá acompanhado de sua mãe Rainha Bela Noite de Verão. Ansiosa pelo seu regresso, preparou uma bela noite festa. De todos os lugares do reino chegarão convidados e artistas. Da Alemanha virão Monoroom (Kling Klong/ Multicolor) e Akaak, cavaleiro conhecido pelas grandes festas e façanhas realizadas em Hamburgo. Do meio do mar, mais precisamente do Reino Unido, chegará Pixel 82 (Bloop Records). Todos reunidos em celebração para nos dar música por paixão aos ritmos electrónicos e pela brilhante casinha verde, que não tem tecto e está cheia de amor! /Célia F.
ONDE
Kubik Lisboa Poço do Bispo, em frente ao rio
QUANDO
23 Junho, a partir das 24h
QUANTO
6 €
É provavelmente um dos espaços mais interessantes de Lisboa. A vista para o exterior sobre o rio e os jardins, um interior indescritível e um sem número de razões fariam com que este local abafasse, por si só, qualquer exposição lá feita. Mas não é o caso. O que me impressionou a princípio foram os auto-retratos no piso inferior. Mas quando acabei de subir as escadas e entrei numa das salas fiquei completamente absorvido. O que mais sobressaía – reforçado pelo jogo de luzes da galeria – eram os tons de dourado que cobriam telas e objectos a ela acoplados e os magníficos retratos que me prendiam exageradamente a atenção. É capaz de ser uma das melhores exposições de pintura que vi nos últimos tempos./ Nuno Rodrigues e Sousa
ONDE
Museu da Água Rua do Alviela, 12
QUANDO
Até 7 de Julho
QUANTO
2,5€ (c/descontos)
Teatro Queres Fazer Amor Comigo?
- Queres fazer amor comigo? - Amor ou sexo? – É igual! – Não. Não é igual! - Desengane-se quem pensa que é fácil perceber neste diálogo quem é o homem e quem é a mulher. Será que ele fica incomodado se ela lhe disser que não, que não quer fazer amor, mas sim sexo? Aqui não serão eles a dar a resposta, mas elas. São cinco actrizes para nove personagens femininas. Eis o que por ali se vai ouvir. “Para mim para fazer amor é preciso que ele exista.” “Afinal existe alguma força maior do que a do sexo?” “Nada me dá mais gosto do que ter um homem agarrado pelos tomates, sentir que tenho na mão o orgulho, aquilo que eles consideram ser a ‘fonte’ da sua masculinidade.” É preciso mais argumentos? Falta acrescentar que, para além de partilharem estes ensinamentos, as meninas também cantam./Sónia Castro
ONDE
Sala-Estúdio Teatro da Trindade, 7ATel.21 342 00 00
QUANDO
Até 29 de Julho 4ª a Sábado às 22h Dom. às 17h
QUANTO
8€
Divulgação
terça-feira, junho 19, 2007
Um dia por Lisboa
Lista de António Costa com funções atribuídas nos dez primeiros membros
O cabeça-de-lista do PS à Câmara de Lisboa, António Costa, elaborou uma lista «especializada», com «funções» atribuídas aos dez primeiros candidatos, tendo como «número dois» o arquitecto Manuel Salgado e «número três» a autarca veterana Ana Sara Brito
Caso António Costa seja eleito presidente da Câmara de Lisboa confiará ao número dois da lista, o arquitecto Manuel Salgado, a pasta do Urbanismo, e ao sexto elemento da lista, o financeiro José Cardoso da Silva, o pelouro das Finanças.
Ana Sara Brito, número três, assumirá, num cenário vitorioso para o PS, a Acção Social, e o Ambiente ficará nas mãos do gestor Marcos Perestrello, vice-presidente do grupo parlamentar e membro do secretariado nacional do PS.
A independente Rosália Vargas, directora nacional do programa «Ciência Viva» e membro da direcção da Rede Europeia de Museus e Centros de Ciência, ficaria com o pelouro da Educação.
A pasta da Mobilidade seria assumida por Gabriela Ventura, gestora de fundos comunitários e antiga consultora do Banco Mundial e da Agência Sueca para o Desenvolvimento Internacional, e a Cultura ficaria nas mãos da independente Helena Freitas, assessora do Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian.
O pelouro do Desporto seria assumido por Manuel Brito, ex-presidente do Instituto Nacional do Desporto e professor universitário de Organização e Desenvolvimento do Desporto.
António Costa escolheu para seu «número dois» o arquitecto Manuel Salgado, a quem deverá ser confiada uma das pastas mais importantes da vereação, o Urbanismo, numa altura em que o Plano Director Municipal (PDM) está em processo de revisão.
O ateliê de Manuel Salgado, RISCO, foi responsável pelos projectos do Estádio do Dragão, no Porto, do Centro Cultural de Belém (em parceria com Vittorio Gregotti) e dos Espaços Públicos da Expo'98.
O arquitecto que integrou o comissariado que elaborou o plano de revitalização da Baixa-Chiado, presidido pela ex-vereadora do CDS-PP Maria José Nogueira Pinto, já anunciou que se vencer as eleições, cessará a sua actividade de arquitecto e desvincular-se-á da sua sociedade, que também deixará de ter projectos na cidade.
Manuel Salgado chegou a integrar a lista do PS para a Câmara Municipal de Lisboa em 2005, mas acabou por sair na sequência de uma polémica com o cabeça de lista, Manuel Maria Carrilho.
Carrilho levantou dúvidas sobre a compatibilidade de Manuel Salgado exercer funções de vereador na Câmara, tendo projectos em Lisboa e com ligações a empresas de arquitectura.
António Costa chamou para «número três» da lista, Ana Sara Brito, transmontana a viver em Lisboa há 44 anos, há 31 a desempenhar funções de autarca.
A ex-coordenadora da campanha presidencial de Manuel Alegre estreou-se na Assembleia de Freguesia de Santo Condestável, foi vereadora da Habitação, Intervenção Social e Educação na autarquia lisboeta entre 1983/89 num mandato presidido por Kruz Abecassis.
Deputada municipal, Ana Sara Brito esteve quinze anos à frente da Junta de Freguesia da Encarnação/Bairro Alto, entre 1980 e 2004.
Com a autarquia lisboeta mergulhada numa crise financeira, patente na dívida de 1.260 milhões de euros, António Costa conta com José Cardoso da Silva, como potencial vereador das Finanças.
Licenciado em Finanças, Cardoso da Silva foi subsecretário de Estado da Administração Industrial do IV Governo Provisório.
Cardoso da Silva foi presidente do Banco Bilbao Vizcaya e director-geral do Banco Comercial Português e é actualmente administrador não executivo do Banco de Investimento Imobiliário e do Fundo Margueira.
“Lusa/SOL”
Justiça Lenta!
segunda-feira, junho 18, 2007
Chamada para Artigos
O tema inclui, naturalmente, todas as escolas teóricas – liberais, neo-liberais, institucionalistas, construtivistas, estruturalistas, pós-estruturalistas e até realistas, se ainda os houver – bem como todas as problemáticas das relações internacionais que possam ser objecto de uma teorização.
Os textos devem ser enviados por e-mail (ipri@ipri.pt) até 1 de Outubro de 2007, não exceder as 6 mil palavras e serão submetidos ao “escrutínio dos pares” (peer-review).
As normas de apresentação e citação bibliográfica podem ser consultadas aqui.
sexta-feira, junho 15, 2007
Apito dourado nas Marchas?
Publico de 15.06.2007, Inês Boaventura
As classificações das marchas populares de Lisboa, das quais Alfama saiu vencedora pelo quarto ano consecutivo, estão a causar um coro de protestos entre muitos dos bairros participantes, que falam em favorecimento e questionam os critérios do júri e a qualidade da marcha que ficou em primeiro lugar.
CURIOSIDADES
Voltando um pouco atrás no tempo… no séc XVI, os portugueses "trouxeram" a laranja para portugal e, assim foram os portugueses que a introduziram na Europa. Não é toa que em alguns casos deparamo-nos com o rótulo: Portugal, o país das laranjas! Por este motivo, e por incrível que pareça, hoje em dia as laranjas são denominadas portuguesas em alguns países europeus! Sim, é no mínimo engraçado. Ora vejamos: em romeno laranja diz-se portocálâ, em búlgaro portokal', em grego portokáli e em turco portokal. Mas esta associação não se fica pelas línguas europeis.
Curiosidades da historia de como nela participamos....
quinta-feira, junho 14, 2007
Tetra
Dia Mundial do Dador de Sangue
MÉDICOS DEFENDEM APLICAÇÃO DAS NORMAS EUROPEIAS
Exmos/as Senhores/as Jornalistas:
No Dia Mundial do Dador de Sangue, a associação Médicos Pela Escolha (MPE) deseja prestar o seu contributo público à causa da dávida de Sangue, questionando os motivos da manutenção do critério "Práticas sexuais com pessoas do mesmo sexo (dador masculino)" entre os factores que determinam a exclusão de potenciais dadores de sangue .
Assim, a MPE convida à vossa presença na conferência de imprensa sobre esta temática que realiza, 14 Junho, pelas 13h20, no Hotel Zurique, em Lisboa, e que contará igualmente com os contributos do Coordenador Nacional da Luta Contra a Sida, Doutor Henrique Barros, bem como de um representante do Grupo de Acção e Tratamento VIH-SIDA (G.A.T.).
Arraial Pride
Já se sabe que Junho é mês de festas, e a maior, mais divertida e mais concorrida é o Arraial Pride*!
Este ano teremos o prazer de vos receber no Terreiro do Paço (ou Praça do Comércio, como preferirem), a fantástica praça emblemática e nobre, símbolo de Lisboa e que passará a ser também um nosso símbolo!
A partir das 18h e até às 02h do dia 23 de Junho as nossas cores vão dominar a baixa pombalina.
Imagens e outra infos (actualização frequente) aqui.
Ajude-nos a divulgar o 11º Arraial Pride!
* ORGULHO por oposição a vergonha! Precisamos do orgulho, palavra que tanto parece incomodar a homofobia. Orgulho em sermos quem somos, orgulho por experimentarmos a homofobia e por não nos deixarmos submeter a ela, orgulho por oposição à vergonha para a qual a homofobia quer remeter-nos. O orgulho em ser LGBT merece ser celebrado.
Juntem-se a nós no próximo dia 23 de Junho para mais uma Marcha Nacional do Orgulho LGBT (no mesmo dia, parte às 16h30 do Príncipe Real) e mais um Arraial Pride e partilhem do orgulho em recusar o insulto.
Telefone: 218 873 918
quarta-feira, junho 13, 2007
Sociedade - Para Reflectirmos
Não por maldade ou consciência, mas porque preferimos ignorar a realidade que nos envolve, que nos rodeia e nos impõe pré-conceitos de vida... De absentismo humanitário... Parte responsavel o capitalismo, o consumismo, o materialismo. Não critico os que defendem esses critérios de vida, mas serve este "post" para vos ir recordando que ser solidário e bem mais que as esmolas dadas num qualquer lugar... Perdido na existência de quem o habita... De quem o vive...
Temos, eu inclusivé, de transformar a sociedade naquele tal mundo melhor... Talvez com pequenos textos como este, se vá conseguindo....
... Entrei apressado e com muita fome no restaurante. Escolhi uma mesa bemafastada do movimento, porque queria aproveitar os poucos minutos quedispunha naquele dia, para comer e acertar alguns bugs de programação numsistema que estava a desenvolver, além de planear a minha viagem de férias,coisa que há tempos que não sei o que são. Pedi um filete de salmão com alcaparras em manteiga, uma salada e um sumode laranja, afinal de contas fome é fome, mas regime é regime não é? Abri o meu portátil e apanhei um susto com aquela voz baixinha atrás demim: - Senhor, não tem umas moedinhas?
- Não tenho, menino. - Só uma moedinha para comprar um pão. - Está bem, eu compro um. Para variar, a minha caixa de entrada está cheia de e-mail. Fico distraído a ver poesias, as formatações lindas, rindo com as piadasmalucas. Ah! Essa música leva-me até Londres e às boas lembranças de tempos áureos.
- Senhor, peça para colocar margarina e queijo. Percebo nessa altura que o menino tinha ficado ali.- Ok. Vou pedir, mas depois deixas-me trabalhar, estou muito ocupado, estábem?Chega a minha refeição e com ela o meu mal-estar. Faço o pedido do menino,e o empregado pergunta-me se quero que mande o menino ir embora. O peso na consciência, impedem-me de o dizer. Digo que está tudo bem. Deixe-o ficar. Que traga o pão e, mais umarefeição decente para ele. Então sentou-se à minha frente e perguntou: - Senhor o que está fazer?
- Estou a ler uns e-mail. - O que são e-mail?
- São mensagens electrónicas mandadas por pessoas via Internet (sabia queele não ia entender nada, mas, a título de livrar-me de questionários desses): - É como se fosse uma carta, só que via Internet. - Senhor tem Internet?
- Tenho sim, essencial no mundo de hoje.
- O que é Internet ? - É um local no computador, onde podemos ver e ouvir muitas coisas,notícias, músicas, conhecer pessoas, ler, escrever, sonhar, trabalhar,aprender. Tem de tudo no mundo virtual.
- E o que é virtual?
Resolvo dar uma explicação simplificada, sabendo com certeza que ele poucovai entender e deixar-me-ia almoçar, sem culpas. - Virtual é um local que imaginamos, algo que não podemos tocar, apanhar,pegar... é lá que criamos um monte de coisas que gostaríamos de fazer. Criamos as nossas fantasias, transformamos o mundo em quase como queríamosque fosse. – Que bom isso. Gostei! – Menino, entendeste o significado da palavra virtual?
- Sim, também vivo neste mundo virtual. - Tens computador?! - Exclamo eu!!!
- Não, mas o meu mundo também é vivido dessa maneira...Virtual.
A minha mãe fica todo dia fora, chega muito tarde, quase não a vejo,enquanto eu fico a cuidar do meu irmão pequeno que vive a chorar de fome eeu dou-lhe água para ele pensar que é sopa, a minha irmã mais velha sai tododia também, diz que vai vender o corpo, mas não entendo, porque ela voltasempre com o corpo, o meu pai está na cadeia há muito tempo, mas imaginosempre a nossa família toda junta em casa, muita comida, muitos brinquedosde natal e eu a estudar na escola para vir a ser um médico um dia.
Isto é virtual não é senhor???
Fechei o portátil, mas não fui a tempo de impedir que as lágrimas caíssemsobre o teclado. Esperei que o menino acabasse de literalmente "devorar" o prato dele,paguei, e dei-lhe o troco, que me retribuiu com um dos mais belos e sinceros sorrisos que já recebi na vida e com um "Brigado senhor, você é muito simpático!". Ali, naquele instante, tive a maior prova do virtualismo insensato em que vivemos todos os dias, enquanto a realidade cruel nos rodeia de verdade e fazemos de conta que não percebemos!...
Autor desconhecido
terça-feira, junho 12, 2007
Corrupção e Ética em Democracia
Corrupção e Ética em Democracia: Representações Sociais dos Portugueses em Perspectiva Comparada
Sexta-feira 15 de Junho, das 10h00 às 18h00
Coordenadores: Luís de Sousa & João Triães
Oradores Convidados: Manuel Villaverde Cabral (ICS, Portugal); António Pedro Dores (CIES-ISCTE, Portugal); Carlos Jalali (Universidade de Aveiro, Portugal); António João Maia (ISPJCC, Portugal); Odette Tomescu-Hatto (CEVIPOF/Sciences Po Paris, França); Oscar Mazzoleni (Universidade de Lausanne, Suiça); James Newell (Salford University, Reino Unido).
Apoios institucionais: FCT, UN Global Compact, IGAC-International Group for Anti-Corruption Coordination
Auditório Afonso de Barros (Ala Autónoma) – ISCTE
A embriaguez do Poder 2
Mais 2 minutos e meio de bubadeira.
A embriaguez do Poder
É o que pode ser chamar de diplomacia branca, ou diplomacia do Vodka, de resto tão apreciada na terra dos Czares. Resta saber o que é que Sarko prometeu a Putin... (estou a ver a Russia ser convidada para a UE...)
Maria José
O PSD merece nova maioria em Lisboa?
De modo algum. O PSD não aprendeu a lição: traz uma lista que não dá garantias absolutamente nenhumas. As potencialidades do dr. Negrão como candidato ficam completamente diluídas com aquela lista. E Manuela Ferreira Leite, por quem tenho a maior consideração, deve explicar bem aos lisboetas que se é mandatária do dr. Negrão também é das outras pessoas que lá estão. Ou a política começa a ser um exercício de responsabilidade ou os políticos não podem pedir responsabilidades a ninguém.
A liderança de Mendes é fraca?
Muito fraca. Isso nota-se sobretudo pela ausência de uma estratégia, de um discurso claro e de uma coerência entre o que se diz e o que se faz. O princípio de ser constituído arguido é mais importante do que abandonar uma cidade relativamente à qual se assumiu o compromisso de se tomar conta? O abandono é muito mais grave! Pode- -se pedir votos aos lisboetas para depois se barricar lá dentro e constituir uma força de bloqueio para dar empregos aos amigos? Mas isso não é muito mais grave do que ser constituído arguido? Claro que é. Por isso também considero que nesta eleição deve haver um guia do eleitor antes de haver um guia do eleito. Não vale a pena ter um Negrão em cada esquina. Aquele cartaz [do candidato do PSD] começa por pôr o nome, como se anunciasse um cantor ou um toureiro, e só depois tem o slogan, aliás de extrema infelicidade: "Lisboa a sério". Então dantes era a brincar?! Há seis anos que Lisboa é a brincar para o PSD? Agora é que é "a sério" com uma lista que leva o pior do PSD?! Fico desconcertada.
Leituras
segunda-feira, junho 11, 2007
RELATÓRIO SOBRE A SITUAÇÃO DA POPULAÇÃO MUNDIAL - UNFPA, 2007
O Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, o UNFPA – Fundo das Nações Unidas para a População e a Associação para o Planeamento da Família (APF) convidam V.Exa. para a Apresentação Pública em Portugal do Relatório sobre a Situação da População Mundial
2007, este ano sobre razões e impactos do crescimento urbano.
Mesa de Abertura
• João Gomes Cravinho, Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação
• Jorge Lacão, Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros
• Catarina Furtado, Embaixadora de Boa Vontade do UNFPA
• Nélida Rodrigues, UNFPA
• Manuela Sampaio, Presidente da APF
Pobreza e Desenvolvimento – Igualdade de Oportunidades – Preparar o Futuro
Moderadora – Alta Comissária para a Saúde – Maria do Céu Machado
• Fernanda Rodrigues, Coordenadora do PNAI
• Maria Antónia Almeida Santos, Deputada GPPSPD
• Dulce Neves, Direcção Nacional da APF
Relatório UNFPA 2007: Desencadeando o Potencial do Crescimento Urbano
Moderadora – Vice-Presidente do IPAD – Inês Rosa
• Catarina Furtado, Embaixadora de Boa Vontade do UNFPA
• Nélida Rodrigues, UNFPA
Para informações e secretariado: Angélica Serra – Telef: 21 385 39 93
_______________________________________________________________________________
APF – Associação para o Planeamento da Família
GPPSPD – Grupo Parlamentar Português Sobre População e Desenvolvimento
IPAD – Instituto Português de Ajuda ao Desenvolvimento
PNAI – Plano Nacional de Acção para a Inclusão
UNFPA- Fundo das Nações Unidas para a População
WORKSHOPS ISCSP-CENJOR
4 a 20 de Junho de 2007 no ISCSP, Alto da Ajuda, Lisboa
2. INVESTIGAÇÃO E EXPRESSÃO JORNALÍSTICA
Rui Peres Jorge (jornalista, Jornal de Negócios)
Vasco Rosendo (jornalista, TVI)
Moderador: Dantas Saraiva (Economista, docente do ISCSP)
5ª feira, 14 de Junho – Jornalismo e Desporto
Alexandre Pereira (jornalista, A Bola)
Martins Morim (jornalista, A Bola, Sindicato dos Jornalistas)
Moderador: Carla Cruz (Jornalista, docente do ISCSP)
Rui Rangel (Juiz Desembargador, Associação de Juízes pela Cidadania)
Óscar Mascarenhas (jornalista, Agência Lusa, expresidente do Conselho Deontológico dos Jornalistas)
Moderador: Fausto Amaro (ISCSP)
António Granado (jornalista, editor do Público Online)
Ana Moutinho (cientista e jornalista)
Moderador: João Bettencourt da Câmara (Coordenador da U.C.P.C. de Comunicação Social do
ISCSP)
3ª feira, 19 de Junho – Jornalismo Multimédia
Carlos Rodrigues (jornalista, SIC)
José Vítor Malheiros (jornalista, Director Executivo Público)
Moderadora: Paula Cordeiro (ISCSP)
Daniel Ricardo (jornalista, Visão, membro da Comissão da Carteira Profissional de Jornalistas)
José Luís Fernandes (jornalista, vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas)
Moderador: Fernando Cascais (Director do CENJOR
ORGANIZAÇÃO:
Este evento resulta de uma parceria entre o ISCSP e o CENJOR, sendo responsáveis, respectivamente, Paula do Espírito Santo e Fernando Cascais.
Sete Maravilhas
Para te inscreveres e, claro, inscreveres o teu nome na história do nosso país e do mundo, basta ires a www.voluntariadojovem.pt e seguir as instruções. Com a presença de artistas como Jennifer Lopez, José Carreras, Joaquin Cortés, Chaka Khan, Dulce Pontes , Mariza, Rui Veloso e muito mais ainda por revelar, este é um acontecimento que não te podes dar ao luxo de perder.
Vemo-mos a 07.07.2007? Contamos contigo!
Blogue e Tabernas
Deixo para amostra um excelente texto sobre as tabernas de Lisboa. Nestes dias de festas, que saudades tenho das noites por aí passadas, com vinho barato, ginga da boa, a pagar em moedas. Já lá vão uns anos…
Minha crónica do "Público" da passada sexta-feira, acrescentada do resto do poema de Manuel de Freitas (de "Todos contentes e eu também", Campo das Letras, 2000) e da foto de Fernando Pessoa. Acrescento ainda aqui que Emile Zola foi um escritor muito influenciado pelas ideiais de Charles Darwin e de Claude Bernard.