O Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano, António Reis, defendeu que a maçonaria em Portugal está a crescer e surge como uma alternativa a ideologias, religiões ou partidos. Num debate sobre a Franco-Maçonaria, António Reis garantiu que "nos últimos dez anos o número de maçons do Grande Oriente Lusitano duplicou". Guiada pelo princípio do "livre pensamento", a maçonaria "pode contribuir para preencher um vazio espiritual" - embora não faça "apelo ao transcendente" - sem cair nos "efeitos perversos" associados aos partidos ou religiões, nomeadamente os "dogmatismos e sectarismos", afirmou.
Tanto António Reis como a Grã-Mestre da Grande Loja Feminina de Portugal, Maria Belo referiram os constrangimentos que sentiram enquanto membros e deputados do Partido Socialista na defesa das suas ideias, porque estavam submetidos às "estratégias de poder". "Os partidos são instrumentos de conquista de poder em que "a liberdade de discurso é limitada" e "afastam-se das práticas de cidadania porque prometeram muito e criaram desilusões", defendeu António Reis.
Na maçonaria, que traz "uma proposta de moral universal", o único poder que se reivindica "é o poder dos valores", especificamente "a liberdade, a igualdade, a fraternidade, a laicidade e a cidadania", acrescentou.
P.S. – Reflexão também publicada no Geosapiens.
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