quinta-feira, maio 03, 2007

Lisboa

PS faz sondagem com nomes de possíveis candidatos
Além de eleições para o executivo na Câmara Municipal de Lisboa, o PS defende também que as eleições intercalares incluam a Assembleia Municipal de Lisboa. Depois da declaração do líder do PSD, tanto o porta-voz do PS, Vitalino Canas como, Dias Baptista, vereador socialista na câmara, defenderam que "se as eleições abrangerem os dois órgãos, a cidade terá outras condições políticas" e que "é necessário criar essas condições para governar Lisboa". Também o PCP defendeu que as eleições deveriam abranger os dois órgãos.

A direcção nacional do PS pediu uma sondagem para perceber quem dentro do partido está melhor colocado para liderar uma candidatura à Câmara de Lisboa. Os trabalhos de campo estarão ainda a decorrer. O nome do candidato anima agora todas as conversas de bastidores. Circulam vários: António José Seguro (deputado), António Costa (ministro da Administração Interna), Ana Paula Vitorino (secretária de Estado nas Obras Públicas), Ferro Rodrigues (ex-líder, actualmente embaixador junto da OCDE), Jorge Coelho (ex-número dois de Guterres), Edite Estrela (eurodeputada), Maria de Belém (deputada e candidata nas últimas autárquicas a cabeça de lista à Assembleia Municipal de Lisboa) - além, é claro, do único dirigente que até agora se voluntariou para a função, João Soares, ex-presidente da CML, actualmente deputado e vereador do PS em Sintra.

A escolha caberá, evidentemente, a José Sócrates. Mas, pelo meio, há quem continue a tentar ter um papel nesse processo. É o caso de Miguel Coelho, presidente da concelhia do PS em Lisboa. Falando ao DN, afirmou: "Eu já sei quem acho que deve ser. Mas só posso anunciar quando tiver a certeza que tem a cobertura da direcção nacional do partido e da federação distrital. Senão estaria a queimá-lo." Segundo já foi noticiado, o candidato de Miguel Coelho é António José Seguro, que sobre este assunto tem dito sempre a mesma coisa: "Compete aos órgãos próprios decidirem." Hoje reunirá o secretariado da concelhia.

Contudo, ontem, uma fonte da direcção nacional do partido adiantou ao DN ser muito pouco provável a hipótese de Seguro avançar. Seguro não é um indefectível apoiante de Sócrates e este, por sua vez, não estaria disposto a entregar-lhe a possibilidade de um cargo tão relevante como o de presidente da CML.

Filipe Morais e João Pedro Henriques – “Diário de Notícias” (03.05.2007)

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