Verdade, essa prostituta intelectual.
Com quantos de nós se deitou, com Juras de lealdade?
A quantos prometeu fidelidade? Quantos enganou?
Quantas noites quentes com ela passámos, julgando tê-la connosco?
Para depois acordar traído, com a vergonha da partilha. Da troca subjectiva com que Ela trata quem julga domá-la.
Verdade, minha tua nossa.
Existe? Ou é apenas invenção? Política, histórica ou religiosa?
Tem dono, definição ou carácter?
Na verdade a Verdade existe apenas e só para satisfação nossa, própria.
Pagamos-lhe com mitos colectivos absolutos e indesmentíveis. Sempre com medo dos seus desmentidos, acobardamo-nos na percepção das suas leituras. Das leituras oficiais.
Como deduzimos o que lhe pagamos? Como sabemos do engano, do engodo? Quando alteramos o discurso?
Verdade.
A minha partilho. A do Outro aceito. A Nossa quero criar.
Aí Verdade, que puta intelectual.
Quem compra? Quem vende?
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