quinta-feira, março 27, 2008

Assim se vê a força dos BRIC*

Jaguar e Land Rover foram comprados pela fabricante indIana de automóveis TATA

Mais um exemplo da crescente importância das grandes economias emergentes face aos países industrializados.

*Brasil, Rússia, Índia e China

1 comentário:

Vera Santana disse...

Ora bem, parece que será melhor, a partir da crise do subprime nos USA , desconstruir o chapéu de chuva BRIC.
Os economistas colocam duas hipóteses, antagónicas entre si: a crise nos USA vai atingir todos os paises BRIC; a crise nos USA não vai atingir todos os países BRIC.
Não sou economista. Limito-me a ler o que os media vão dizendo. A minha leitura pessoalíssima leva-me a crer que o país mais independente da crise nos USA será a Rússia. A Índia terá, também, uma autonomia relativa.
Quanto à China, creio ser um "mistério". Li em publicações especializadas que as exportações da China para os USA constituem uma pequeníssima parte da economia da China. A ser assim, pareceria que a crise no subprime das américas nortenhas não atingiria o coração do dragão chinês...
Quanto ao Brasil, li que a sua economia poderia vir a ser gravemente afectada pela crise do dragão chinês, tendo como resultado uma diminuição da exportação de energias / matérias primas do Brasil para a China.
E depois, aconteceu a visibilização dos problemas no Tibete e, com ela, a dificuldade europeia em ter e manter uma posição coerente. Se o dragão começa a deitar línguas de fumo pela boca, qual bicho acossado e ferido na sua economia, a europa económica vai ser atingida. Se o dragão chinês levar a sua "Avante" e continuar a espezinhar o Povo do Tibete, a europa dos valores "Liberdade, Igualdade e Fraternidade" vai ser atingida bem como o coração "espiritual" da europa...
E agora?
Por mim, assinei a petição pró-Tibete não sem pensar que os magros 3 mil euros que coloquei, em Dezembro de 2007, num Fundo de Acções chinesas vale, neste momento, menos de 2 mil euros e, caso os Jogos Olímpicos venham a ser boicotados, valerá tão pouco que nem dará para uma taça de arroz xau-xau. Foi a minha opção individual, pensada, reflectida. Escolhi a defesa dos valores europeus. Só eu sofrerei as consequências da minha opção idealista.
Ora, uma opção de um/a governante é sempre uma opção colectiva. As consequências serão sofridas por um conjunto enorme de pessoas. Um governante não pode, ao contrário de mim, optar por ideais sem sopesar muito bem o preço do pão. Aqui entraria uma discussão sobre a tensão entre uma moral da convicção - que levaria a Europa a defender o Povo do Tibete até que a voz lhe (à Europa) doesse - e uma moral da responsabilidade que defenda o Pão, Paz, Terra e Liberdade da Europa e dos europeus...
Muito difícil.

Vera Santana

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