And the dreamers? Ah, the dreamers! They were and they are the true realists, we owe them the best ideas and the foundations of modern Europe(...). The first President of that Commission, Walter Hallstein, a German, said: "The abolition of the nation is the European idea!" - a phrase that dare today's President of the Commission, nor the current German Chancellor would speak out. And yet: this is the truth. Ulrike Guérot & Robert Menasse
quarta-feira, maio 31, 2006
Dos outros
Coordenação Científica: Nuno Severiano Teixeira e António Costa Pinto
No ano em que se cumprem os 20 anos da adesão de Portugal às Comunidades Europeias, o IPRI-UNL, em colaboração com a Câmara Municipal de Óbidos e a Representação da Comissão Europeia em Portugal, organiza um balanço do processo de integração europeia no sistema político português.
1) Objectivos
- Debater o conceito teórico de Europeização;
- Analisar a europeização do sistema político português: a adaptação do quadro institucional e político – Governo, Parlamento e Tribunais, e demais actores políticos – Partidos Políticos, Grupos de Interesse e Opinião Pública, bem como as transformações na política externa e na percepção das identidades;
- Permitir a troca de conhecimentos entre académicos nacionais e estrangeiros, bem como o acesso de estudantes/investigadores nacionais aos trabalhos mais recentes sobre as matérias em análise;
- Promover a compilação e publicação de documentação essencial sobre a temática em estudo, com o objectivo de auxiliar futuros projectos de investigação.
2) Metodologia
O curso será estruturado em vários módulos compostos por seminários temáticos sobre o processo de europeização dos diferentes actores do sistema político português.
Os diversos seminários temáticos terão um número máximo de 50 participantes.
Os participantes dos seminários terão oportunidade de assistir às apresentações dos oradores que compõem os painéis, seguindo-se um período de debate.
3) Seminários Temáticos
Segunda-Feira 26 Junho 2006
José Manuel Barroso, Presidente, Lusa –Agência de Notícias de Portugal
António José Teixeira, Director, Diário de Notícias
Nuno Severiano Teixeira, FCSH, Universidade Nova de Lisboa
15.00 Conferência Inaugural
17.00 Inauguração da Exposição “Portugal e Espanha: Vinte Anos de Integração na Europa”
Margarida Marques, Chefe da Representação da Comissão Europeia em Portugal
Terça-feira 27 Junho 2006
Maria Teresa Paulo, Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, Universidade Técnica de Lisboa
12.30 Sessão de Encerramento
Telmo Faria, Presidente da Câmara Municipal de Óbidos
António Costa Pinto, Instituto de Ciências Sociais, Universidade de Lisboa
Nuno Severiano Teixeira, FCSH, Universidade Nova de Lisboa
4) Indicações Logísticas
Os participantes deverão chegar a Óbidos no dia 26 até às 13:30 horas. Os trabalhos terminarão na sexta-feira, dia 1, pelas 13.30. Para os participantes que incluam alojamento será providenciado o transporte do local de alojamento para a vila de Óbidos em horário compatível com as sessões de trabalho.
Para os participantes cuja inscrição inclua alojamento, ficarão instalados na residência do Centro de Formação Profissional do Coto, sito na Estrada nacional 360, n.º111, nos dias 26 a 28. No dia 29, ficarão instalados na Hospedaria Louro, em Óbidos.
Todos os participantes inscritos terão direito a almoço após as sessões de trabalho da manhã, bem como aos coffe breaks referidos no programa. Está prevista a realização de um jantar de encerramento, na noite de dia 29 de Junho, mediante inscrição.
5) Inscrições
Estão previstas quatro modalidades de inscrições:
Geral – 300 Euros (Inclui alojamento; almoço e documentação. Número limitado às vagas existentes)
Estudantes – 250 Euros (Inclui alojamento; almoço e documentação. Número limitado às vagas existentes)
Parcial – 150 Euros (Inclui almoço e documentação)
Diário – 30 Euros (Inclui almoço e documentação)
O pagamento será realizado em duas fases: 50 % no acto de inscrição e o restante no primeiro dia do curso. Poderá ser efectuado em cheque ou dinheiro.
Organização:
Instituto Português de Relações Internacionais da Universidade Nova de Lisboa
Câmara Municipal de Óbidos
Representação da Comissão Europeia em Portugal
Diário de Notícias
Lusa – Agência de Notícias de Portugal, SA
Informações e Secretariado:
IPRI-UNL, Instituto Português de Relações Internacionais da Universidade Nova de Lisboa
Rua de D. Estefânia 195, 5º Dto.
1000-155 Lisboa
Tel.:: +351213141176
Fax: +351213141228
E-Mail: ipri@ipri.pt
Website: http://www.ipri.pt/
terça-feira, maio 30, 2006
Resultados
O resultado foi altamente revigorante, e permitiu demonstrar que a sociedade civil portuguesa é vibrante e ao contrário das visões miserabilistas dos “novos” velhos do Restelo, é capaz de produzir produção de louvável interesse e uma grande intervenção nesta polis de todos nós.
Como foi afirmado, o vencedor do “Call for papers” apresentará publicamente o seu projecto no dia 1 de Junho, na conferência «Sistemas eleitorais e o Futuro. Propostas de reforma do sistema eleitoral em Portugal», que decorrerá na Biblioteca-Museu República e Resistência (Rua Alberto de Sousa, 10-A à zona B do Rego)
Juntamente com a proposta seleccionada do «Call for Papers», preparámos a seguinte conferência:
Pedro Alves, proposta seleccionada do «Call for Papers».
Comentador: Pedro Magalhães (ICS-UL)
Também apresentarão propostas:
André Freire (ISCTE) e
Manuel Villaverde Cabral (ICS-UL)
Comentários finais de Jorge Miranda (FDL-UL)
Moderador: Clube «Loja de Ideias»
Debate aberto ao público.
O júri foi composto por André Freire (ISCTE), Andrès Malamud (CIES-ISCTE), Carlos Jalali (U. Aveiro), Diogo Moreira (ICS-UL), Jorge Migueis (STAPE), Jorge Miranda (FD-UL), José Reis Santos (FCSH-UNL), Manuel Meirinho Martins (ISCSP), Marina Costa Lobo (ICS-UL), Pedro Magalhães (ICS-UL), e Pedro Tavares de Almeida (FSCH-UNL).
Quadro de Resultados*
Rui Valada - 3,0
Luís Botelho - 4,0
António Alvim - 5,0
Luís Teixeira - 5,88
Pedro Alves - 6,13
*Os resultados foram obtidos pela média das avaliações atribuídas pelos membros do júri (escala de 0-10). Estão disponíveis, a pedido dos candidatos, os comentários dos avaliadores.
A todos os candidatos, e a todos os membros do júri, o nosso sincero agradecimento pela vossa participação e esforço desenvolvido.
Pelo Clube «Loja de Ideias»:
Diogo Moreira e José Reis Santos
segunda-feira, maio 29, 2006
considerções dispersas
[1] Apesar de se apregoar por tolerância, distanciamento histórico, etc, a verdade é que em todos os argumentos apresentados vemos a verdade histórica, a cientificidade e a apreciação distanciada muito mal tratada. São apresentadas definições de dicionários e citações de autores celebrados como introduções teóricas de sustentação argumentativa. Junto são apresentadas imagens, sem referências, que procuram a indução fácil e a colagem pictórica. Ou seja, nenhum dos arguentes consegue apresentar algum tipo de argumento articulado e sustente em alguma prova e/ou teoria válida, aparentando ser o que criticam – pessoas mal informadas, simplistas e descabidas.
[2] Ambos os argumentos padecem, na minha opinião, de um erro crasso de análise que é o de supor que o Estado Novo foi um regime estanque, não evolutivo e fixo. Não é verdade. O que era e o Estado Novo em 1933 não é o que era em 1945 ou em 1958 ou em 1968. O regime, como muitos outros regimes, evolui. Essa evolução não é tida em conta. Nunca.
[3] Sobre a Ditadura.
Quando se procura produzir afirmações de alcance mediático esta é das que é muita utilizada – a Ditadura salazarista, os 48 anos de Ditadura, etc. Na verdade o movimento do 28 de Maio instala uma Ditadura Militar. Esta, sempre de carácter provisório, institucionaliza-se com o plebiscito de 1933, que aprova e «legitima» o novo texto constitucional que instala a II República Portuguesa, vulgo Estado Novo.
[3] O carácter fascista do Estado Novo.
Também neste ponto a controversa é grande. Em rigor, Fascismo é um termo bem datado e que se reporta ao período do entre guerras. Procurava apresentar respostas políticas ao grande dilema à época – que soluções além do Estado Liberal? A esta crise do liberalismo o Fascismo procurava apresentar-se como uma «terceira via» (alem das democracias liberais, havia ainda os modelas comunistas) e é neste contexto que é muito procurado como sistema político. Este era baseado na autoridade, na pacificação e estabilidade politica, na ideia de Nação / Pátria, na vontade transformadora e revolucionaria de um programa ideológico que procura lançar para o futuro o advir da Nação. A Ideia de Progresso, de um Futuro notável e de Direito, inalienável à Nação era muito forte na promessa da construção de um Novo Homem, de um Novo Estado.
É neste movimento, e com características próprias, que o «salazarismo» se enquadra. O Estado Novo não foi mais que a resposta portuguesa à crise do modelo liberal que se havia colapsado no final da Monarquia Constitucional e agonizado na I República. É neste sentido que ele é fascizante (pelo menos) até 1944 (aí, e antecipando o final da II Guerra, Salazar adapta o regime reformulando o Governo).
Como é que eu perdi isto?...
Do que se falava? do 28 de Maio, do Estado Novo, de Fascismo em Portugal.
Como é que perdi isto?... Ainda por cima com este texto tão pobre...
Já volto.
Dos outros
A partir das 9.30h na Sala do Senado (valia a pena nem que fosse só para ver a sala...).
A entrada é livre.
Mulheres Candidatas ás eleições parlamentares Kuwaitianas
Dr.ª Rola Dashti á direita
Para estas eleições já se candidataram cinco mulheres, a primeira a se propor foi a Dr.ª Rola Dashti, Presidente da Sociedade Económica do Kuwait e umas das líderes do movimento pela emancipação das mulheres.
Fonte: Boletim racionalista internacional.
Reflexão também publicada no Geosapiens.
Entrevista com Chalmers Johnson
Hoje em dia, Johnson é um herói para uma nova geração dos que protestam pela paz. Um dos críticos mais desembaraçados da administração Bush, o seu best-seller de 2000, Blowback, denuncia o efeito bumerangue que os EUA sofreram ao apoiar fundamentalistas islâmicos na década de 1980, um outro seu livro, Sorrows of Empire, é uma denúncia atempada da militarização que a política externa americana veio a assumir.
A propósito desse livro, Marc Cooper, do LA Weekly, conversou recentemente com Chalmers Johnson quando este passou por Los Angeles, a entrevista que é muito interessante reproduzo-a aqui na totalidade:
LA Weekly: Numa recente revisão do seu livro, o escritor de esquerda Ian Williams reprova-o por acreditar demasiado na maldade dos bushistas. Williams argumenta que, ao olhar o Iraque, alguém pode concluir que ao invés de grandes imperialistas os rapazes de Bush são, ao contrário, trapalhões espetaculares.
Chalmers Johnson: Bem, não há dúvida que eles trabalharam mal no Iraque, desde não utilizar suficientes tropas a interpretar mal a inteligência, e há mais evidências disto todos os dias. Mas nunca houve um plano para deixar o Iraque porque não há intenção de deixar o Iraque. Estamos atualmente a construir 14 bases ali. Dick Cheney não pode imaginar abandonar aquele petróleo. E os militares não podem imaginar abandonar aquelas bases. Eis porque eles não podem propor um plano para deixá-las.
Por Marc Cooper
Publicado no LA Weekly em 28 de Julho de 2004.
Texto original:
"A conversation with Chalmers Johnson, em: http://www.laweekly.com/ink/04/32/features-cooper.php"
Reflexão também publicada no Geosapiens.
Coincidências II
Tem interesse.
Ainda vive o senhor doutor, ainda vive.
[gostei da entrevista com o Hermano Saraiva]
Coincidências
Dia 28 de Maio.
Há 33 anos era feriado em Portugal.
Coincidências...
28 de Maio
Foi há 80 anos.
[tema a necessitar de mais reflexão…]
quinta-feira, maio 25, 2006
Quinta-feira, 1 de Junho
Sistemas eleitorais e o Futuro. Propostas de reforma do sistema eleitoral em Portugal.
que decorrerá na
Biblioteca-Museu República e Resistência
(Rua Alberto de Sousa, 10-A à zona B do Rego)
Quinta-feira, 1 de Junho 2006
pelas 21.00h.
Ao terminar o ciclo sobre a «Reforma do Sistema Político Português», e no suporte da iniciativa do «Call for Papers», o Clube «Loja de Ideias» apresenta a conferência «Sistemas eleitorais e o Futuro. Propostas de reforma do sistema eleitoral em Portugal».
Durante quase um ano de debates, conferências e encontros, procurámos apresentar diversas temáticas que, no nosso entendimento, completavam e perspectivavam o ciclo a findar. Assim, logo na conferencia inicial, sob o titulo «O sistema eleitoral português: que reforma?», realizada em Julho de 2005, foi possível reunir o ex-presidente da Assembleia da República João Mota Amaral, o deputado António José Seguro (do PS) e dois ilustres académicos, o Andrés Malamud do CIES-ISCTE e o André Freire do ISCTE. Por fim, o José Reis Santos representou o Clube «Loja de Ideias». Foi a sessão de apresentação do Clube «Loja de Ideias» e o início desta nossa viagem.
Na sessão seguinte, em Outubro de 2005, procurámos perceber como estava a «Reforma do sistema eleitoral português. A discussão Hoje», e tivemos a oportunidade de poder contar com a presença de Fernando Rocha Andrade, Subsecretário de Estado da Administração Interna, que nos explicou, bem, a posição do governo. Confrontando-o estiveram os deputados João Rebelo, pelo CDS-PP e João Teixeira Lopes, pelo BE e o Vitor Dias do Comité Central do PCP.
Virámo-nos depois para uma perspectiva histórica do problema, apresentando «A evolução do Sistema Eleitoral em Portugal», em Novembro de 2005. Aí foi com honra que recebemos a professora Zília Osório de Castro, da FCSH-UNL, o José Tavares Castilho, do CEHCP-ISCTE, o Pedro Alves da FD-UL e (novamente) o José Reis Santos, agora pela FCSH-UNL.
Já em 2006 lançámos o «Call for Papers» sobre a reforma do sistema eleitoral para a Assembleia da República portuguesa. A ideia era desafiar a «sociedade civil» a apresentar propostas, das mais diversas proveniências, que seriam avaliadas por um júri científico. Este júri, composto por Jorge Miranda (FD-UL), Pedro Tavares de Almeida (FSCH-UNL), Manuel Meirinho Martins (ISCSP), Marina Costa Lobo (ICS-UL), Andrès Malamud (CIES-ISCTE), Carlos Jalali (U. Aveiro), Pedro Magalhães (ICS-UL), Jorge Migueis (STAPE), André Freire (ISCTE), José Reis Santos (FCSH-UNL) e o Diogo Moreira (ISC-UL), seleccionará a proposta a ser apresentada publicamente dia 1 de Junho.
Apoiando esta iniciativa, apresentámos três conferências subordinadas aos partidos políticos, afinal garantes e monopolistas do sistema político. A primeira, sobre «processos de recrutamento de lideres e mecanismos de selecção de candidatos», em Março de 2006, contou com a presença do deputado Pedro Mota Soares, do CDS-PP, do Orlando Alves do MRPP e o José Tavares Castilho, repetente, do CEHCP-ISCTE. A segunda foi sobre «Partidos Políticos, que reformas para o caso português?», em Abril 2006, e contou com a presença da deputada Alda Macedo, do BE, da Ana Serrano, assessora do grupo parlamentar do PCP, e do Andrès Malamud, também a repetir, do CIES – ISCTE; a ideia era por em confronto o mais velho e o mais novo partido português. Por fim, juntámos PS e PSD para falarem de «democracia interna?», em Maio de 2006, o PS foi representado pelo deputado Vasco Franco e o PSD pelo também deputado António Preto. O Carlos Jalali, da Universidade de Aveiro, providenciou o toque académico.
Estamos, então, a terminar este ciclo. 6 conferências, 21 convidados depois. Ouvimos 6 partidos, debatemos com académicos de 6 Universidades e Institutos, com membros do Governo e com algumas centenas pessoas, verdadeiros representantes da sociedade civil, que nos alegraram com a presença nas nossas sessões e nos proporcionaram vivos e aguerridos debates.
Agora este ciclo termina.
Juntamente com a proposta seleccionada do «Call for Papers», preparámos a seguinte conferência:
Proposta seleccionada do «Call for Papers».
Comentador: Pedro Magalhães (ICS-UL)
Também apresentarão propostas:
André Freire (ISCTE) e
Manuel Villaverde Cabral (ICS-UL)
Comentários finais de Jorge Miranda (FDL-UL)
Moderador: Clube «Loja de Ideias
Debate aberto ao público.
O Clube «Loja de Ideias» apresenta-se como uma iniciativa não partidária e não ideológica e tem como objectivos contribuir para a construção de novos espaços de debate e intervenção política, fora dos círculos institucionais, visando uma melhor e oleada articulação entre a sociedade civil e a sociedade política e partidária. Em suma, interessa-nos a actividade cívica, articulada numa múltipla dimensão social, política e cultural, contribuindo para uma redefinição conceptual do Espaço da Cidade Contemporânea
quarta-feira, maio 24, 2006
Dos outros
Sexta- feira, 26 Maio, pelas 18h00
O Monte acolhe a segunda de um conjunto de conversas organizadas pela UniPop sobre as"Gerações de Abril", com a presença de Ramiro Morgado.
Sobre as origens do nosso sistema eleitoral.
Recomendado e a não perder.
(já estamos a preparar a nossa sessão de dia 1 de Junho…)
Serviço Público
Só vi a segunda parte. Dizem que na primeira o confronto Costa-Rangel foi épico. O que vi foi um programa «demasiado bom» para a Fátima se perceber o que tinha nas mãos. Vi o Pacheco Pereira a não querer sair muito do ponto (o livro), o Rangel a só querer sair do Livro, o Ricardo Costa e conter-se para não explodir (o que fez no fim do programa) e o Carrilho, babadíssimo com a atenção (que bem lhe ficará no CV…).
Duas breves notas.
[1] Porquê toda a importância no tema e no autor, afinal ele próprio é um produto do que critica. Ele próprio é parte do sistema que condena. Não lhe perguntaram, pelo menos que visse, quanto é que pagava a uma jornalista recém licenciada por um programito de 15 minutos na rádio quando era solteiro e ministro da Cultura. Já vi vários jogadores, dos que simulam penalty, reclamarem de faltas graves. Nunca vi foi nenhum negar-se a reconhecer a evidencia dos seus próprios malabarismos (ainda mais quando expostos).
[2] notei demasiados picanços no programa. Fátima x Pacheco; Costa x Rangel; Costa x Carrilho; Carrilho x Pacheco (menos). Demasiados? Talvez não. Talvez fossem necessários mais programas destes, para que vernizes estalassem e varias evidencias fossem expostas. Muito se percebeu ontem. Muito ficou por perceber. Acho.
Óptima televisão. Todos os serões fossem assim…
terça-feira, maio 23, 2006
Dos outros
Debates O PÚBLICO DECIDE
O IPRI-UNL e a ALMEDINA propõem uma série de quatro sessões de debates públicos (ao estilo da Oxford Union Debating Society) sobre questões de política internacional. Em cada sessão será apresentada uma moção sobre uma questão de actualidade. Esta moção será defendida e contestada por duas equipas. A vitória no debate é decidida pela votação do público presente.
As sessões decorrerão na Livraria Almedina – Atrium Saldanha – Pç. Duque de Saldanha, 1 – Loja 71 (2º Piso), em Lisboa. Para mais informações consulte www.ipri.pt.
24 de Maio, 19:00 horas
Imran Mhomed
Carmen Fonseca
IPRI-UNL, mestranda em Ciência Política e Relações Internacionais, Univ. Nova de Lisboa
CONTRA
Ana Santos Pinto
Diogo Moreira
As regras de debate são rigorosas
A Raça Humana
Uma inglesa de pele negra, com ancestrais de pele branca, deu à luz a estas gémeas em Abril de 2005 por cesariana, uma de pele negra e a outra de pele branca, a Remee de olhos azuis e de pele branca e a sua irmã Kian de olhos castanhos, que nasceu um minuto depois e é de pele negra. Tanto a mãe, Kylie Hodgson, quanto o marido, Remi Horder, são filhos de casais de pele diferente e as mães de ambos eram de pele branca e os seus pais pele negra.
Segundo os especialistas em fertilidade os dois óvulos foram fertilizados ao mesmo tempo e que a Remee foi originada por um espermatozóide com genes exclusivamente de proveniência da área materna de ambos os país e que fecundou um óvulo do mesmo tipo, enquanto com a Kian, um outro espermatozóide com genes de proveniência da área paterna de ambos os país fecundou um óvulo com genes destes o que resultou no nascimento de duas gémeas mas com aparência diferente.
As duas bebés completam um ano em Abril e só vêm provar que as raças apenas existem na nossa mente.
A única que existe é apenas uma, a Humana.
sexta-feira, maio 19, 2006
E isto até andava calmo...
«Politicas de esquerda», berram. Ouço demasiado eco. Vou ver, ninguém. Só o eco «politica de direita», dizem agora. Não sei o que atacam ou o que defendem. Não vejo ninguém, só ouço. Talvez ainda não tenham chegado, e estejam a treinar as palavras de ordem, a testar os equipamentos de som, etc.
Não queria que fosse mais umas daquelas manifestações com mais policia que manifestantes. É que, para mim, os movimentos sindicais ainda fazem razão de existir, caso contrário, e com as oposições políticas resignadas a um taticismo a-político absurdo (de que acorda cada 4 anos para disputar eleições), de quem podemos esperar contestação argumentada ao governo?
Agora isso não é dizer que o movimento sindical está são. Muito pelo contrário, tem de modernizar-se a apontar para a nova realidade contemporânea, onde conceitos como «classe profissional» são cada vez mais diluídos (e porque não o Clube «Loja de Ideias» fazer alguma coisa sobre o tema?...). Por outro lado, outros movimentos sociais, de diferente génese do movimento sindical, poderiam preencher algum do espaço deixado pelos sindicatos, organizando a «sociedade civil» em diversos movimentos organizados, tipo grupo de pressão, que pudessem passar algumas das suas preocupações através de veículos de nova estirpe. Sei, por exemplo, que o Carvalho da Silva já encomendou um estudo sobre o futuro do movimento sindical…
Já se ouve a «multidão». Está fraca. Fraquinha. Este é, afinal, dos governos com menos contestação social. Mais um dia na cidade. Almoço, café, manif, saída.
Maçonaria está a crescer em Portugal como alternativa.
quinta-feira, maio 18, 2006
NOVAS DE ITÁLIA
O CLDI ANDA ESTE ANO PROFUNDAMENTE PREOCUPADO COM AS ANDANÇAS EM ITÁLIA, EVIDENTEMENTE PARA BUSCAR ANALOGIAS COM AS “NOSSAS” PROPOSTAS DE REFORMA DO SISTEMA ELEITORAL.
ORA BENNE,SENDO ASSIM NÃO PODIA DEIXAR PASSAR AS NOVAS FRESQUINHAS DESSE MEU AMADO PAESE:
il premier uscente è intervenuto sul prossimo referendum costituzionale: «È una modifica necessaria della Costituzione, migliorabile come tutte le cose della Terra, ma un passo necessario verso l'ammodernamento del nostro Paese. La difenderemo, come difenderemo tutte le altre riforme», ha detto Berlusconi, «ci impegneremo a fondo per il referendum e sono convinto che andrà bene», promette. «Speriamo che il centrosinistra» non voglia mettere in pratica quello che ha promesso di fare nel programma elettorale, argomenta Berlusconi.
PRODI DIXIT:
Il governo proporrà inoltre «un aggiornamento della nostra Costituzione e della legge elettorale attraverso la ricerca di una costruttiva e larga collaborazione tra tutte le forze politiche del paese». Prodi dice anche che la maggioranza «si opporrà compatta nel prossimo referendum» in quanto la riforma del centrodestra è «sbagliata e dirompente».
ACHEI POR BEM TRAZER ESTE ASSUNTO JÁ QUE UM PORTUGUES OPTIMISTA DECIDIU FAZER HOJE UM BOM EDITORIAL ACERCA DO FUTURO ITALIANO; LEIAM EDUARDO DÂMASO NO DN SOBRE PRODI
Estranho
As pressões da Opus Dei...
DIPLOMACIA E SABEDORIA
Dada a gravidade da situação mundial o ilustre professor Adriano Moreira publicou esta semana um extraordinário artigo de opinião no DN. Não se trata de uma reflexão distante de um consagrado académico-pelo contrário é escrito em forma de apelo e penso que deve ser lido por todos os jovens esclarecidos.
A passagem mais impressionante é esta:
é urgente e necessário o apelo a uma mobilização geral da informação que forneça consistência às intervenções cívicas que impeçam a repetição de ousadias recentes
A sua sugestão forte recomenda em lugar de destaque que:
If
proliferation in the six-party forum, and with
quarta-feira, maio 17, 2006
Outra margem
Neste baú descobri esta pérola.
1 ano
Um ano de carpintaria com uns bichos muitos especiais.
Um especial abraço ao Medeiros Ferreira, parece que gostou deste «novo» palco (a blogosfera).
Um ano de bom trabalho diário merece os nossos parabéns.
Fátima, Futebol, Fado
Levámos Fátima, o Futebol e o Fado, dizia, às tantas, uma amável senhora. Exportámos o Estado Novo. Foram 2 milhões desde os anos 60.
Delgado
Na verdade foi um esquecimento alimentado, pois evito entrar em grandes trocas de ideias em relação ao senhor. Lembro-me sempre de uma conversa, já há alguns anos, com um conhecido antiquário desta praça, que me confidenciava que a família Delgado tratava de, com muito cuidado, manter a boa memória do «general sem medo» incólume.
Eu, que já me estava a aventurar no ramo da História, sempre achei estranha essa confidência. Mas, verdade seja dita, que estranho que só se celebre a segunda metade da vida de alguém.
O que fez Delgado antes de 1958 onde, por um conjunto estranho de factores, se tornou no ícone anti-fascista por definição? Sei que estava nos Açores nos tempos da II guerra, como mandatado de confiança do Estado Novo, e que tinha tido, nos anos 30, expressas simpatias com a modernidade da «Nova Europa». Sei também que se aproxima dos americanos nessa altura, sendo depois destacado para Washington e para a NATO (é aí que ganha o a alcunha de «general Coca-Cola»).
É verdade que se afasta do regime de Salazar (onde chegou a ser apontado como delfim). Eu, para mim, tenho por razão que se teria desapontado com o carácter excessivamente católico, conservador e «mole» do salazarismo. Sempre pensei que Delgado queria algo com mais «fulgor», mais «fibra». Democrata? Tenho algumas dúvidas, talvez se preparasse para ser algo mais tipo Pinochet, avant la lettre, bem entendido.
Claro que o senhor está ainda (muito) bem protegido. A sua fundação, a família, a FLAD, etc, não deixam que se perturbe esta imagem definida.
Não é o único a sofrer deste estranho fenómeno que cola personagens históricas a uma ideia que de elas se construiu. Temos vários exemplos na nossa história contemporânea – ver Sá Carneiro, Spínola, Afonso Costa, etc. Delgado tem a agravante da imagem de Delgado ter sido construída pela família e pelos seus próximos colaboradores. Só isso, para mim, é motivo de desconfiança…
terça-feira, maio 16, 2006
Report
(dois pontos: partilho muitas das «leituras» que faz do Código Da Vinci – sobre o estado neo-pagão ou pós-cristão da sociedade europeia contemporânea – e gosto das suas análises cinematográficas)
Encontro
- Olhe, desculpe, sabe me dizer se hoje é terça-feira?
Parei. Olhei dois segundos para o lado, e calmamente lhe disse, afirmando com a cabeça.
- Sim, penso que hoje é terça-feira.
Repus o passo, os Walkabouts e dirigi-me a casa.
Já conhecem?
Conhecem a «Terrivel verdade»? Vão conhecê-la. Depois digam qualquer coisa...
segunda-feira, maio 15, 2006
Dos outros
Vidas paralelas do comunismo europeu:
Cunhal e Togliatti
ISCTE
24 de Maio de 2006
9H30 – 20H00
PROGRAMA
9H30
Abertura dos trabalhos. Intervenção da Presidente do CEHCP
Projecção do filme Togliatti. Antologia audiovisiva (1989),
«Como é que uma jornalista faz História Contemporânea em televisão»
Maria Augusta Seixas (Mestre em Jornalismo, realizadora)
Projecção de um episódio da série televisiva Álvaro Cunhal: o Homem, o Dirigente, o Partido
«Testemunho»
António Borges Coelho (Faculdade de Letras de Lisboa)
«Palmiro Togliatti: biografia e uso público da história»
Aldo Agosti (Universidade de Turim)
«O revolucionário pragmático»
José Pacheco Pereira (ISCTE)
«História e Nação em Álvaro Cunhal»
José Neves (CEHCP/ISCTE)
«O conceito de revolução democrática em Togliatti e em Cunhal»
João Arsénio Nunes (CEHCP/ISCTE)
Debate com todos os participantes
Organização:
Centro de Estudos de História Contemporânea Portuguesa
Av. das Forças Armadas, Ed. ISCTE, 1649-026 Lisboa
Tel: 21 790 30 94 Fax: 21 790 30 14
Já dá...
Recomendo
E ainda pensamos que o Pacheco Pereira tem uma vida. Ela aqui está exposta (pelo menos os últimos 30 anos).
Está muito bom o «Estudos sobre o Comunismo». A visitar com frequência.
domingo, maio 14, 2006
Subir na vida
Quando passas da Travessa da Peixeira para a Rua dos Diamantes... ;)
sexta-feira, maio 12, 2006
Crónicas de livros que não li.
Estive no seu lançamento, assim como já tinha estado na defesa da tese de doutoramento que lhe deu origem, e confirmei a ideia que parte da história contemporânea actual passa muito pela investigação exaustiva da Inácia. Finalmente alguém que não viveu o 25 de Abril escreve, com sustentação académica, sobre esse período de definição.
Já tinha a tese, mas como não se recomenda a leitura de teses de doutoramento de 1500 páginas, espera-se pelo livro «ligeiro». Da tese perdeu-se alguma profundidade e alguns capítulos. No livro ganhou-se ligeireza e divulgação. Como nota negativa a falta de uma bibliografia no final do livro, por puro esquecimento da autora (a Inácia confidenciou-nos que tinha o ficheiro pronto e que se tinha esquecido de o enviar, e que, apesar das múltiplas leituras das provas, não reparou nessa falha).
Para quem gosta de navegar na história
quinta-feira, maio 11, 2006
quarta-feira, maio 10, 2006
Agenda...dos outros
Pois deixem-me sugerir-lhes o seminário «América Latina: um olhar contemporâneo», organizado conjuntamente pelo CIES do ISCTE e o ICS da UL.
Recomendo a conferência do Andrès Malamud, que tentarei ver, e a mesa redonda sobre «tendências políticas e prespectivas para a América Latina» com o Villaverde Cabral, o Bernardino Gomes (o do PS e não o do PCP) e o Wilson Trajano (da Universidade de Brasília).
report
Com sala cheia, mas sem sandes, tivemos uma hora de puro prazer. Ouvir gente assim não cansa. Alimenta. Foi bom.
(Pedro, perdeste uma belíssima exposição, sem pontos fracos ou desvios desinteressantes)
(Sandro, não sabia que ia ser sobre este tema, senão tinha-te avisado…)
terça-feira, maio 09, 2006
Bom almoço.
É com o Manuel de Lucena (esse génio) e sobre o Presidencialismo no Estado Novo.
A organização é do ICS, no ICS e começa às 13,30 h na sala de aulas 2.
Apareçam, tragam uma sandes e uma coca colita, e deliciem-se com a mente superior do Lucena.
segunda-feira, maio 08, 2006
Já tinham visto?
Dos outros
Cadernos de Estudos Africanos
N.º Especial (Dezembro 2006)
“Memórias cinzentas: reconstruções dos passados coloniais em África e na Europa”
A revista Politique Africaine irá lançar em Junho de 2006 um número especial sobre memórias coloniais, dando particular atenção às formas como essas memórias (frequentemente reconstruídas) servem determinados objectivos políticos, incluindo políticas públicas concretas. Aquela revista tinha já publicado duas contribuições iniciais para o tema (veja-se o n.º 98, de Junho de 2005), pela mão de Pierre Boilley (“Loi du 23 Février 2005, colonisation, indigènes, victimisations”. Évocations binaires, répresentations primaires») e Jean-Pierre Chrétien (“Le passé colonial: le devoir d’Histoire”). O primeiro texto examinava os debates em torno do art. 4.º da lei de 23 de Fevereiro do ano passado, que estabelece que nas escolas os alunos devem ser instruídos sobre o papel positivo da colonização francesa além-mar. O segundo analisava o passado colonial através da lente do “dever histórico”, com alusões ao debate belga sobre a colonização e as suas manifestações recentes (por exemplo, a exposição do Museu de Tervuren, «Mémoires du Congo au temps colonial», catálogo impresso de 2005 e informação disponível em www.congo2005.be).
No início de 2006, no seio do Africa-Europe Group of Interdisciplinary Studies, que agrega vários centros de investigação europeus de estudos africanos, surgiu a ideia de promover uma maior ligação e cooperação entre as respectivas revistas, nomeadamente através da publicação de números temáticos afins. O Centro de Estudos Africanos (CEA-ISCTE, Lisboa) aceitou o repto e propõe-se publicar no final de 2006 um número especial dos seus Cadernos de Estudos Africanos sobre memórias coloniais.
As interrogações dos colegas da revista Politique Africaine (vd. http://www.politique-africaine.com/appels/memoires_grises.pdf) servem-nos de guia e ajudam-nos a formular novas questões para os casos português e das suas antigas colónias em África. Se em França frequentemente se diagnostica uma “fractura colonial”, em Portugal tal não será evidente. No campo político e na opinião pública portuguesa não se regista propriamente um debate sobre o passado colonial. Regra geral, faz-se uma avaliação positiva da história de Portugal e do colonialismo português, para o que concorre certamente uma certa retórica luso-tropical muito vulgarizada. O «fim do império» é que, a espaços, irrompe como um problema mal resolvido. O partido mais à direita no espectro parlamentar (CDS-PP) tem sido porta-voz de algumas reivindicações dos chamados “Espoliados do Ultramar”. Além disso, entre uma parte significativa da população portuguesa, sobretudo a que regressou à antiga metrópole após a independência das ex-colónias, faz-se um juízo negativo sobre a forma como se procedeu à descolonização (não obstante a rápida e bem sucedida integração do meio milhão de retornados na sociedade portuguesa).
Pouco tempo depois do «regresso das caravelas», grupos de retornados (da mesma localidade de Angola ou Moçambique ou da mesma empresa colonial) começaram a reunir-se em confraternizações anuais (almoços, piqueniques), numa lógica de cíclica ‘revisitação’ de um local de saudade. Recentemente, temos assistido a uma ‘avalanche’ de memórias sobre África na imprensa, no audiovisual, na produção editorial, na Internet. Verifica-se uma apetência crescente por tudo o que tem a ver com as antigas colónias portuguesas. Parece haver uma urgência de convocar essas memórias, mesmo da parte das gerações mais novas que saíram de África com poucos anos de idade ou que já nasceram depois das independências.
Nas antigas colónias, por seu turno, não parece haver uma forte tensão e/ou oposição às memórias veiculadas pela antiga potência colonial. Os governos dos países independentes não terão pejo de usar, em função de agendas próprias, o discurso da irmandade linguística, cultural e histórica. Acresce que em Angola e Moçambique, devido à guerra civil e à vigência de regimes de partido único após a independência, as memórias dos conflitos mais recentes sobrepõem-se às memórias do período tardo-colonial. De forma perversa, e em aspectos concretos (acesso ao mercado, dinamismo da economia, segurança, infra-estruturas), a comparação pode até ‘beneficiar’ o balanço que é feito do domínio colonial. Convém, no entanto, perscrutar com mais pormenor os meandros desses processos de reconstrução da memória do colonialismo e perceber como são recordados alguns dos seus aspectos mais gravosos: o trabalho forçado, o esbulho de terras, as culturas obrigatórias, a discriminação de estatuto jurídico.
O objectivo deste número especial é reunir contribuições que clarifiquem, de forma original e plural, a reconstrução da memória do passado colonial. Serão bem-vindos textos que se ocupem dos seguintes problemas:
1) processos em curso de (re)construção da memória colonial na antiga metrópole (se possível em perspectiva comparada com outras antigas metrópoles coloniais, como a França, a Bélgica, a Grã-Bretanha, a Alemanha e a Itália);
2) políticas da memória (monumentos, museus, comemorações, manuais escolares) relativamente ao passado colonial em África e/ou na Europa;
3) emergência e/ou reabilitação de espaços (virtuais ou físicos) de memória colonial (sítios, blogues e fóruns de discussão na Internet, realização de encontros, confraternizações, piqueniques que reúnem ‘retornados’);
4) relação com certos produtos culturais e mediáticos criados na antiga metrópole (como, por exemplo, a RDP-África e a RTP-África e da telenovela da TVI «A Jóia de África», ambientada em Moçambique, clubes portugueses de Futebol);
5) reconstrução da memória dum passado colonial brutal (reflexão sobre os massacres, a violência física, o trabalho forçado, as guerras coloniais, etc.);
6) reconfigurações da memória da contestação ao colonialismo e das lutas de libertação nacional pela independência de Angola, Guiné e Moçambique.
Indicações práticas:
O número especial será publicado em Dezembro de 2006. Aceitam-se propostas (c. 1 página) de artigos originais até 31 de Maio. Em meados de Junho de 2006, os coordenadores e os autores reunir-se-ão para discutir os conteúdos do n.º especial. Os artigos, na sua versão integral, em português, francês ou inglês (máximo 50.000 caracteres) devem ser enviados até 30 de Setembro, para os endereços electrónicos dos coordenadores.
Coordenadores:
Pedro Aires Oliveira (mpoliveira@fcsh.unl.pt) e Cláudia Castelo (claudiacastelo@clix.pt)
domingo, maio 07, 2006
GOVERNOS SOBRE SUSPEITA
ESTAMOS PORVENTURA ATRAVESSANDO UMA FASE COMPLEXA DA GLOBALIZAÇÃO EM QUE AS SUSPEITAS DA CHAMADA “OPINIÃO PÚBLICA” SOBRE O MODO COMO VEM SENDO CONDUZIDA A GOVERNAÇÃO AUMENTAM.
A IMPORTÂNCIA DO ÚLTIMO DEBATE PROMOVIDO PELO CLDI MOSTRA COMO MUITOS ESTÃO ATENTOS A ESTES DESENVOLVIMENTOS.
Despite the growing global economy, there is a spreading erosion of public confidence in institutions as well as in individual leaders in Europe and the United States
A ler
Marina Costa Lobo, «Uma opção para o CDS/PP», DN 6 de Maio
António Costa Pinto, «A oposição do PP», DN 6 de Maio
sábado, maio 06, 2006
Dos outros
Dos outros
O CESUR, Centro de Estudos Sociais e Urbanos do Instituto Superior Técnico (Universidade Técnica de Lisboa) com o apoio da ADFER, Associação Portuguesa para o Desenvolvimento do Transporte Ferroviário, promove no próximo dia 17 de Maio de 2006 (4ª feira), pelas 15 horas, no Auditório do Instituto Superior Técnico, Pavilhão de Engenharia Civil, Av. Rovisco Pais, em Lisboa, uma Sessão subordinada ao tema:
“A problemática da implantação do novo Aeroporto de Lisboa, na Ota”
Após a sessão de abertura, serão oradores os seguintes Professores do Instituto Superior Técnico:
Prof. Manuel da Costa Lobo
Prof. António Brotas
Prof. José Manuel Viegas
Prof. Fernando Nunes da Silva
Prof. Jorge Paulino Pereira
No final haverá um período de discussão aberto aos participantes da plateia.
A entrada é Livre
sexta-feira, maio 05, 2006
14 Abril 1921
Descobri onde tinha as fotografias desse acontecimento, que agora partilho.
Partidos Politicos III
O painel era composto pelo Carlos Jalali, politólogo, jovem investigador da Universidade de Aveiro; António Preto, advogado e deputado por Lisboa do PSD, Líder da distrital laranja da capital; e Vasco Franco, substituto à última hora de Joaquim Raposo, destacado dirigente socialista, de longa data, deputado. Queria-se falar de democracia interna dos principais partidos políticos.
Cerca de 30 pessoas davam um bom ar à sala, desmentindo que estes temas não interessem à «sociedade civil» e que este tipo de iniciativas está condenado à presença de alguns «carolas» ou da área ou reformados. Mesmo praticamente sem apoios nenhuns (contando para divulgação apenas a base de dados do Clube «Loja de Ideias», o Blog e algumas, incertas, divulgações externas – como foi ontem o caso do jornal «Público») temos conseguido manter uma média interessante de participantes. Este ponto, complementar, interessa no sentido em que recebemos do público o feedback necessário à nossa melhora. Mas, acrescente-se, o nosso interesse não é ser «visível», ou encher salas apenas para encher salas. Não. O que nos interessa é apresentarmos a um público interessado uma oportunidade de reflectir temas, apresentados por painéis multidisciplinares (de políticos a académicos, de consagrados a jovens promessas, da esquerda à direita) e transversais que encontrem no espaço criado pelo Clube «Loja de Ideias» uma oportunidade de troca de ideias. Neste sentido orgulhamo-nos de privilegiarmos a qualidade em detrimento da quantidade. Seleccionamos os nossos convidados nesse sentido e o público tem-nos oferecido interesse e participação qualitativa.
Ontem a sessão ficou marcada por um confronto saudável entre os dois grandes partidos portugueses, disputando o crachá de «partido mais aberto», «partido mais democrático», etc. Por outro lado o contributo académico, vastamente enriquecido com exemplos práticos e teóricos, visou não só perspectivar o debate como contribuir com uma dimensão comparativa empiricamente consubstanciada que adensou os argumentos em troca.
Do público, uma vez mais muito interventivo, vieram questões sobre a relação partidos-media (muito atacadas, em especial por António Preto), a questão das possibilidades efectivas de trabalho da sociedade política (no sentido em que o pessoal político não é suficientemente assessorado – compare-se a assessora para 10 deputados no Parlamento português com as 10 assessores que qualquer congressista norte-americano dispõe para si), a questão dos financiamentos (pouco respondida), e alguns pormenores sobre os sistemas de democracia internos. A moderação esteve a cargo do nosso Sandro Pires que, uma vez mais, cumpriu o seu posto.
Como pontos menos conseguidos talvez o excesso academismo do Carlos Jalali visível na minúcia das suas citações e na sua não partilha opinativa (por uma ou duas vezes indicou ter opinião sobre determinado assunto mas, como académico, não a partilhou. Por parte dos responsáveis políticos, mesmo considerando que mostraram uma abertura talvez não esperada, gostaríamos que tivesse explorado mais algumas deficiências que internamente ambos os partidos convidados sentem. Talvez fosse esperar demais.
A sessão terminou pelas 23.30, durando até à 1 da manhã a descompressão.
Dia 1 de Junho voltamos.
quinta-feira, maio 04, 2006
Última hora
Por razões ligadas com a sua actividade autarca, o Presidente da Câmara Municipal da Amadora, Joaquim Raposo, contactou-nos ontem a informar que a sua presença na conferência de hoje à noite não será possível em virtude de ter sido marcada, com carácter urgente, uma reunião extraordinária da Assembleia Municipal da Câmara Municipal da Amadora, na qual terá de estar presente.
Perante este cenário, e visivelmente sentido, sugeriu que fosse «substituído» pelo Vasco Franco, também destacado militante do Partido Socialista, também pessoa historicamente muito envolvida nos diferentes processos internos respeitantes ao PS (lembramos da sua privilegiada ligação à FAUL, da liderança da Concelhia de Lisboa durante muitos anos, da sua presença na Câmara Municipal de Lisboa, na Assembleia da República, etc.).
O Clube «Loja de Ideias» é alheio a esta situação, apresenta as necessárias explicações sobre o assunto (o que está a fazer), mas lembra que estes cenários são sempre possíveis quando os intervenientes têm uma actividade política muito intensa e, muitas vezes, imprevisível. O que aconteceu hoje com o Joaquim Raposo já nos tem acontecido no passado. Agradecemos ao Joaquim Raposo não só a sua consideração para com o Clube «Loja de Ideias» e a sua iniciativa, como pelo seu envolvimento na resolução da situação criada.