Se continuamos esta discussão, este blog vai ficar uma seca. Eu bem tentei manter isto nos comments, mas tu decidiste dar-lhe destaque de 1ª página...
Sandra foi o nome que tu deste como exemplo do que estava de errado após a lacragem dos teus impressos, e o tempo e trabalho que tiveste para alterar. E eu referi-o somente para me meter contigo! Mas obrigado pela tentativa de atestado.
Depois, a parte do domínio da coisa, bem... ainda me lembro do filme do Asterix (em desenho animado) dos Dozes Trabalhos de Asterix, e o trabalho que envolvia a burocracia. Pensares que tinhas o domínio da situação é, no mínimo, estares com uma branca.
Seguindo em frente, por se estar a começar o choque tecnólógico, é perfeitamente normal estas situações acontecerem. O que já não é normal é acontecerem repetidamente. Depois do escândalo da colocação dos professores no tempo do Flopes, já se devia estar mais que avisado para situações como esta. Aliás, um exemplo do que eu estou a dizer é, todos os anos, a lentidão no acesso às pautas de entrada no Ensino Superior (que tem melhorado, diga-se).
Não deixa de ser curioso que seja na Educação e "primos" que a tecnologia se tem implementado mais.
Não me parece muito correcto atacar o Mariano Gago, neste particular. São situações que extravasam a competência ministerial. São coisas para um departamento informático.
Agora, e soluções (que isto de criticar é bonito, mas...)? Pois bem, independentemente de todos os choques tecnológicos que se possam dar neste país (e até se podia discutir se temos país para isso), se não se mudarem mentalidades não vamos lá. Que mentalidades? Bem, que tal em vez de contratarmos uma ou duas pessoas (não discutindo a qualidade téecnica das mesmas, uma vez que o facto de serem filhos de A ou B não lhes retira - ou dá - capacidade técnica) por 4000€ cada/mês, que tal contratarmos empresas especializadas no desenvolvimento e manutenção de portais, e tudo o que neles implica? É caro? Pois é! Haveriam certos partidos que viriam reclamar? Pois com certeza! Saberiam eles do que estariam a falar? Duvido! É que estas coisas não se resumem a Linux ou Windows. Tempos de acesso, tempos de performance, acompanhamento online, desenvolvimento maciço, manutenção permantente são algumas das situações que se pagam, e bem! E estão fora do âmbito da discussão política. Porque se funcionam nínguem díz nada, e se "berram" logo há quem peça que se atribuam responsabilidades.
Como as soluções apresentadas no nosso choque tecnológico, algumas delas, são desenvolvidas por quem não tem a experiência necessária para tamanha empreitada, as situações mantém-se. Mas alguem sabe quem está por trás daquele desenvolvimento? Quem decidiu a parte tecnológica? Quem escolheu a solução? Alguém sabe?
Mudando a agulha, mas mantendo-me na resposta ao teu post, porque é que a investigação depende do Estado e da FCT? Onde estão as empresas e os seus centros de investigação? Onde estão as Universidades (privadas e públicas) a financiar a produção de matéria crítica? O Bloguítica pergunta, e bem, se o projecto MIT não está esquecido. Eu pergunto: Onde andam as Universidades portuguesas no apoio e investimento da investigação em Portugal? Na altura, muitas ficaram ofendidas com o projecto MIT. Mas, além de chorarem, que é que fizeram? Nada. Como é habitual...
Talvez, um dia, tenham de adiar a abertura de portas, pois não têm alunos suficientes para leccionar. Foram para outras universidades onde têm mais e melhores apoios. É que os putos começam a aprender inglês no ensino básico.
P.S. - Os nomes escolhidos para representarem a informática (Manel) e a burocracia (Teresa) são da exclusiva responsabilidade do Clube Loja de Ideias, e foram escolhidos ao acaso, não se devendo pensar em qualquer conotação com qualquer realidade que possam estar a pensar (private joke :) )
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