3. Saramago e a Casa dos Bicos.
Segundo sei, o negócio já está fechado.
Segundo sei, o negócio já está fechado.
Tenho, devo dizer, uma dupla opinião sobre o assunto (uma negativa e outra positiva)
Por um lado não concordo com a cedência de espaços públicos consolidados a privados, muito menos quando existem muitas e válidas alternativas disponíveis. Foi o que se fez no CCB que, após 15 anos a ganhar nome na praça foi entregue de bandeja à Fundação Berardo; como se o Comendador não pudesse contribuir com um Museu novo, de origem, para a cidade e para o País (e era o que lhe ficava bem, pois é isso que os verdadeiros Mecenas fazem...). A casa dos Bicos era, nesse sentido, também um espaço consolidado, embora sem programação cultural que se conhecesse. Já a Fundação Saramago poderia ter requerido um (ou mais) dos prédios devolutos existentes em Lisboa para se instalar, não?
Por outro lado, a Casa dos Bicos não se assemelha em nada ao caso do CCB na medida em que apenas alberga funcionários do Departamento da Cultura da CML. Nada tem, ao que sei, de programação cultural ou de intervenção estratégica na zona ou na cidade. Trazer para o espaço uma Fundação como a que o Saramago está a construir poderá, e muito, contribuir para uma dinamização forte do ponto de vista cultural (e não só) daquela zona (e não só).
Portanto, embora em princípio esteja contra a ocupação de espaços públicos consolidados por projectos privados, parece-me que neste caso se justifica o negócio, especialmente porque o Departamento da Cultura nada fez nem previu fazer para a Casa dos Bicos (que pode e deve ser bem mais que espaço para funcionários). A ver vamos.
Por um lado não concordo com a cedência de espaços públicos consolidados a privados, muito menos quando existem muitas e válidas alternativas disponíveis. Foi o que se fez no CCB que, após 15 anos a ganhar nome na praça foi entregue de bandeja à Fundação Berardo; como se o Comendador não pudesse contribuir com um Museu novo, de origem, para a cidade e para o País (e era o que lhe ficava bem, pois é isso que os verdadeiros Mecenas fazem...). A casa dos Bicos era, nesse sentido, também um espaço consolidado, embora sem programação cultural que se conhecesse. Já a Fundação Saramago poderia ter requerido um (ou mais) dos prédios devolutos existentes em Lisboa para se instalar, não?
Por outro lado, a Casa dos Bicos não se assemelha em nada ao caso do CCB na medida em que apenas alberga funcionários do Departamento da Cultura da CML. Nada tem, ao que sei, de programação cultural ou de intervenção estratégica na zona ou na cidade. Trazer para o espaço uma Fundação como a que o Saramago está a construir poderá, e muito, contribuir para uma dinamização forte do ponto de vista cultural (e não só) daquela zona (e não só).
Portanto, embora em princípio esteja contra a ocupação de espaços públicos consolidados por projectos privados, parece-me que neste caso se justifica o negócio, especialmente porque o Departamento da Cultura nada fez nem previu fazer para a Casa dos Bicos (que pode e deve ser bem mais que espaço para funcionários). A ver vamos.
4. Novos espaços na blogosfera:
a. PIAR, «Um poleiro onde se "pia" Public Relations e Comunicação». Blogue do Rodrigo Saraiva e Alexander Guerra, sobre comunicação e RP. (descoberto via Camara dos Comuns)
b. Lisboa SOS, «blogue de cidadãos preocupados com o estado de degradação de Lisboa. Não tem partidos, ideologias ou outras intenções que não sejam fazer de Lisboa uma cidade melhor». (descoberto via Pedro Magalhães).
c. Vox Pop, novo projecto do Paulo Gorjão, a que já tinhamos feito referência.
Regresso à tese...
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