Ao que parece não percebeste. O problema de Marco Fortes não é o seu “trato fino, humilde e inteligente do Marco, muito longe do tonto que tentaram criar”. Para saber isso bastava ter visto a primeira conferência de imprensa de Marco Fortes para ter percebido (“eles são todos muito grandes, mas não são Fortes!”). O problema de Marco Fortes (e não está sozinho nisso, mas foi o que teve o melhor soundbyte) é uma questão de mentalidade. A mentalidade de que o que obteve não foi uma vitória, foi A vitória. Foi o de não demonstrar ambição de querer ir mais longe.
Repara no contrário da coisa: Emanuel Silva falha a final de K1 1000 metros (canoagem) por 35 centésimos, depois de ter obtido a final da mesma prova há quatro anos atrás, em Atenas. Qual foi a reacção do mesmo? "Pensar que 35 milésimos de segundo me puseram fora da final olímpica dá-me estímulo para trabalhar ainda mais para superar essa diferença"
Já aqui falaste no blog no fantástico Michael Phelps. Phelps, num dos mundiais atrás, perdeu uma prova em que era favorito para, se não me engano, um holandês, por meia dúzia de centésimos. Em vez de se esconder atrás das outras vitórias todas (e era tão fácil fazê-lo), arranjou uma foto do rapaz que lhe roubou a vitória e pô-la no espelho da casa de banho para vê-lo todos os dias. Vê o resultado.
Ou então, por exemplo, na prova de 100 metros mariposa passou aos 50 metros em 7. Com 6 medalhas já conquistadas e a prova de estafetas que faltava cumprir ser praticamente para cumprir calendário, tal era a superioridade americana, podia ter desistido da conquista, que faria na mesma 7 vitórias e entraria para a história dos Jogos. Mas não desistiu e ganhou a prova por um centésimo.
Perguntaram numa conferência de imprensa, uma vez, a Trapattoni, depois de um resultado menos conseguido do Benfica, o que é que separava aquela equipa do Glorioso das vitórias para a conquista do título. O velho “trapalhadas” respondeu que técnica e tacticamente a equipa estava bem. O que faltava era La Mentalitá.
Foi isso que faltou ao Marco Fortes. La Mentalitá.
Repara no contrário da coisa: Emanuel Silva falha a final de K1 1000 metros (canoagem) por 35 centésimos, depois de ter obtido a final da mesma prova há quatro anos atrás, em Atenas. Qual foi a reacção do mesmo? "Pensar que 35 milésimos de segundo me puseram fora da final olímpica dá-me estímulo para trabalhar ainda mais para superar essa diferença"
Já aqui falaste no blog no fantástico Michael Phelps. Phelps, num dos mundiais atrás, perdeu uma prova em que era favorito para, se não me engano, um holandês, por meia dúzia de centésimos. Em vez de se esconder atrás das outras vitórias todas (e era tão fácil fazê-lo), arranjou uma foto do rapaz que lhe roubou a vitória e pô-la no espelho da casa de banho para vê-lo todos os dias. Vê o resultado.
Ou então, por exemplo, na prova de 100 metros mariposa passou aos 50 metros em 7. Com 6 medalhas já conquistadas e a prova de estafetas que faltava cumprir ser praticamente para cumprir calendário, tal era a superioridade americana, podia ter desistido da conquista, que faria na mesma 7 vitórias e entraria para a história dos Jogos. Mas não desistiu e ganhou a prova por um centésimo.
Perguntaram numa conferência de imprensa, uma vez, a Trapattoni, depois de um resultado menos conseguido do Benfica, o que é que separava aquela equipa do Glorioso das vitórias para a conquista do título. O velho “trapalhadas” respondeu que técnica e tacticamente a equipa estava bem. O que faltava era La Mentalitá.
Foi isso que faltou ao Marco Fortes. La Mentalitá.
P.S. - Vânia Silva disse, a seguir a ter obtido um resultado decepcionante no lançamento do martelo, que "Estava bem, fiz o aquecimento bem. A única explicação é que, infelizmente, não sou muito dada a este tipo de competições"
P.P.S. - Também podemos discutir o papel do Comité Olímpico no apoio dado aos atletas e na forma como está a lidar com todos estes casos...
1 comentário:
Já te respondo... espera (a ver se rendem os posts...)
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