terça-feira, março 31, 2009

estado de graça

Acho extraordinário que o José Sócrates ainda esteja, depois de quatro anos duros de governação, em algum «estado de graça». E, pelo que leio por aqui parece ser essa a leitura do «episódio CCB» (ver Adolfo Mesquita Nunes e Pedro Picoito, por exemplo).
Bom, a ser assim há que congratular o Primeiro-ministro. Decerto será inédito, mesmo a nível europeu – eu arriscaria – verificar que um Primeiro-ministro em exercício consiga chegar ao inicio do seu quarto ano de governação ainda em estado de graça… Olhem que nem o Obama conseguirá tal feito.

Também acho realmente extraordinário que se junte este fait divers ao do cigarro da Venezuela (quando é que foi mesmo?). Será este verdadeiramente o estado da oposição política hoje em Portugal? Ópera & Cigarros. É disto que se ocupam os comentadores atentos da nossa praça?
E o que é que fazem com o resto do tempo?

3 comentários:

Vera Santana disse...

Alguns cidadãos e algumas cidadãs do nosso Portugal ocupam-se a caricaturar e a enviar forwards de caricaturas - na maior parte das vezes sem qualquer piada - de alguns dos nossos ministros eleitos democraticamente. É o grande divertimento dos últimos 4 anos. Agindo como povos de religiões anímistas, espetam alfinetes nas imagens dos "inimigos", brincando aos deuses. Porque estão convencidos que detêm a verdade política, porque estão convictos que o capitalismo é o Diabo na sua Essência. Porque defendem a inexistência de alterações climáticas. Porque não olham de frente para o nosso sistema de saúde pública. Porque personificam o Ensaio sobre a Cegueira.

Com isto não estou a dizer que José Sócrates não errou em nada nem afirmo que a Reforma na Educação seja perfeita. Quanto a esta, penso que ela era mais que necessária: uma Escola a Tempo Inteiro era a prioridade das prioridades!

Gostaria muito que os nossos Professores do secundário tirassem da manga propostas alternativas para a Educação em Portugal.

Clara Pinto disse...

Enquanto não se conseguirem apontar falhas na governação, assinalam-se episódios de entretenimento que em nada educam o povo e em nada contribuem para os debates sérios e construtivos...et voilá!

Pedro Cardoso disse...

Há muita gente que na hora de intervir e de colaborar para a resolução dos problemas diz que tem coisas mais importantes para fazer, mas para falar mal e para caricaturar estão sempre disponíveis.

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