Ainda tenho de escrever sobre o referendo. Não sobre o «sim» ou o «não», não sobre a campanha em si ou sobre as sondagens e previsões de voto.
Sobre o referendo. Só sobre o acto do referendo.
Vale a pena o Estado gastar 10 milhões de euros a organizar uma oportunidade de participação civica no processo de decisão política e depois ele ser «juridicamente inválido»? Que fazer se, a 11 de Fevereiro, menos de 50% dos eleitores votar? Acaba-se com o referendo? Então para quê uma revisão constitucional feita à medida para referendar a Europa? Se este referendo não mobiliza metade do eleitorado, então imagino um sobre a Europa...
Que fazer, então? baixar o limite de participação? para quanto? 40%? 30%? sem limite? Aí não estaremos a potenciar o voto marginal e a deixar a vinculação da decisão a uma minoria?
Não é, admito, um problema de solução fácil. Repito o início. Preciso de escrever sobre o referendo...
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