And the dreamers? Ah, the dreamers! They were and they are the true realists, we owe them the best ideas and the foundations of modern Europe(...). The first President of that Commission, Walter Hallstein, a German, said: "The abolition of the nation is the European idea!" - a phrase that dare today's President of the Commission, nor the current German Chancellor would speak out. And yet: this is the truth. Ulrike Guérot & Robert Menasse
segunda-feira, janeiro 31, 2011
Cairo. Janeiro de 2011. Manifestação. Vídeo 1
Encontro frontal entre manifestantes e polícia numa ponte, no Cairo.
sexta-feira, janeiro 28, 2011
quarta-feira, janeiro 26, 2011
Rui Pereira não é um estadista.
O Partido Socialista já produziu grandes ministros que, quando a situação assim o exigia, tiveram a atitude digna de saírem para que um determinado evento, ou conjunto de eventos, não manchasse o cargo, o Governo, ou a República.
António Vitorino abandonou o Governo por causa de uma alegação falsa sobre o não pagamento de parte dos impostos de uma propriedade que tinha adquirido no Alentejo.
Jorge Coelho, no seguimento dos trágicos acontecimentos que resultaram da queda da ponte de Entre-os-Rios, apresentou a demissão para que a “culpa não morresse solteira”, apesar de ser por mais evidente para todos que nenhuma responsabilidade possuía, para alem de ser o ministro da pasta.
António Vitorino e Jorge Coelho eram estadistas. E ainda hoje são bem recordados no partido.
Rui Pereira não é um estadista.
Rui Pereira parece agarrar-se ao cargo de Ministro como uma lapa. Incapaz de compreender que já há muito que a sua situação se tornou insustentável, tendo sido o inaceitável escândalo de um número indeterminado de cidadãos serem privados do seu direito de voto nas presidenciais de Domingo, o mais elevado direito que uma democracia possui, a coroa de miséria de um mandato tenebroso à frente do Ministério da Administração Interna, pautado ainda pela compra inútil de blindados para as forças de segurança, que ainda hoje não estão explicados.
Com os pedidos de demissão de hoje, segurar Rui Pereira começa a ser um risco demasiado elevado para o Governo e para o PS.
Rui Pereira podia sair pelo seu próprio pé. Escolheu não o fazer. Em vez da atitude nobre, escondeu-se, à boa maneira portuguesa, atrás de um inquérito.
Alguém terá que lhe apontar a porta de saída. Talvez José Sócrates. Talvez o Presidente da República. Será “empurrado” para sair.
E a culpa não morrerá solteira.
A culpa será sua.
A "Verdade" das Presidenciais*
Cavaco Silva é o Presidente de todos os Portugueses.
Foi eleito pela maioria absoluta dos eleitores que quiseram, ou puderam, ir votar. Como é óbvio, detém todos os poderes que a Constituição atribui ao cargo de Presidente da República.
Tudo o resto, sobre maior ou menor legitimidade, sobre “magistratura activa” ou “interventiva”, sobre dissolver ou não dissolver a AR, etc..., é simplesmente conversa da treta.
Pode entreter, via comentadores na televisão, ou vender jornais e revistas, via artigos de opinião.
Mas não deixa de ser conversa da treta.
Cavaco Silva fará aquilo que quiser fazer. Já não tem que prestar contas a ninguém, a não ser à sua consciência, ou ao seu legado histórico.
* em homenagem a Manuela Ferreira Leite, que abriu o trilho em que outros agora caminham.
Curtas sobre as Presidenciais
1) Como é possível que o candidato que disse "que só não seria Presidente se lhe dessem um tiro na cabeça", tenha tantos, na opinião publicada, a dizer que fez a melhor campanha de todos os candidatos? De qualquer forma, a moda dos candidatos independentes parece ter pegado e acredito, como alguns, que teremos novo candidato extra-partidário, talvez o mesmo, em 2016.
2) Os dois discursos de vitória de Cavaco Silva são a prova que o terceiro-mundismo está a bater-nos à porta. Ele ganhou, logo todos os portugueses sabem que as "calúnias" sobre BPN, vivenda da Coelha e afins, são todas inventadas. Aliás, vai andar atrás dos jornalistas para que lhe revelem as fontes dessas notícias. Não sabia que tínhamos eleito um misto de Isaltino Morais, Fátima Felgueiras e Alberto João Jardim como Presidente da República.
3) Parece que se tornou moda dizer que o "fracasso" da campanha de Alegre demonstrou que o PS e o BE não conseguem funcionar em conjunto. Isso é cómico, se tivermos em atenção que a máquina do PS esteve completamente ausente da campanha do Alegre. Ou alguém no seu perfeito juízo acha que o PS não consegue encher o Coliseu dos Recreios no penúltimo dia de campanha, se quisesse? Onde é que andavam os autocarros das últimas legislativas? O que aconteceu foi simples: o PS socrático tramou a ala esquerda, dando-lhes nenhum apoio, para que depois pudessem ser enterrados no “day after”. Dito e feito.
4) Independentemente na ausência da máquina partidária, tornou-se óbvio que muitos socialistas não perdoaram a Alegre a desfaçatez de ir contra o candidato do partido em 2006. Que fique de memoria para “futuros Alegres”.
5) José Manuel Coelho, assim como a subida avassaladora de votos brancos e nulos, que, respectivamente, quadruplicaram e duplicaram face à 2006, representam um potencial de descontentamento que existe à margem do sistema politico, e que apenas ainda não se materializa com mais força devido à não existência de candidaturas independentes à Assembleia da República. Mas eles existem e “andam por aí”.
6) Defensor Moura foi a "lebre" de Alegre. Cumpriu a sua missão. É pena que não tenham decidido levantar também o célebre caso das escutas. Acho que foi um erro não o ter incluído na campanha. E ao contrário de muitos, acho que as perguntas sobre o carácter dos candidatos vieram para ficar na política portuguesa. É um sinal de modernidade política, como as campanhas americanas atestam. E em parte foram bem sucedidas. Afinal, Cavaco Silva foi reeleito com a mais baixa votação em presidenciais de sempre.
segunda-feira, janeiro 24, 2011
O meu candidato. Espírito zen.
Não quero entrar em polémicas mas não posso deixar de afirmar publicamente e neste espaço que apoiei Manuel Alegre em 2006 e voltei a apoiá-lo em 2011. Fi-lo com a convicção de ser o melhor candidato para unir as esquerdas.
Manuel Alegre não conseguiu o objectivo a que se propusera, de forçar uma 2ª volta. Assumiu a derrota como sendo exclusivamente sua.
Não traçarei cenários hipotéticos nem retrospectivos nem tecerei críticas. Temos pela frente muito trabalho que não vai passar por aqui, pelo blog Loja de Ideias, no que a mim me diz respeito. Não me estou a despedir do blog mas tão somente a fazer um exercício de auto-contenção, muito zen.
domingo, janeiro 23, 2011
Presidenciais 2011 (9)
Começa, assim, o final da sua vida política. Finalmente.
Presidenciais 2011 (8)
Manuel Alegre termina hoje a sua vida política. Com uma derrota confrangedora. Podia ter sido diferente, mas isso obrigaria a que Manuel Alegre tivesse outra personalidade. Mas como tem a personalidade que tem, teve que usar o famoso "milhão de votos" para chantagear o partido a que pertencia. Essa vaidade, usando os mesmos no PS como isso lhe desse uma qualquer legitimidade presidencial, serviu-lhe para desmobilizar um partido, um eleitorado, uma máquina partidária. E isso, numa altura de eleições cada vez mais profissionais, paga-se caro. Muito caro.
Presidenciais 2011 (7)
Presidenciais 2011 (6)
Presidenciais 2011 (5)
Presidenciais 2011 (2)
Presidenciais 2011
sexta-feira, janeiro 21, 2011
Provavelmente... O melhor programa da manhã do Mundo (o da Rádio Comercial, pois claro)
Nome da Criança by vpalmeirim
quinta-feira, janeiro 20, 2011
quarta-feira, janeiro 19, 2011
Em cada buraco da calçada em que tropeçamos...
... ou encontramos uma história esquisita, e mal explicada, sobre o património ou vida de Cavaco Silva...
... ou encontramos um putativo candidato a presidente do Sporting.
Pobre clube o meu,...
... pobre país o meu!
terça-feira, janeiro 18, 2011
É sempre mais cómodo ser treinador de bancada
Filipe Santos Costa disse hoje na SIC Notícias que esta campanha presidencial revela a pobreza franciscana da política portuguesa, porque, na sua opinião, a política em Portugal normalmente não é muito diferente do vazio de ideias e das banalidades que estamos a ser bombardeados, via comunicação social, desde o início desta campanha.
A diferença é que agora levamos com a política desde o pequeno-almoço até à ceia, devido à missão dos media de "esclarecer" os eleitores.
Isto levanta várias interrogações:
1) Desde quando é missão dos media ser corrente acéfala de transmissão da propaganda, e "banalidades", de candidatos? Porque não os confrontam com os reais problemas do país?
2) É de uma profunda hipocrisia que a comunicação social que permite que o candidato mais bem colocado não tenha até agora respondido, ou explicado, UMA das múltiplas acusações e escândalos em que está envolvido.
3) Se os media acham que os políticos não discutem os reais problemas do país, porque não promovem eles próprios essa discussão junto da sociedade? Sem envolver políticos, ou ex-políticos, claro. Talvez porque também estejam interessados no status quo?
Como diria Freitas do Amaral: é preciso ter topete!
Há quem tenha nascido duas vezes, Sr. Silva.
A casa de férias de Cavaco Silva foi adquirida a uma empresa subsidiária da Opi 92, de Fernando Fantasia. O Presidente da República continua sem dizer onde está a escritura pública da transação
"O Sr. Nuno Teixeira de Melo (CDS-PP): - (...) Surge-nos aqui a OPI como... Bom, basicamente, transformam o Sr. Dr. numa espécie de testa-de-ferro, grosso modo...
- Pode o senhor Presidente da República confirmar que adquiriu a propriedade do actual lote 18 da Urbanização da Coelha (Sesmarias, Albufeira) à empresa Constralmada?
- Essa transacção foi feita através de uma permuta de terrenos?
- Por que valores foram avaliados os terrenos que adquiriu, e os que cedeu?
- Recorda-se do ano em que foi feita a escritura pública desta transacção?
- Tinha conhecimento que a referida empresa, a Constralmada, era detida pela Opi-92, empresa de que eram accionista o Dr. Fernando Fantasia?
- Quem lhe propôs a permuta?
- Recorda-se do cartório notarial onde foi firmada a escritura pública desta transacção?
MAIS DESENVOLVIMENTOS NA VISÃO DA PRÓXIMA QUINTA FEIRA, 20
http://aeiou.visao.pt/cavaco-fez-permuta-com-fantasia=f586476
Desenrascanço é o nome do jogo
De modo que, mais uma vez, funcionou na perfeição a táctica portuguesa de nos safarmos empurrando para debaixo dos holofotes o país que está mais a jeito. Depois da Grécia e da Irlanda, foi agora a vez dos nossos vizinhos. Desculpem, rapazes, mas é a vida.
Resta só o problema de inventar para os bois designações eufemísticas que não choquem a mentalidade obtusa da Srª Merkel e do seu gabinete: a criatividade semântica ao estilo latino ao serviço da obsessiva lógica germânica revela-se mais uma vez a metodologia pan-europeia adequada para fomentar a convergência de visões políticas nacionais conflituantes. Quem diria?
Vamos então deixar trabalhar tranquilamente os assessores da Comissão Europeia, e daqui a dois meses estará pronto um texto que nos nossos países periféricos seria alinhavado em 48 horas.
Quem tem boca vai a Pequim e às Arábias
Muito se tem falado que o nosso governo anda a "mendigar" para que outros países comprem a nossa dívida pública. Essas notícias, posts, tweets e afins, ditos pelo "mainstream do costume", parecem afirmar que tal estratégia é um erro, ou é uma humilhação, ou, vade retro, uma abominação à luz dos "Mercados" (!!!).
Para mim, acho que o governo está a ser esperto.
Também, no tempo das Descobertas, fomos atrás das especiarias para sermos nós a trazé-las para a Europa, em vez de serem outros a lucrar com isso.
Quem tem boca vai a Roma. Somos um país de desenrascados. Quando é para resolver uma situação bicuda, em que outros desistem ou tentam soluções ditas clássicas e formais, um português arranja maneira de se safar. Pode não ser ortodoxo, pode até não funcionar, mas numa situação desesperada, é sempre arriscado apostar contra um português.
A Europa não nos ajuda? Há muito dinheiro na China, no Brasil e nas Arábias. Ir à procura dele é uma das coisas mais espertas que podemos fazer.
O que quererão em troca? Bem, não há almoços grátis, mas também não temos alternativa.
É da vida.
sábado, janeiro 15, 2011
Cavaco e Isaltino - Irmãos na fuga para a frente
quarta-feira, janeiro 12, 2011
... Hoje é o dia
Foi com esta convicção que João Miranda acordou hoje: "Um dia ainda vou citar Paul Krugman. Hoje é o dia!"
sexta-feira, janeiro 07, 2011
America's Headlines
Primeira Página do Wall Street Journal na tomada de posse do Congresso Americano, agora maioritariamente Republicano |
Primeira Página do New York Times na tomada de posse do Congresso Americano, agora maioritariamente Republicano |
Há gente que, tendo por hábito comprar os jornais mais representativos dos sítios que visita, por vezes tem a sorte de "apanhar" edições com o seu quê de histórico