quinta-feira, março 20, 2008

Completamente Inadmissivel



Em vez de se andar a discutir avaliações (que devem ser discutidas) se discutissem era a resolução dos problemas reais do ensino (a que os pais também não devem virar as costas)

1 comentário:

Vera Santana disse...

Concordo em absoluto. Avaliar é importante. Educar é o mais importante.

Actualmente, os professores são avaliados em dois níveis, satisfaz ou não satisfaz. Neste último nível estão pouquíssimos professores. Trata-se de uma avaliação que não discrimina pelo que não é avaliação de nada.

Acualmente um professor pode ser um mau professor e toda a Escola ter conhecimento. Que se pode fazer? Participar por escrito ao Conselho Directivo que participará à Inspecção do Ensino. O processo demora um ano, no decurso do qual os nossos descendentes ficam coxos no saber de uma matéria.

Mas, é também preciso mimar o Ensino Artístico, em especial a Música, sempre tão abandonada, com excepção da última década que viu renascer as "Arts Florissants" com a regionalização das Escolas e Conservatórios e o nascimento de Orquestras Regionais. Finalmente com apoios estatais onde, durante o salazarismo e muito depois do fim do dito (Salazar e salazarismo), os apoios eram associativos, dos operários e dos patrões.

A Europa Central, pela forte criatividade na arte musical, e a Europa insular, pela fraca criatividade mas forte (felizmente!) apropriação (ou, se se quiser, pirataria...) cultiva a linguagem musical desde a mais tenra idade, fazendo dela uma segunda língua - paterna? - lado a lado com a língua materna.

E nós? Que nem aos nossos Mestres da Sinfonia temos dado a importância devida?

Se não fossem as Bandas Filarmónicas a resistir num país desmusicalizado, muito mais grave seria a situação musical portuguesa.

Se não fossem os nossos compositores, estrangeirados ou maçónicos, a produzir música no séc. XX seríamos um deserto sem Lopes Graça nem Joly Braga Santos, sem Peixinho nem Constança Capdeville, sem Sérgio Azevedo nem Isabel Soveral.

E Sarkis Gulbenkian...

É preciso continuar o trabalho iniciado. Mimar e deixar mimar a música em Portugal.

Vera Santana

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