quinta-feira, novembro 19, 2009

ARQUEOLOGIAS 1

... QUANDO REVISTAS DE EXEGESE CONTEMPORÂNEA FALAVAM TRÊS LÍNGUAS NA PROCURA DE MESTIÇAGENS, DE NOMADISMOS E DE ERRÂNCIAS.



ATALAIA n.5 / 1999


Publicação do Centro Interdisciplinar de Ciência, Tecnologia e Sociedade da Universidade de Lisboa e da Associação Atalaia
Revista internacional de exegese contemporânea / Revue internationale d' exegèse contemporaine - Lisbonne-Lisboa
Publicada com o apoio do : / Publié avec le concours du: Centre National du Livre (France) / e do Instituto Português do Livro e das Bibliotecas (Portugal)
DIRECTORES/DIRECTEURS: Pedro de Andrade, Avner Camus Perez, Maria Estela Guedes, José Augusto Mourão


CONSELHO DE REDACÇÃO / CONSEIL DE REDACTION: António de Moncada Sousa Mendes, Armel Gaultier, Avner Camus Perez, Dimíter Ánguelov, Graça Delgado, Maria Melo Giraldes, Paula Mascarenhas, Paulo Rocha Trindade, Sara Fressard, Vera Santana.
CONSELHO CONSULTIVO / CONSEIL CONSULTATIF: Alain Touraine, Alexandre Manuel, Ana Luísa Janeira, Andrès Galera, Dominique Lecourt, Ernesto de Melo e Castro, Fernando Bragança Gil, Galopim de Carvalho, Howard Becker, João Ferreira de Almeida, José Augusto França, José Bragança de Miranda, José Machado Pais, José Manuel Paquete de Oliveira, Justino Mendes de Almeida, Lídia Jorge, Manuela Margarido, Marc Ferro, Michel Maffesoli, Moisés Martins.
PROPRIETÁRIO DO TÍTULO / PROPRIETAIRE DU TITRE: Todos os direitos desta edição são reservados por: Associação - "Observatório Internacional de Exegese Contemporânea- ATALAIA" e Centro Interdisciplinar de Ciência, Tecnologia e Sociedade da Univesidade de Lisboa.
Montage-Images-Création / Montagem – Imagens – Criação / Capa-Couverture / e/et Conceptions graphique et électronique / Concepções gráfica e electrónica : Didier Chezeau
Impression / Impressão : Gráfica 2000 – Lisboa


DOSSIER
‘ÉCRITURES SINGULIÉRES - ERRER EN POÉSIE ET EN PROSE / ESCRITAS SINGULARES - ERRAR EM POESIA E PROSA’

Florence PATTE, "Azulejos-Palácio da fronteira-"Le sourire du chat"...17
Israel ELIRAZ, «En Route"...23
Nuno JÚDICE (tradução inédita de «Jerusalem» de I. Elizar)...29
Maria Estela GUEDES, "O naturalista como criador: o enigma da mensagem na garrafa".31
José Augusto MOURÃO, "Do Deus artista ao homem criador"...43
Nuno PEIRIÇO, "O fim da Ciência e a criatividade do discurso"...55
Sara COSTA FRESSARD, "Ailleurs les mots - Chronique d'un exil argentin"...61
Albert d'ESPINOSA, "Fables d' epoque - Lamento 1"...67
Avner Camus PEREZ, "La Table de conscience" (fiction)...75
Pedro de ANDRADE, "Da referenciação como referência em acção: Para uma Sociologia (Proética) da Citação"...83
Nelly Novaes COELHO,"Adolfo Casais Monteiro: a palavra essencial e impossível"...103
Vera SANTANA, "Réflexions sur l'incompletude individuelle et l'indistinction sociale: à la recherche du nomadisme perdu » ...109
Paulo OLIVEIRA, (Aforismos-Aphorismes) "Sopa de pedra"...113
Michel BONNEFOY "La virgen en la roca"...117
Pablo GARCIA, "L'élexir de l'exil:xx"...125


RECENSIONS, LECTURES, CRITIQUES / RECENSÕES, LEITURAS, CRÍTICAS


Páginas elaboradas por: Paulo Rocha TRINDADE e Avner PEREZ
Manuel CARVALHEIRO, "Compreendendo a História e as Ciências do Mar no Ano Internacional do Oceano"... 129

1 comentário:

Vera Santana disse...

NOMADISMO NO CYBERESPAÇO

Como eu gostaria que Generacion Y tivesse um desses domínios “.cu” que indicam sua origem em território nacional. Daria minha mouse e a metade da outra para ir à um escritório e dizer “Senhorita, por favor, venho hospedar meu blog num servidor dentro desta ilha”. Porém essa possibilidade está vedada à nós, cubanos, pois o estado aqui não só é dono de todas as fábricas, escolas, lojas e latões de lixo, senão também patrão absoluto da parcela do ciberespaço que nos cabe.

Só as instituições oficiais podem ter um desses endereços web que apontam para esta “ilha dos desconectados”. O mesmo filtro político que condiciona se uma pessoa pode viajar, comprar um automóvel ou graduar-se na universidade, opera no momento de se conseguir uma URL nacional. Daí que possuir um sítio doméstico seja mais um sinal de submissão do que de nacionalismo, uma clara pista da anuência estatal que está por trás de certas publicações. Por isso prefiro estar entre os “não documentados da rede” que conseguimos fazer uma paliçada longe desses rígidos capatazes.

Gostaria de ter desenvolvido esta tese da nossa indigência como internautas no Palácio das Convenções, semana passada, durante o evento FELAFACS*. O encontro teve os ares de debate que acontecem quando há convidados estrangeiros. Com certeza, excluiu os que - na própria área - têm critérios diferentes. Foi apresentada uma conferência - oriunda do Brasil - intitulada “Geração Y e Nomadismo Ciberespacial: reflexões sobre formas de pensar na era digital” dos acadêmicos Angela Schaun e Leonel Aguiar, que foi lida pelo colega José Mauricio Conrado Moreira da Silva. Uma professora universitária exaltada arremeteu contra o conferencista, recordando-lhe que GY está localizado fora de Cuba. O que não disse - porque a omissão é a embalagem em que se embrulha a mentira - é que só assim poderia existir, que somente longe um cidadão pode ter seu próprio espaço de opinião.

Como um garanhão que provou do gosto da cavalgada virtual, já não posso regressar à baia, ao chicote e aos grilhões. Meu blog algum dia encontrará espaço num servidor desta Ilha e - creiam-me - não terá para isso que passar pelo arco da pirueta ideológica.

*XIII Encontro latinoamericano de faculdades de comunicação social.

Traduzido por Humberto Sisley de Souza Neto

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