Andei, nesta hora de almoço, a fazer uma visita por alguns destacados blogues da nossa direita. Daqueles que não perdem uma oportunidade de atacar Hugo Chavez, tentando sempre que o líder venezuelano seja a cara visível da esquerda (uma esaquerda que, no nosso país, pouca expressão tem).
Ora, durante esta visita tentei encontrar alguma referência a esta notícia.Uma referênciazinha que fosse. Mas não consegui encontrar (verdade seja dita, também nada encontrei nos blogues de esquerda).
Agora imaginem se fosse com Hugo Chavez que isto acontecesse: "Uma semana depois de a Justiça(...) ter chumbado a controversa lei que visava garantir a imunidade (...) nos vários processos judiciais em que é acusado, o governo prepara já uma nova reforma radical do sistema judicial, com nítido sabor a vingança, contra a classe que ousou desafiar (...)." Conseguem imaginar os elogios que a dita personagem receberia da nossa direita blogosférica?
Ora, durante esta visita tentei encontrar alguma referência a esta notícia.Uma referênciazinha que fosse. Mas não consegui encontrar (verdade seja dita, também nada encontrei nos blogues de esquerda).
Agora imaginem se fosse com Hugo Chavez que isto acontecesse: "Uma semana depois de a Justiça(...) ter chumbado a controversa lei que visava garantir a imunidade (...) nos vários processos judiciais em que é acusado, o governo prepara já uma nova reforma radical do sistema judicial, com nítido sabor a vingança, contra a classe que ousou desafiar (...)." Conseguem imaginar os elogios que a dita personagem receberia da nossa direita blogosférica?
Mas não foi Hugo Chavez. Foi Silvio Berlusconi .
Entre outras coisas, Silvio Berlusconi também pretende "a separação das carreiras de juízes e magistrados do Ministério Público. Até agora, ambas as carreiras estavam interligadas, com os magistrados a poderem exercer de ambos os lados da barricada. Mais importante ainda, eram ambas independentes do poder executivo. Com a separação almejada por Berlusconi, os magistrados do Ministério Público passariam a estar dependentes do Estado, e desta forma susceptíveis a maior pressão institucional." ou impedir que "os juízes de rejeitarem qualquer pedido de introdução de testemunhas, novas provas ou adiamentos apresentado pela defesa. Na prática, isto permitiria prolongar indefinidamente um julgamento, eventualmente até o crime em causa prescrever. Além disso, as escutas telefónicas passariam apenas a ser admitidas em casos relacionados com a máfia."
A democracia corre perigo tanto à direita como à esquerda. Os ecos é que são diferentes.
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