Que Mário Crespo representa para alguma direita actual o expoente máximo da ideologia, nestes tempos manuelinos tão difíceis, percebe-se. Faz aquele papel tão Delgado, mas ao contrário, porque de oposição. Que a esquerda que se acha "Esquerda mais Esquerda não há!" considere o homem "porreiro, pá!" é que já é mais irónico (até por a expressão ter sido dita por quem foi).
Depois do último e tão propalado artigo de opinião, a "Esquerda mais Esquerda não há" vem defender o jornalista que na ocasião estava a ser Opinion Maker e ataca de uma forma vil outros somente porque... estes opinaram sobre tal opinião. Ficámos a saber que para essa "Esquerda mais Esquerda não há!" todos têm direito de opinião desde que seja a mesma que a deles. Se a opinião for diferente da deles, e (pior ainda) vier de alguém conotado com o Largo do Rato (yours trully here também está, logo...) isso não é ter opinião. É ser pidesco!
Mas como a "Esquerda mais Esquerda não há!" também gosta de ser inocente, a revelação de Mário Crespo sobre o telefonema do ministro Pedro Silva Pereira a perguntar por onde ia começar é completamente anormal e sinal de um estado pidesco. E se a isso juntar um segundo telefonema a pedir que o trate por ministro e não pelo primeiro nome é praticamente um estado que amordaça os seus veículos democráticos de informação.
O que a "Esquerda mais Esquerda não há!" já não estranha que Mário Crespo, o Opinion Maker, divulgue situações com o Mário Crespo, o jornalista, que (supostamente) são off the record, e que pertencem aquilo que se convencionou chamar negociação do processo de uma entrevista.
E, claro, não se questiona se será despeito de Mário Crespo (se o Opinion Maker, se o jornalista... fica o mistério) por ter sido apagado nessa entrevista pela forma esclarecida do ministro.
Isso, se calhar, são só pormenores!
1 comentário:
E tu a perderes tempo com esse senhor.....
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