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Aprecio muito a obra e a pessoa do seu Director, João Bénard da Costa. Escreve com profundidade, escolhendo as linhas fundamentais, sobre cada filme. Fá-lo soltando afectos que nos aguçam a mente. Quando fala dos filmes, a sua voz tem o tom da emoção e a espessura da história. Mais não me atrevo a dizer porque o nome diz mais do que eu, simples amante da 7ª arte, aqui pela 7ª colina de Lisboa. Por que não editar um livro com o conjunto das Folhas da Cinemateca escritas por João Bénard da Costa?
A minha escolha não poderia deixar de incluir Visconti, Bergman e Pasolini e, ainda, Erice. Nem Ozu, Kurosawa ou Fellini ... No entanto, numa tentativa de rever os meus realizadores preferidos e de ver filmes que nunca vi ou que vi há muito tempo, de realizadores de quem gosto muito, acabei por elaborar uma lista que obedece aos dois critérios e exclui Pier Paolo Pasolini, apenas porque as reposições dos seus filmes (bem como de outros grandes realizadores) têm satisfeito a minha gula. Assim de repente, poucos nomes femininos de realizadoras me vêem à cabeça: Agnès Varda ("A Respigadora", fantástico!), Susan Sontag. Mas não vou estabelecer quotas.
1. El Sur, de Vitor Erice (ou, em substituição, O Espírito da Colmeia);
2. O Tango de Satan, de Béla Tarr (ou, dada a sua duração, de 7 horas, em substituição, talvez O Homem de Londres);
3. Notti Bianchi, de Luchino Visconti (ou, em substituição, o divinal Senso) ;
4. O Tambor, de Volker Schlöndorff (baseado na obra homónima de Gunther Grass) ;
5. Um Ingmar Bergmann ... um filme dos menos passados na Cinemateca (A Hora doLobo .. não vi) ;
Não direi que estes são "Os Filmes da minha Vida" pois seria parafrasear Bénard da Costa e porque, de facto, nem todos o serão e, inversamente, outros que não constam desta lista são-no ("Odisseia no Espaço"). Muitos filmes são acessíveis por outros media (Kubrick, Lars von Trier, muito do Nouveau Cinema) embora a magia da escuridão e do silêncio de uma sala de cinema seja, isso sim, cinema.
Não direi que estes são "Os Filmes da minha Vida" pois seria parafrasear Bénard da Costa e porque, de facto, nem todos o serão e, inversamente, outros que não constam desta lista são-no ("Odisseia no Espaço"). Muitos filmes são acessíveis por outros media (Kubrick, Lars von Trier, muito do Nouveau Cinema) embora a magia da escuridão e do silêncio de uma sala de cinema seja, isso sim, cinema.
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