Queríamos escrever este post mais para a próxima semana, quando começarmos a receber activistas de toda a Europa, mas como a Sábado de ontem deu destaque ao assunto, decidimos antecipar a nossa comunicação. Em causa o convite, por parte dos activistas portugueses do Partido Socialista Europeu (PES activists Portugal), a militantes de outros partidos socialistas, sociais-democratas e trabalhistas do espaço Europeu. Assim, neste post exponho, resumidamente, o que são os PES activists; qual o historial do PES activists Portugal e que iniciativa é esta que estamos a organizar.
O intercâmbio eleitoral organizado pelo PES activists Portugal
O Partido Socialista é – hoje – um partido inserido no espaço europeu. Faz parte do Partido Socialista Europeu [PES – Party of the European Socialists] que é, de longe, o mais bem organizado e estruturado partido político que actua na esfera política europeia.
Em 2006, no Congresso do PES, foi lançada uma nova e inédita iniciativa: os activistas do PES (PES activists), dinâmica que procurava potenciar as relações entre os mais de 2 milhões de militantes socialistas, sociais-democratas e trabalhistas que tem militância activa por essa Europa fora. Depois do Porto, os activistas começaram a organizar-se. Em alguns países decidiu-se por estruturas formais, noutros por núcleos informais. Há países com onde os activistas se organizaram nacionalmente, outros onde foram potenciados os grupos locais. Há de tudo, como se pode perceber.
A história dos PES activists em Portugal é construída de avanços e recuos. Decidido desde o dia 1 a ter uma denominação nacional (daí PES activists Portugal), rapidamente desenvolvemos um trabalho que apostou na qualidade dos nossos conteúdos e no alargar da nossa rede nacional e da nossa influência (no universo do PES e no mundo dos activistas). Entre outras iniciativas, promovemos uma série de debates sobre assuntos europeus (de onde destacamos uma importante conferência sobre o «childcare»), associamo-nos a diversas iniciativas do Partido Socialista (nomeadamente Universidades de Verão de várias Federações) e divulgámos o nosso trabalho em diversos Congressos Partidários (nacionais e federativos). Aproveitámos ainda para estabelecermos uma relação privilegiada com a Delegação Portuguesa no Parlamento Europeu, bem como com o Departamento de Relações Internacionais do PS.
Mas o nosso trabalho e contributo de maior folgo foi, sem dúvida, a construção das propostas apresentadas pelo PS para o Manifesto comum que o Partido Socialista Europeu colocou a votos na recente eleição europeia. Nesta iniciativa trabalhámos com as diversas estruturas do PS (Delegação Portuguesa no Parlamento Europeu, Juventude Socialista, Departamento Nacional das Mulheres Socialistas, diversas Federações do PS, Grupo Parlamentar do PS na Assembleia da República), com a sociedade civil (diversas associações e sindicatos) e ainda com a sociedade académica (junto de diversas Universidades). No total recolhemos mais de 70 propostas, de Ministros a Deputados, de Militantes anónimos a dirigentes nacionais, de académicos a sindicalistas, de Eurodeputados a assistentes e assessores. Foi um processo muito participado (que pode ser consultado aqui), cujo produto foi este. Deste paper saíram algumas das propostas que o PES apresentou aos europeus, no passado mês de Junho.
Este é algum do nosso historial, onde não realçamos a nossa presença activa em diversos encontros promovidos pelo PES, como no Congresso do Porto, nos Conselhos de Sofia e de Madrid, nos Fórum dos activistas de Viena e de Dublin e outras reuniões e encontros.
Entretanto, os nossos colegas europeus (amigos, companheiros e camaradas) foram desenvolvendo uma série de encontros de natureza eleitoral, para os quais eram convidados activistas com o propósito directo de auxiliarem em acções de campanha. Estas «campaign Exchanges», ou intercâmbios eleitorais, são hoje um clássico no mundo dos activistas do PES. Já estivemos no porta-a-porta em Dublin, aquando da última eleição geral na Irlanda; em Paris a auxiliar a eleição presidencial de Segolene Royal, na Roménia a auxiliar o PSD (local), em Espanha a garantir o segundo mandato de Zapatero, e um pouco por toda a Europa aquando das eleições de Junho.
Foram vários os activistas portugueses que já se envolveram nestes intercâmbios, e agora é a vez de retribuirmos o convite. E para o efeito lançámos um convite aos nossos amigos europeus que, mesmo com tão pouco tempo de decisão, responderam em massa. Recebemos mais de 60 respostas (individuais e de diversos grupos) e seleccionámos quase 30 activistas. A selecção obedeceu a critérios geográficos, de género e à prática de «first came first served», que é como quem diz «os primeiros e inscreverem-se tem lugar». Assim, e a partir da próxima segunda-feira, vão começar a chegar a Lisboa alemães, romenos, húngaros, bósnios, espanhóis, belgas, polacos, austríacos e gregos. Vêem a Portugal para contribuir para que o nosso governo progressista continue o seu bom trabalho. Sabem que a Península Ibérica é, hoje, uma referência da social-democracia europeia, com a dupla Sócrates - Zapatero a somar pontos em todas as frentes, em especial as sociais, e querem participar activamente na defesa das nossas ideias e ideais.
Esta iniciativa, inédita na vida política portuguesa, coloca o PS na vanguarda política europeia; relembra que a União Europeia é uma realidade e que já não faz sentido olharmos para a política apenas como um espaço de acção nacional (como alguns querem ainda fazer crer). Hoje, com 20 anos de integração europeia, sabemos que grande parte das decisões que nos afectam são tomadas em Bruxelas, o tempo dos isolacionismos acabou. E é com muito gosto, e algum prazer, que verificamos que tantos cidadãos e cidadãs dessa Europa fora querem vir a Portugal para connosco lutar pelo nosso futuro.
Eu irei coordenar esta iniciativa, que como disse começará na próxima segunda-feira. E em breve vos daremos mais detalhes.
O intercâmbio eleitoral organizado pelo PES activists Portugal
O Partido Socialista é – hoje – um partido inserido no espaço europeu. Faz parte do Partido Socialista Europeu [PES – Party of the European Socialists] que é, de longe, o mais bem organizado e estruturado partido político que actua na esfera política europeia.
Em 2006, no Congresso do PES, foi lançada uma nova e inédita iniciativa: os activistas do PES (PES activists), dinâmica que procurava potenciar as relações entre os mais de 2 milhões de militantes socialistas, sociais-democratas e trabalhistas que tem militância activa por essa Europa fora. Depois do Porto, os activistas começaram a organizar-se. Em alguns países decidiu-se por estruturas formais, noutros por núcleos informais. Há países com onde os activistas se organizaram nacionalmente, outros onde foram potenciados os grupos locais. Há de tudo, como se pode perceber.
A história dos PES activists em Portugal é construída de avanços e recuos. Decidido desde o dia 1 a ter uma denominação nacional (daí PES activists Portugal), rapidamente desenvolvemos um trabalho que apostou na qualidade dos nossos conteúdos e no alargar da nossa rede nacional e da nossa influência (no universo do PES e no mundo dos activistas). Entre outras iniciativas, promovemos uma série de debates sobre assuntos europeus (de onde destacamos uma importante conferência sobre o «childcare»), associamo-nos a diversas iniciativas do Partido Socialista (nomeadamente Universidades de Verão de várias Federações) e divulgámos o nosso trabalho em diversos Congressos Partidários (nacionais e federativos). Aproveitámos ainda para estabelecermos uma relação privilegiada com a Delegação Portuguesa no Parlamento Europeu, bem como com o Departamento de Relações Internacionais do PS.
Mas o nosso trabalho e contributo de maior folgo foi, sem dúvida, a construção das propostas apresentadas pelo PS para o Manifesto comum que o Partido Socialista Europeu colocou a votos na recente eleição europeia. Nesta iniciativa trabalhámos com as diversas estruturas do PS (Delegação Portuguesa no Parlamento Europeu, Juventude Socialista, Departamento Nacional das Mulheres Socialistas, diversas Federações do PS, Grupo Parlamentar do PS na Assembleia da República), com a sociedade civil (diversas associações e sindicatos) e ainda com a sociedade académica (junto de diversas Universidades). No total recolhemos mais de 70 propostas, de Ministros a Deputados, de Militantes anónimos a dirigentes nacionais, de académicos a sindicalistas, de Eurodeputados a assistentes e assessores. Foi um processo muito participado (que pode ser consultado aqui), cujo produto foi este. Deste paper saíram algumas das propostas que o PES apresentou aos europeus, no passado mês de Junho.
Este é algum do nosso historial, onde não realçamos a nossa presença activa em diversos encontros promovidos pelo PES, como no Congresso do Porto, nos Conselhos de Sofia e de Madrid, nos Fórum dos activistas de Viena e de Dublin e outras reuniões e encontros.
Entretanto, os nossos colegas europeus (amigos, companheiros e camaradas) foram desenvolvendo uma série de encontros de natureza eleitoral, para os quais eram convidados activistas com o propósito directo de auxiliarem em acções de campanha. Estas «campaign Exchanges», ou intercâmbios eleitorais, são hoje um clássico no mundo dos activistas do PES. Já estivemos no porta-a-porta em Dublin, aquando da última eleição geral na Irlanda; em Paris a auxiliar a eleição presidencial de Segolene Royal, na Roménia a auxiliar o PSD (local), em Espanha a garantir o segundo mandato de Zapatero, e um pouco por toda a Europa aquando das eleições de Junho.
Foram vários os activistas portugueses que já se envolveram nestes intercâmbios, e agora é a vez de retribuirmos o convite. E para o efeito lançámos um convite aos nossos amigos europeus que, mesmo com tão pouco tempo de decisão, responderam em massa. Recebemos mais de 60 respostas (individuais e de diversos grupos) e seleccionámos quase 30 activistas. A selecção obedeceu a critérios geográficos, de género e à prática de «first came first served», que é como quem diz «os primeiros e inscreverem-se tem lugar». Assim, e a partir da próxima segunda-feira, vão começar a chegar a Lisboa alemães, romenos, húngaros, bósnios, espanhóis, belgas, polacos, austríacos e gregos. Vêem a Portugal para contribuir para que o nosso governo progressista continue o seu bom trabalho. Sabem que a Península Ibérica é, hoje, uma referência da social-democracia europeia, com a dupla Sócrates - Zapatero a somar pontos em todas as frentes, em especial as sociais, e querem participar activamente na defesa das nossas ideias e ideais.
Esta iniciativa, inédita na vida política portuguesa, coloca o PS na vanguarda política europeia; relembra que a União Europeia é uma realidade e que já não faz sentido olharmos para a política apenas como um espaço de acção nacional (como alguns querem ainda fazer crer). Hoje, com 20 anos de integração europeia, sabemos que grande parte das decisões que nos afectam são tomadas em Bruxelas, o tempo dos isolacionismos acabou. E é com muito gosto, e algum prazer, que verificamos que tantos cidadãos e cidadãs dessa Europa fora querem vir a Portugal para connosco lutar pelo nosso futuro.
Eu irei coordenar esta iniciativa, que como disse começará na próxima segunda-feira. E em breve vos daremos mais detalhes.
1 comentário:
E foi uma fantástica iniciativa. Parabéns, Zé, pela iniciativa da iniciativa!
Foi muito bom ter participado nesta acção de campanha. Com ela muito aprendi sobre os caminhos para construir a Europa. Aprendi no terreno, no quotidiano, nas concordâncias e nas discordâncias, no diálogo.
Aqui começa a Europa!
Enviar um comentário