e, assim:
6. pelo contrário, uma relativa simetria pressupõe que qualquer das partes tem, à partida, recursos que, não sendo necessariamente da mesma natureza, podem ser equivalentes numa negociação - uma das partes poderá ter uma legitimação internacional, a outra a possibiliddae de, através das futuras negociações, conquistar um lugar no concerto das nações;
Estes aspectos pragmáticos da comunicação são fundamentais para o diálogo entre os povos e as nações. Antes de dialogar, há que estabelecer um quadro claro de relacionamentos. No campo político e noutros campos institucionais. Só depois de "pourparler" as partes poderão "parler". Trata-se de uma mediação prévia e oficiosa, entre interlocutores cujos canais de comunicação estão fechados, por não reconhecimento mútuo (um país que não reconhece a existência de outro) ou por conflito (aberto ou fechado). Não sei como traduzir, para português, a expressão "pourparler" e a derivada "pouparleur". Fica a questão, para ser elucidada por cientistas políticos. Lembro-me do célebre telefone entre duas potências - USA e URSS - aquando da Guerra Fria. Mesmo em tempo de Guerra, a comunicação tem de continuar.
Noutro blog, desenvolverei a importância da relação, no quadro da "pragmática da comunicação" tal como foi estudada pela Escola de Palo Alto. O estabelecimento de uma relação adequada é tão fundamental na política e na diplomacia, quanto o é nas organizações, nomeadamente na Escola, no Trabalho / Emprego e, ainda, a nível micro-social, na Famíla, no Casal. Quem negoceia, sabe. O comum dos mortais não sabe.
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