segunda-feira, outubro 06, 2008

I´m back home!



I´m back home! É natural, dado estarmos no início do ano lectivo, voltar a casa.

Sobre casas, e depois de percorrer com os olhos o que neste blog, e noutros lugares, foi dito ou reproduzido, tenho a dizer que a minha camarada Ana Sara Brito fez muito bem em ter saído, há um bom par de anos, da casa arrendada à CML. O escritor e jornalista Baptista-Bastos, homem que eu tenho apreciado pela vida fora, deveria segui-lhe os passos.

Não creio que um membro da elite política tenha mais responsabilidades do que um membro da elite intelectual, muito pelo contrário. O Baptista Bastos ocupa um lugar de gate-keeper na comunicação social nacional, o que faz com que seja lido, apreciado e admirado por milhares de portugueses, o mesmo não se podendo dizer a respeito de Ana Sara Brito, cujos poderes políticos se circunscrevem à capital e cuja voz não ocupa, profissional e sistematicamente, as páginas dos jornais portugueses. As crónicas acutilantes de Baptista Bastos foram, nos últimos anos, redigidas a partir de um lugar, a saber de um apartamento quentinho alugado por tuta e meia à CML e atingiram e influenciaram muito boa gente deste nosso Portugal. A ocupação desse lugar retira, ao autor das mil e uma crónicas de mal-dizer, uma boa parte da autoridade moral que todos julgavamos ser seu apanágio. Que valor sobra dessa obra jornalística de intervenção política de Baptista Bastos depois de subtraída a casinha? Não sei nem quero fazer contas deste teor. O autor, das crónicas e do aluguer (o arrendatário) que as faça e sobre elas redija e publique uma crónica mordaz. Ficava-lhe bem.

E que dizer da comunicação social? Os jornais e os jornalistas demoram décadas a descobrir carecas? Que estranho! Sabendo ISTO, dá vontade, a alguns, de fazer burlices das grandes!

Por ser rentrée, fico-me por aqui. Não me debruço sobre a atribuição destas casas camarárias nem sobre os critérios subjacentes. Acredito que as edilidades de Lisboa tenham sido justas, ao terem em conta situações pessoais difíceis que, com o decorrer do tempo e em função do labor de cada um dos respectivos arrendatários, se terão concertado.

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