Porque há cerca de um ano e de 70 "posts" que escrevinho para este blog, deixo aqui um desejo - MELHOR, UM VOTO - relativo a igualdade e paridade entre sexos:
40 / 60
Lei Socialista de Zapatero: fixa os limites percentuais inferior (40%) e superior (60%) para a representatividade de cada sexo em todo e qualquer órgão de poder. Gostaria que um dia fosse Lei Socialista, em Portugal. É urgente que seja hoje. Porque é urgente a igualdade. Porque o Partido Socialista precisa dos votos femininos. Hoje mais do que nunca.
Simone Weil
And the dreamers? Ah, the dreamers! They were and they are the true realists, we owe them the best ideas and the foundations of modern Europe(...). The first President of that Commission, Walter Hallstein, a German, said: "The abolition of the nation is the European idea!" - a phrase that dare today's President of the Commission, nor the current German Chancellor would speak out. And yet: this is the truth. Ulrike Guérot & Robert Menasse
sábado, março 21, 2009
40 / 60: IGUALDADE E PARIDADE
Etiquetas:
40/60,
70 posts,
Simone Weil,
um ano a blogar,
Vera Santana,
Zapatero
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
11 comentários:
E que tal se a participação também for, no mínimo, de 40% - 60%?
E porque não ensinar nas escolas A História das Mulheres no Mundo? Era capaz de contribuir em alguma coisa para o progresso...
Descobri que a primeira mulher a votar em Portugal (e em toda a Europa do Sul) foi Beatriz Ângelo, natural da Guarda, que o conseguiu depois de uma difícil luta legal.
Ver biografia: http://www2.fcsh.unl.pt/facesdeeva/eva_arquivo/revista_11/eva_arquivo_numero11_j.html
É verdade.Consta da Biografia dela...li algures quando participei num debate sobre o Papel da Mulher no Séc.XXI, em Marvila, por ocasião do Dia Internacional da Mulher.
Foi sim senhora, a Beatriz Ângelo.
Rui Pedro,
Gostaria de perceber a tua pergunta. Participação? Vais aos comícios e estão lá muitas pessoas do sexo feminino; nas reuniões, idem, idem (posso dizer-te que não faltei a uma única reunião do Secretariado do PS do Bairro Alto, ao contrário de alguns homens que, nalguns casos, dão o nome e baldam-se porque "outras esferas" - que não a do poder local - mais altas se "alevantam"); quanto aos militantes, aspas, aspas, vês mulheres a trabalhar no duro, seja nos Sindicatos seja nos Partidos.
Na Assembleia da República, pelo contrário, os deputados são maioritariamente do teu sexo. Nos órgãos de poder dos partidos acontece o mesmo, ie, predomina o sexo masculino. E nada parece indicar mudanças.
Espero ter sido clara.
Quanto a mim, tenho militado no PS, desde 85. Ao princípio, directamente com o António Guterres, num programa chamado PAIO - Plano de Acção Imediata de Organização - para cuja elaboração ele chamou um conjunto de sociólogos e sociólogas, algumas independentes (era o meu caso). Trabalhámos no duro, homens e mulheres, sob a batuta do camarada Guterres, dias, meses, de seguida, sem parar.
Chega?
Falas de um caso, o teu. E não me leves a mal, mas não me dás lições de militância. Assim como não olho ao sexo da pessoa que apoio para os cargos, pois o meu passado fala por si. Mas enquanto tu olhas para os cargos, eu olho para a participação espontanea e essa não é, nem de perto nem de longe, 60%-40%. Tenho muita pena, mas não é. Além de que não aprovo nenhum tipo de descriminação, nenhum. Portanto, os teus exemplos valem o que valem, pois nas secções, nos debates internos, nas campanhas (internas ou externas) o número de mulheres é reduzido, inferior até ao 1/3 exigido para cargos no nosso partido. Esta é a realidade. O que tu propões é tornar ficticiamente proporcional uma situação sem atacar a raíz do problema, e essa é de raíz social. Dava toda uma nova discussão...
Rui,
Não pretendo dar lições de militância. Apenas quis dizer um pouco do meu passado, algo que não faço por costume.
Na minha secção estão sempre presentes mais mulheres do que homens. Trata-se de cargos (locais) e de participação.
Vou a debates na FAUL, vejo o mesmo. Trata-se de participação.
Em debates no Rato, vejo muitas mulheres. Não sei dizer se 50% se mais.
Na campanha do António Costa, andei por essa cidade fora e a participação feminina era visível. Não tenho noção certa da percentagem média, pois muitas foram as acções, mas aponto para 50%.
Na campanha anterior - do João Soares - a participação feminina foi muito ampla. Não tenho noção certa da percentagem média, mas aponto para 50%.
Nos encontros do PES em que estive, em Viena e em Madrid, muitas eram as jovens presentes, de toda a Europa. Diria 50%. Estas participações foram mais que espontâneas, pois esteve presente quem pode e quis e, no 1º caso, quem conseguiu disponibilizar algum € para a viagem de avião.
Continuo sem perceber o que queres dizer, para além de ter claramente compreendido que és contra medidas de discriminação (e não descriminação, pois aqui não há crimes; apenas a inércia da História que podemos contrariar).
Posturas de imobilismo perante "raízes de problemas" que é preciso atacar não são, nunca foram, as posturas do PS (são, sim, as do PC). Noto que a rede de creches aumentou e está previsto, pelo actual Governo, que continuem a aumentar. Sublinho que a postura do PS é a de mudar aqui e agora e não amanhã.
Definitivamente, tens sorte e eu azar. Porque quando vou isso nunca, ou quase nunca acontece. E quando falo atacar o problema, falo em atacá-lo pela base, numa óptica de igualdade, e não pelo topo, que é sempre mais agradável. Mas como já te disse por email, isto é debate para ter frente-a-frente, e não por interposta plataforma.
Hoje, talvez?
E tivemos o debate, embora curto. No fim de tarde com uma magnífica vista sobre o Tejo.
:)
Enviar um comentário