1. Acaba de haver uma explosão cá em casa: a tampa de vidro do fogão estilhaçou-se que nem uma bomba, porque a placa eléctrica ficou ligada durante uns 15 minutos e a tampa ... estupidamente fechada. Um rebentamento que mais parecia uma guerra. De trazer por casa. Podia ser a banda sonora do noticiário das cinco, sobre a Guerra na Ossétia, calmamente ouvida no sofá da sala ...
2. Acabo de perceber por que se diz "um caso de amor": um caso não tem direito a uma história feita por dois, lentamente reelaborada com a vida e por duas imaginações num só compasso, como uma curva melódica e harmónica; um caso é sempre:
a) estático;
b) passado;
c) sem futuro;
d) é um grito;
e) tem direito, pelo menos, a dois relatos, frequentemente separados e francamente incoincidentes e cheios de intervalos ...
O Amor é, não só mas também, uma narrativa longa, feita a dois. É uma história oral e flexível. De Amor. Um caso é um ponto na vida, um estilhaço fantástico mas, se calhar, incompleto, um rebentamento, uma IVG ...
3. Estou de acordo com muito do que o Daniel de Oliveira escreve no Arrastão, sobre a Guerra na Ossétia. Estou à espera de manifs simultaneamente "pró-Ossétia e pró-Geórgia", territórios, ambos, brutalmente ocupados. Se as houver, ponho um ponto parágrafo no meu trabalho e ... bebo um copo do melhor whisky que conheço. Se não houver manifs "pró-Ossétia e pró-Geórgia" IGUAIZINHAS às que houve "pró-Iraque", direi publicamente a marca do dito whisky, mas mentindo.
4. Tenho de ir, também, apanhar cacos. Da tampa do fogão
5. A minha conexão nética está fraca; deve ser ... falta de pagamento. Será?
6. O meu amigo X (nada dado a esoterismos) veio hoje cá a casa tomar um copo; conta que quando se separou, há uns bons anos atrás, aconteceu um misterioso e explosivo rebentamento de um vidro, em casa dele.
Que las hay, las hay...
7. De forte para fraco e de fraco para super-fraco vão os estilhaços caindo, sucessivamente, qual roda infantil do lenço. Roda dançada de Schnitzler, de gente mais crescida. Roda da Morte ...
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