Reajo a frio a este acontecimento, depois de muita reflexão pois julgo que é o melhor.
O mito de um só Beligerante.
Israel segundo a esquerda anti-imperialista (aquela que defende um império comunista totalizador e antidemocrático global), a esquerda alter-globalista (aquela que defende que a globalização é má, mas que não dá soluções diferentes a não ser o reforço dos egoísmos nacionais) e a extrema direita racista e anti-semita é único culpado por ter sido bombardeado nos últimos seis anos (desde que deixou o sul do Líbano) e de ver o seu território evadido de vez em quando e de dois soldados seus terem sido raptados num claro acto de Guerra, também é segundo esta união sue generis entre a extrema esquerda e a esquerda totalizadora conjuntamente com a extrema direita racista e anti-semita, o único beligerante, tendo como acepção que beligerante é quem faz a guerra, sendo que os “pobrezinhos” dos libaneses estão a ser bombardeados sem razão aparente.
O Hizbollah (“o partido de Deus”), segundo estas áreas ideológicas, é uma organização de pessoas pacificas e tementes a Deus, que respeitam o modo de vida Ocidental e Europeu, que não são nada anticomunistas ou anti esquerdistas, estes estão apenas a resistir ao invasor, a saber, os “horríveis” Judeus que oprimem sem dó nem piedade todas as boas almas que vivem naquela área geográfica e que nunca foram sequer evadidos por ninguém. O Hizbollah é segundo estes “opinion makers” um bando de resistentes nacionalistas, que deve ser heroificado pois não é nem apoiado por um regime autocrático semi-comunista-extremista ditatorial da Síria nem por um Governo extremista e autocrático que tomou conta (e está para ficar) do que restava da democracia Iraniana. O Hizbollah é tão inocente que não é responsável por limpezas étnicas aos Drusos, Cristãos, Sunis e Xiias apoiantes do Partido Amal da região do sul do Líbano e de muitas execuções sumárias aos militantes do Partido Socialista Progressista, tudo a quando da Guerra Civil do Líbano, pois quando se fala em massacres só existiram os de Sabra e Shatila perpetuados por os horrorosos Judeus (é pena é que não se lembrem que esses massacres das Guerras nos Campos em 1985 foram entre milícias Libanesas e Palestinianas e não contaram com a participação directa de Israel) e que segundo Mel Gibson, (secundado aliás pelos manifestantes em frente das embaixadas de Israel e dos U.S.A. em todo o mundo, será que Mel Gibson será um novo ícone desta “esquerda”) são e cito “responsáveis por todas as guerras”.
Esta fina ironia serve apenas para demonstrar as contradições gritantes e completamente absurdas entre o que é um facto e o que estes grupos ideológicos pensam que são factos.
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