I am honored to be here tonight. A proud mother. A proud Democrat. A proud American. And a proud supporter of Barack Obama.
My friends, it is time to take back the country we love.
My friends, it is time to take back the country we love.
Foram estas as primeiras palavras da senadora nova-iorquina num discurso partido em três partes e meia. Palavras de união, de lealdade partidária e de convicção democrática numa excelente intervenção a provar que a a ex-primeira-dama está em boa forma e veio para ficar. Mesmo.
A primeira parte da intervenção foi dedicada a... Hillary Clinton, que revisitou a sua campanha e os seus principais temas (Healthcare e Womens Rights) com destreza e impunidade. Entendo que alguns tenham tido dificuldade em entender esta secção na Convenção de consagração de Barack Omaba. Regressaremos ao tema.
A segunda secção foi de apoio a Obama, e aí Hillary não poupou palavras nos elogios ao senador do Illinois, muitas vezes utilizando o estilo emotivo e exemplificativo tão característico do candidato democrático. Foi, devo dizer, um apoio sentido e bem explícito, que deveria ter terminado com a desconfiança de alguns em relação às intenções de Hillary (destaco, nesta parte, os elogios a Michelle Obama, muito felicitada pela intervenção de ontem à noite).
A terceira parte, como lhe era exigido, foi de ataque a John McCain. Aí, numa linguagem forte e directa, colou o candidato republicano a George W. Bush como lapa à pedra (sobressaindo a frase «four more years of the last eight years...NO». Não tenho assistido a todas as intervenções, mas foram 5 minutos de bruta pancadaria com o campo do adversário de elevada qualidade, demonstrando que a senadora do Estado de Nova Iorque também sabe jogar para a equipa.
Controversa pode ser a forma como Hillary terminou a sua intervenção (a tal meia parte), pois a última secção do seu discurso, curta, voltou a ser acerca de ... Hilary Clinton. Aqui, numa sucessão de ideias ritmadas com boa cadência, voltou a referir os pontos acerca do healthcare e dos direitos das mulheres, acabando a sua quase meia hora e deixar uma genuina interrogação se não deveria ser ela a discursar na quinta-feira. Certo é que terá ganho muito espaço para 2012, caso Novembro corra mal à familia Obama.
Foi um excelente discurso, com diferentes reacções (quer de apoio quer de critica) com passagens brilhantes a recordar que Hillary apanhou a sua forma tarde demais na campanha eleitoral. Hoje está preparada. Claro que poderia ter apoiado mais Obama; claro que poderia ter baixado a nota do auto-elogio; mas fazê-lo seria não ser Hillary, nem manter bem acesa a tocha de 2012. Hillary Clinton é, hoje, das mais sólidas figuras do Partido Democrata, totalmente liberta do seu marido, e o discurso de ontem provou isso mesmo (transcrição aqui. vejam ainda os outros discursos).
Hoje fala o marido.
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