A terceira conferencia sobre partidos políticos, inserida no Ciclo sobre a reforma do sistema político (que terminará nos próximos dias 1 e 2 de Junho com a apresentação das propostas aprovadas no nosso «Call for Papers») correu, uma vez mais, muito bem.
O painel era composto pelo Carlos Jalali, politólogo, jovem investigador da Universidade de Aveiro; António Preto, advogado e deputado por Lisboa do PSD, Líder da distrital laranja da capital; e Vasco Franco, substituto à última hora de Joaquim Raposo, destacado dirigente socialista, de longa data, deputado. Queria-se falar de democracia interna dos principais partidos políticos.
Cerca de 30 pessoas davam um bom ar à sala, desmentindo que estes temas não interessem à «sociedade civil» e que este tipo de iniciativas está condenado à presença de alguns «carolas» ou da área ou reformados. Mesmo praticamente sem apoios nenhuns (contando para divulgação apenas a base de dados do Clube «Loja de Ideias», o Blog e algumas, incertas, divulgações externas – como foi ontem o caso do jornal «Público») temos conseguido manter uma média interessante de participantes. Este ponto, complementar, interessa no sentido em que recebemos do público o feedback necessário à nossa melhora. Mas, acrescente-se, o nosso interesse não é ser «visível», ou encher salas apenas para encher salas. Não. O que nos interessa é apresentarmos a um público interessado uma oportunidade de reflectir temas, apresentados por painéis multidisciplinares (de políticos a académicos, de consagrados a jovens promessas, da esquerda à direita) e transversais que encontrem no espaço criado pelo Clube «Loja de Ideias» uma oportunidade de troca de ideias. Neste sentido orgulhamo-nos de privilegiarmos a qualidade em detrimento da quantidade. Seleccionamos os nossos convidados nesse sentido e o público tem-nos oferecido interesse e participação qualitativa.
Ontem a sessão ficou marcada por um confronto saudável entre os dois grandes partidos portugueses, disputando o crachá de «partido mais aberto», «partido mais democrático», etc. Por outro lado o contributo académico, vastamente enriquecido com exemplos práticos e teóricos, visou não só perspectivar o debate como contribuir com uma dimensão comparativa empiricamente consubstanciada que adensou os argumentos em troca.
Do público, uma vez mais muito interventivo, vieram questões sobre a relação partidos-media (muito atacadas, em especial por António Preto), a questão das possibilidades efectivas de trabalho da sociedade política (no sentido em que o pessoal político não é suficientemente assessorado – compare-se a assessora para 10 deputados no Parlamento português com as 10 assessores que qualquer congressista norte-americano dispõe para si), a questão dos financiamentos (pouco respondida), e alguns pormenores sobre os sistemas de democracia internos. A moderação esteve a cargo do nosso Sandro Pires que, uma vez mais, cumpriu o seu posto.
Como pontos menos conseguidos talvez o excesso academismo do Carlos Jalali visível na minúcia das suas citações e na sua não partilha opinativa (por uma ou duas vezes indicou ter opinião sobre determinado assunto mas, como académico, não a partilhou. Por parte dos responsáveis políticos, mesmo considerando que mostraram uma abertura talvez não esperada, gostaríamos que tivesse explorado mais algumas deficiências que internamente ambos os partidos convidados sentem. Talvez fosse esperar demais.
A sessão terminou pelas 23.30, durando até à 1 da manhã a descompressão.
Dia 1 de Junho voltamos.
O painel era composto pelo Carlos Jalali, politólogo, jovem investigador da Universidade de Aveiro; António Preto, advogado e deputado por Lisboa do PSD, Líder da distrital laranja da capital; e Vasco Franco, substituto à última hora de Joaquim Raposo, destacado dirigente socialista, de longa data, deputado. Queria-se falar de democracia interna dos principais partidos políticos.
Cerca de 30 pessoas davam um bom ar à sala, desmentindo que estes temas não interessem à «sociedade civil» e que este tipo de iniciativas está condenado à presença de alguns «carolas» ou da área ou reformados. Mesmo praticamente sem apoios nenhuns (contando para divulgação apenas a base de dados do Clube «Loja de Ideias», o Blog e algumas, incertas, divulgações externas – como foi ontem o caso do jornal «Público») temos conseguido manter uma média interessante de participantes. Este ponto, complementar, interessa no sentido em que recebemos do público o feedback necessário à nossa melhora. Mas, acrescente-se, o nosso interesse não é ser «visível», ou encher salas apenas para encher salas. Não. O que nos interessa é apresentarmos a um público interessado uma oportunidade de reflectir temas, apresentados por painéis multidisciplinares (de políticos a académicos, de consagrados a jovens promessas, da esquerda à direita) e transversais que encontrem no espaço criado pelo Clube «Loja de Ideias» uma oportunidade de troca de ideias. Neste sentido orgulhamo-nos de privilegiarmos a qualidade em detrimento da quantidade. Seleccionamos os nossos convidados nesse sentido e o público tem-nos oferecido interesse e participação qualitativa.
Ontem a sessão ficou marcada por um confronto saudável entre os dois grandes partidos portugueses, disputando o crachá de «partido mais aberto», «partido mais democrático», etc. Por outro lado o contributo académico, vastamente enriquecido com exemplos práticos e teóricos, visou não só perspectivar o debate como contribuir com uma dimensão comparativa empiricamente consubstanciada que adensou os argumentos em troca.
Do público, uma vez mais muito interventivo, vieram questões sobre a relação partidos-media (muito atacadas, em especial por António Preto), a questão das possibilidades efectivas de trabalho da sociedade política (no sentido em que o pessoal político não é suficientemente assessorado – compare-se a assessora para 10 deputados no Parlamento português com as 10 assessores que qualquer congressista norte-americano dispõe para si), a questão dos financiamentos (pouco respondida), e alguns pormenores sobre os sistemas de democracia internos. A moderação esteve a cargo do nosso Sandro Pires que, uma vez mais, cumpriu o seu posto.
Como pontos menos conseguidos talvez o excesso academismo do Carlos Jalali visível na minúcia das suas citações e na sua não partilha opinativa (por uma ou duas vezes indicou ter opinião sobre determinado assunto mas, como académico, não a partilhou. Por parte dos responsáveis políticos, mesmo considerando que mostraram uma abertura talvez não esperada, gostaríamos que tivesse explorado mais algumas deficiências que internamente ambos os partidos convidados sentem. Talvez fosse esperar demais.
A sessão terminou pelas 23.30, durando até à 1 da manhã a descompressão.
Dia 1 de Junho voltamos.
1 comentário:
Pedro,
Desculpa mas a critica que fiz ao Carlos (que adoro) foi no duplo sentido de o criticar (como critiquei toda a gente) e de ter preferido que o Carlos pusesse mais dele próprio na sua oralidade. Não vejo como tenha defendido o «socialismo». Mas, e agora desafio-te eu, podes sempre por a tua versão da conferência. Também lá estiveste, e teria muito interesse em termos ambas as versões confrontadas…
Aquele Abraço, latino Pedro.
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