Ontem voltei a adormecer antes do discurso principal, pelo que não vi o Joe Biden (nem o Barack Obama, pelos vistos). Mas vi o Bill Clinton, que teve, de longe até agora, a melhor recepção ao palco do Pepsi Center.
Do que tenho visto (aqui, aqui, aqui e aqui) as opiniões são boas, variando entre as que consideram o melhor que Bill Clinton produziu, desde que saiu da Casa Branca, e os que apenas entendem que terá cumprido com a sua obrigação.
Eu acho que ele esteve bem, pior que a mulher (deliberadamente?), mostrando que, apesar de esta ser a altura Obama, o partido democrático ainda é Clinton (ou seja, Nuno, não creio que o Partido Democrata possa vir a ser de Obama tão cedo).
Cedo se verificou que o ex-Presidente não iria seguir o guião que lhe estava destinado (que era, recordamos, o tema da política externa, onde teve esta brilhante frase: "People around the world have always been more impressed by the power of our example than by the example of our power.") preferindo deambular sobre o seu legado e sobre o futuro da América. Referiu-se, também, às capacidades da mulher e à excelente campanha que proporcionou, reforçando os temas queridos do healthcare e da economia.
Foi uma intervenção que, pareceu-me, causou algum desconforto na campanha Obama, visível no ar desconfortável de Michelle Obama em muitas secções do discurso. É verdade que o apoio de Bill Clinton a Obama foi bem mais entusiasta que o de Hillary e que procurou unificar o Partido em torno do candidato à eleição de Novembro. Agora, esta intervenção provou que, apesar do candidato ser Barack, os Clinton ainda dominam o Partido.
É de questionar a estratégia de Obama em colocar o casal Clinton em destaque, porque, até agora, roubaram o show, como se costuma dizer. Claro que ainda falta a sessão de hoje, que se espera apoteótica, mas 3/4 da convenção foram dominados pela família que perdeu a nomeação. Claro que também se pode afirmar que esse era o efeito pretendido, que se elaborou uma estratégia que pretende demonstrar que Barack reconhece o papel e o legado dos Clinton, que não tem problemas em partilhar com eles o palco da sua consagração, e em boa verdade os Clinton mostraram que estão com o Partido e com Obama.
Tenho dúvidas acerca do bom sucesso desta estratégia porque (1) não me parece que os Clinton tenham grande intervenção no decurso da campanha, (2) porque Bill e Hillary foram exímios no aproveitamento do tempo do Pepsi Center (arrasando a concorrência), (3) apresentando-se, definitivamente, como reserva do Partido Democrata, no evento de um mau resultado em Novembro.
Obama já garantiu o seu lugar na história, e Hillary ainda quer o dela (primeira mulher presidente).
Discurso completo aqui. (curiosamente, no site da Convenção quase não fotos de Clinton)
Do que tenho visto (aqui, aqui, aqui e aqui) as opiniões são boas, variando entre as que consideram o melhor que Bill Clinton produziu, desde que saiu da Casa Branca, e os que apenas entendem que terá cumprido com a sua obrigação.
Eu acho que ele esteve bem, pior que a mulher (deliberadamente?), mostrando que, apesar de esta ser a altura Obama, o partido democrático ainda é Clinton (ou seja, Nuno, não creio que o Partido Democrata possa vir a ser de Obama tão cedo).
Cedo se verificou que o ex-Presidente não iria seguir o guião que lhe estava destinado (que era, recordamos, o tema da política externa, onde teve esta brilhante frase: "People around the world have always been more impressed by the power of our example than by the example of our power.") preferindo deambular sobre o seu legado e sobre o futuro da América. Referiu-se, também, às capacidades da mulher e à excelente campanha que proporcionou, reforçando os temas queridos do healthcare e da economia.
Foi uma intervenção que, pareceu-me, causou algum desconforto na campanha Obama, visível no ar desconfortável de Michelle Obama em muitas secções do discurso. É verdade que o apoio de Bill Clinton a Obama foi bem mais entusiasta que o de Hillary e que procurou unificar o Partido em torno do candidato à eleição de Novembro. Agora, esta intervenção provou que, apesar do candidato ser Barack, os Clinton ainda dominam o Partido.
É de questionar a estratégia de Obama em colocar o casal Clinton em destaque, porque, até agora, roubaram o show, como se costuma dizer. Claro que ainda falta a sessão de hoje, que se espera apoteótica, mas 3/4 da convenção foram dominados pela família que perdeu a nomeação. Claro que também se pode afirmar que esse era o efeito pretendido, que se elaborou uma estratégia que pretende demonstrar que Barack reconhece o papel e o legado dos Clinton, que não tem problemas em partilhar com eles o palco da sua consagração, e em boa verdade os Clinton mostraram que estão com o Partido e com Obama.
Tenho dúvidas acerca do bom sucesso desta estratégia porque (1) não me parece que os Clinton tenham grande intervenção no decurso da campanha, (2) porque Bill e Hillary foram exímios no aproveitamento do tempo do Pepsi Center (arrasando a concorrência), (3) apresentando-se, definitivamente, como reserva do Partido Democrata, no evento de um mau resultado em Novembro.
Obama já garantiu o seu lugar na história, e Hillary ainda quer o dela (primeira mulher presidente).
Discurso completo aqui. (curiosamente, no site da Convenção quase não fotos de Clinton)
Sem comentários:
Enviar um comentário