quinta-feira, dezembro 01, 2011

A persistência do erro

Quando a Grécia pediu ajuda externa foi-lhe imposto um pacote de austeridade para poder cumprir com as metas do défice e da dívida pública.

Após estes anos já se percebeu que a ajuda à Grécia se tornou numa enorme Tragédia Grega.

Com Portugal passou-se o mesmo. Um pacote de austeridade a acompanhar o empréstimo. Percebe-se essa opção do lado de quem empresta. Não é objectivo deles que nós tenhamos uma melhor vida. O que eles pretendem garantir é que, findo o prazo, tenhamos dinheiro para pagar. Como obtemos esse dinheiro não lhes interessa.

Após a aplicação das primeiras medidas de austeridade, a recessão do próximo ano já foi revista, aumentando-a, como aliás havia ocorrido com a Grécia.

Na última conferência de imprensa foi feita a comparação entre o caso português e o caso grego. A resposta dos técnicos da troika foi, no mínimo, desconcertante: connosco iria dar certo pois somos um povo mais ponderado que o grego. Além de sermos considerados de mansos, a opinião dos técnicos da troika poderia ser, também, algo como "temos fé que dê certo!"

Não será de estranhar que as medidas que estão presentes no OE2012  não sirvam para nada. Torna-se necessário pensar em novas medidas para resolver o problema.
E que novas medidas são essas?

Tentar dinamizar a economia?

Promover o consumo?

Não. As medidas serão mais austeridade. Tirando Camilo Lourenço e José Gomes Ferreira, todos já percebemos que este caminho é o caminho do abismo. E o governo quer que nós o percorramos sorrindo!


Se calhar o futuro que nos resta é mesmo aquele indicado pelo Secretário de Estado da Juventude e Desporto. Porque somos governados por pessoas que nem sequer reconhecem um erro, muito menos que estão a persistir nele!

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