quarta-feira, dezembro 24, 2008

domingo, dezembro 21, 2008

Fire in Athens 4 - por André Maia

Partilho convosco, neste nosso blog, uma das crónicas diárias que me são enviadas por um amigo, português a viver entre a Grécia e Lisboa, André Maia, naturalmente com a autorização do autor. Começamos todos a sentir que o que se passa na Grécia é bem mais importante do que os media querem fazer crer, tem repercussões na Europa, não parece ter chegado ao fim e não se entrevê solução. Ontem, numa manifestação em Lisboa, era mostrado um cartaz onde se lia "Somos todos Gregos". O que se passa e o que se não sabe ao certo merecem quer a nossa a atenção máxima quer a nossa reflexão séria.


CRÓNICA DE ANDRÉ MAIA - Fire in Athens 4 (18 de Dezembro)

QUERIDOS OLD FRIENDS

Continuo a receber reacções vossas em relação aos acontecimentos em Atenas. Desenganem-se se pensam que se trata apenas de uma revolta juvenil. NÃO!!! O descontentamento popular faz com que haja amanhã outra Greve Geral. Isto nao vai ter fim!!! Há questão de meia hora, foi denunciada a actividade de alguns jovens encapuçados e armados de barras de ferro. Os vídeos, passados nos canais de TV, mostram nos em conversata com brigadas de choque. São os grandes agitadores que tentam transformar este grande movimento de protesto numa revolta destruidora, sem sentido...

Já vos tinha comentado que NUNCA nenhum desses encapuçados havia sido apanhado pela Polícia. A mesma Polícia que continua a agredir jovens rapazes e raparigas sentados no chão em protesto silencioso, em frente ao Parlamento, na Praça do Sintagma. Ontem à noite aqui em casa, ouviram-se explosões, tipo fogo de artifício durante alguns minutos. Achei estranho estarem a celebrar o Natal... Hoje de manhã, ao sair de casa, vi como ficaram destruidos carros da polícia e a Esquadra aqui atrás.

Também em Tessalónica os confrontos continuam. Os químicos lançados só aumentam a firmeza dos que querem que o sistema mude. Ontem mais um escândalo envolvendo terrenos da Igreja Ortodoxa vendidos ilicitamente a politicos, e o esbanjar de milhões de euros na construção de edificios pertencentes a políticos tambem, em grandes lavagens de dinheiro, fizeram o outro prato da balança. Quando tudo esta a ser denunciado com provas e nada acontece, mal esta a coisa. Michael Moore denunciou a fraude da eleição de Bush, das Torres Gémeas e... em Portugal, os corruptos saem sempre por cima. Parece-me que aqui, na Grécia, estão à procura de uma saída real. Como berço da Civilização Ocidental, se o conseguirem, será mais uma chapada de luva branca para todos nós, aburguesados e acomodados ao materialismo galopante que, se não for travado, levará a destruição real do Planeta.

De Atenas, com amor, André Maia

Nota: texto publicado na íntegra; foram acrescentados por mim acentos e cedilhas, inexistentes no teclado (e no alfabeto ...) grego.

sexta-feira, dezembro 19, 2008

Nova Sondagem

À pergunta se Dias Loureiro deveria sair do Conselho de Estado, 5 responderam que sim e 1 que não... Mas parece que a participação está a baixar.
A partir de agora e até o próximo dia 1 será colocada a seguinte questão:
Quem foi a personalidade internacional do ano

É clicar...

Americans Resistant to Bailing Out Big Three

O Paulo anda muito activo na contestação às nacionalizações.

Não deixa de ser interessante ver a esquerda tão aguerrida contra as nacionalizações. Parece que há (pelo menos) um outro país onde há uma forte contestação às nacionalizações...

Highlights PES Council in Madrid

Parece que além das fotos lá em baixo, também houve tempo para outras coisas em Madrid

quarta-feira, dezembro 17, 2008

Story of Stuff: International

 

shop and toss

 

Story of Stuff: goes international

StoryofStuff.com | Facebook | MySpace

December 10, 2008

 

Dear Rui Pedro,

It's already been a year since we launched The Story of Stuff - a tour through our materials economy that became an internet viral sensation. Now we've got something new to celebrate the birthday of a short film that became a movement!

The Story of Stuff is going international and multi-lingual:

www.storyofstuff.com/international/

Four and a half million English speakers have seen The Story of Stuff, but until now, the rest of the world has been left in the dark. Well, we heard from the rest of the world with thousands of offers from volunteers to translate the movie. We took them up on their offer, and now you can give your international friends the best holiday gift of all: the gift of knowledge and hope for a sustainable future.

There's no better time than the holidays to remind ourselves that happiness does not come from stuff, but from the riches of community connection and empathy for our planet and its living creatures. We hope you will get a little more happiness from sharing this message with your friends around the world: www.storyofstuff.com/international/

Happy Holidays from Story of Stuff. If you don't find your language, and would like to help translate, please email us at: sostranslations@gmail.com
"Subject line: Offer to translate: your language"

Or for general enquiries:  storyofstuff@gmail.com


The 25 countries with the highest numbers of online viewers are listed below, with the number of views recorded in each.
1.    United States     2,627,202
2.    Canada     600,312                 
3.    United Kingdom     135,477                 
4.    Australia     100,454                 
5.    Mexico     98,384                 
6.    Germany     95,794                 
7.    Israel     84,897                 
8.    Brazil     83,037                 
9.    India     66,330                 
10.    Spain     60,624                 
11.    Portugal     46,427                 
12.    France     45,422                 
13.    Netherlands     43,971                 
14.    Romania     43,891                 
15.    Argentina     33,352                 
16.    Sweden     32,500                 
17.    Italy     31,648                 
18.    Singapore     27,105                 
19.    Turkey     24,746                 
20.    New Zealand     23,045                 
21.    Colombia     22,147                 
22.    Switzerland     21,673                 
23.    Belgium     19,927                 
24.    Austria     19,147                 
25.    Greece     17,086                 

Sincerely,
The SoS Team

Drawing of Annie at her computer.

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segunda-feira, dezembro 15, 2008

Humor Lobista


Tenho andado sem tempo para cá vir...
No entanto não resisti a colocar aqui este cartoon de Gonçalo Viana...
Numa altura em que o nosso governo anda a usar os "nossos" dinheiros para ajudar os... Capitalistas...
É que parece mal para a imagem externa de Portugal... Que as nossas instituições não sejam... Sérias...
Até breve...

quinta-feira, dezembro 11, 2008

Sidónio Pais. Nos 90 anos da sua morte.



Colóquio «O Ano da Morte de Sidónio Pais»
Coordenação Científica: José Reis Santos e Maria Alice Samara. Salão Nobre do Teatro Nacional D. Maria II 12 e 13 de Dezembro de 2008

O Instituto de História Contemporânea - IHC, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e o Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX da Universidade de Coimbra - CEIS 20, em colaboração com o Teatro Nacional D. Maria II, resolveram, nos 90 anos da morte de Sidónio Pais, promover um encontro que permita a análise e a discussão da figura do Presidente da República, do regime denominado República Nova e da sociedade da I República, na difícil conjuntura da I Guerra Mundial. Não estará ausente, de igual modo, uma análise comparativa que permita situar esta experiência política face a outros países europeus.

12 de Dezembro de 2008
10.30 Abertura
Sessão Inaugural
11.15 Pausa para café
11.30 Sidónio Pais: percurso biográfico e a construção da memória - Professor Doutor Armando Malheiro da Silva
12.00 Debate
12.30 Pausa para almoço

14.00 Abertura da sessão da tarde
Mesa I
Sidonismo e questão política - Professor Doutor Luís Farinha
Sidonismo e questão social - Mestre Alice Samara
15.00 Debate
15.15

Mesa II
Sidonismo e questão colonial - Professora Doutora Maria Cândida Proença
Sidonismo e questão religiosa - Mestre Sérgio Pinto
16.15 Debate
16.30 República Nova - Professor Doutor António Telo

13 de Dezembro de 2008
10.30
Sidonismo e eleições - Mestre José Reis Santos
Sidonismo e I Guerra Mundial - Mestre Ana Pires
11.15 Debate

Pausa para café
11.45 Sidónio Pais e as ditaduras europeias - Professor Doutor Manuel Loff
12.15 Sidonismo: Balanço histórico - Professor Doutor Fernando Rosas
12.45 Debate

Encerramento

quarta-feira, dezembro 03, 2008

Saving the Big 3 for You and Me ...a message from Michael Moore

Saving the Big 3 for You and Me ...a message from Michael Moore

Wednesday, December 3rd, 2008

Friends,

I drive an American car. It's a Chrysler. That's not an endorsement. It's more like a cry for pity. And now for a decades-old story, retold ad infinitum by tens of millions of Americans, a third of whom have had to desert their country to simply find a damn way to get to work in something that won't break down:

My Chrysler is four years old. I bought it because of its smooth and comfortable ride. Daimler-Benz owned the company then and had the good grace to place the Chrysler chassis on a Mercedes axle and, man, was that a sweet ride!

When it would start.

More than a dozen times in these years, the car has simply died. Batteries have been replaced, but that wasn't the problem. My dad drives the same model. His car has died many times, too. Just won't start, for no reason at all.

A few weeks ago, I took my Chrysler in to the Chrysler dealer here in northern Michigan -- and the latest fixes cost me $1,400. The next day, the vehicle wouldn't start. When I got it going, the brake warning light came on. And on and on.

You might assume from this that I couldn't give a rat's ass about these miserably inept crapmobile makers down the road in Detroit city. But I do care. I care about the millions whose lives and livelihoods depend on these car companies. I care about the security and defense of this country because the world is running out of oil -- and when it runs out, the calamity and collapse that will take place will make the current recession/depression look like a Tommy Tune musical.

And I care about what happens with the Big 3 because they are more responsible than almost anyone for the destruction of our fragile atmosphere and the daily melting of our polar ice caps.

Congress must save the industrial infrastructure that these companies control and the jobs they create. And it must save the world from the internal combustion engine. This great, vast manufacturing network can redeem itself by building mass transit and electric/hybrid cars, and the kind of transportation we need for the 21st century.

And Congress must do all this by NOT giving GM, Ford and Chrysler the $34 billion they are asking for in "loans" (a few days ago they only wanted $25 billion; that's how stupid they are -- they don't even know how much they really need to make this month's payroll. If you or I tried to get a loan from the bank this way, not only would we be thrown out on our ear, the bank would place us on some sort of credit rating blacklist).

Two weeks ago, the CEOs of the Big 3 were tarred and feathered before a Congressional committee who sneered at them in a way far different than when the heads of the financial industry showed up two months earlier. At that time, the politicians tripped over each other in their swoon for Wall Street and its Ponzi schemers who had concocted Byzantine ways to bet other people's money on unregulated credit default swaps, known in the common vernacular as unicorns and fairies.

But the Detroit boys were from the Midwest, the Rust (yuk!) Belt, where they made real things that consumers needed and could touch and buy, and that continually recycled money into the economy (shocking!), produced unions that created the middle class, and fixed my teeth for free when I was ten.

For all of that, the auto heads had to sit there in November and be ridiculed about how they traveled to D.C. Yes, they flew on their corporate jets, just like the bankers and Wall Street thieves did in October. But, hey, THAT was OK! They're the Masters of the Universe! Nothing but the best chariots for Big Finance as they set about to loot our nation's treasury.

Of course, the auto magnates used be the Masters who ruled the world. They were the pulsating hub that all other industries -- steel, oil, cement contractors -- served. Fifty-five years ago, the president of GM sat on that same Capitol Hill and bluntly told Congress, what's good for General Motors is good for the country. Because, you see, in their minds, GM WAS the country.

What a long, sad fall from grace we witnessed on November 19th when the three blind mice had their knuckles slapped and then were sent back home to write an essay called, "Why You Should Give Me Billions of Dollars of Free Cash." They were also asked if they would work for a dollar a year. Take that! What a big, brave Congress they are! Requesting indentured servitude from (still) three of the most powerful men in the world. This from a spineless body that won't dare stand up to a disgraced president nor turn down a single funding request for a war that neither they nor the American public support. Amazing.

Let me just state the obvious: Every single dollar Congress gives these three companies will be flushed right down the toilet. There is nothing the management teams of the Big 3 are going to do to convince people to go out during a recession and buy their big, gas-guzzling, inferior products. Just forget it. And, as sure as I am that the Ford family-owned Detroit Lions are not going to the Super Bowl -- ever -- I can guarantee you, after they burn through this $34 billion, they'll be back for another $34 billion next summer.

So what to do? Members of Congress, here's what I propose:

1. Transporting Americans is and should be one of the most important functions our government must address. And because we are facing a massive economic, energy and environmental crisis, the new president and Congress must do what Franklin Roosevelt did when he was faced with a crisis (and ordered the auto industry to stop building cars and instead build tanks and planes): The Big 3 are, from this point forward, to build only cars that are not primarily dependent on oil and, more importantly to build trains, buses, subways and light rail (a corresponding public works project across the country will build the rail lines and tracks). This will not only save jobs, but create millions of new ones.

2. You could buy ALL the common shares of stock in General Motors for less than $3 billion. Why should we give GM $18 billion or $25 billion or anything? Take the money and buy the company! (You're going to demand collateral anyway if you give them the "loan," and because we know they will default on that loan, you're going to own the company in the end as it is. So why wait? Just buy them out now.)

3. None of us want government officials running a car company, but there are some very smart transportation geniuses who could be hired to do this. We need a Marshall Plan to switch us off oil-dependent vehicles and get us into the 21st century.

This proposal is not radical or rocket science. It just takes one of the smartest people ever to run for the presidency to pull it off. What I'm proposing has worked before. The national rail system was in shambles in the '70s. The government took it over. A decade later it was turning a profit, so the government returned it to private/public hands, and got a couple billion dollars put back in the treasury.

This proposal will save our industrial infrastructure -- and millions of jobs. More importantly, it will create millions more. It literally could pull us out of this recession.

In contrast, yesterday General Motors presented its restructuring proposal to Congress. They promised, if Congress gave them $18 billion now, they would, in turn, eliminate around 20,000 jobs. You read that right. We give them billions so they can throw more Americans out of work. That's been their Big Idea for the last 30 years -- layoff thousands in order to protect profits. But no one ever stopped to ask this question: If you throw everyone out of work, who's going to have the money to go out and buy a car?

These idiots don't deserve a dime. Fire all of them, and take over the industry for the good of the workers, the country and the planet.

What's good for General Motors IS good for the country. Once the country is calling the shots.

Yours,
Michael Moore
MMFlint@aol.com
MichaelMoore.com

P.S. I will be on Keith Olbermann tonight (8pm/10pm/midnight ET) to discuss this further on MSNBC.

segunda-feira, dezembro 01, 2008

1 de Dezembro - Feriado da Restauração da Independência

Portugal tem muitos feriados de regime. Quatro para sermos exactos.

O mais relevante em termos simbólicos, sobretudo pela importância dada pelo sistema político, é o feriado do 25 de Abril, que celebra a criação da democracia portuguesa e o fim dos regimes autoritários (tanto republicanos como monárquicos) que haviam governado Portugal desde a sua criação desde 1140. Convém sempre lembrar, que apesar do carácter patriótico de muitos actos e eventos ocorridos durante a monarquia portuguesa e o próprio Estado Novo, é apenas com o 25 de Abril e a democracia que todos os portugueses passaram a ser mestres dos seus próprios destinos.

O 10 de Junho, sobretudo devido às suas conotações com as forças armadas portuguesas, que se revêem nele como o seu dia, e à sua importância como invocação da componente emigrante dos portugueses, espalhados pelos quatro cantos do mundo, é o segundo feriado de regime mais importante, nele se celebrando a criação de Portugal como um país independente e servindo, através da figura de Camões, como também o dia da cultura nacional portuguesa.

Do 5 de Outubro, relegado para um dia menor, quase sempre festejado em celebrações pálidas e reduzidas na câmara municipal de Lisboa, como se este dia que invoca a implantação da República em Portugal, ou seja o momento em que essa instituição abjecta que se chama monarquia foi varrida do sistema político naci0nal, tivesse sido um mero acontecimento de Lisboa, e não a destruição do conceito que torna institucionalizada politicamente a ideia que os homens são desiguais em virtude do berço em que nascem. Não existiria verdadeira igualdade em Portugal se não fosse a República. Os regimes monárquicos são por definição desiguais.

Mas é o 1 de Dezembro, o feriado que celebra a restauração da nossa independência nacional face ao domínio espanhol sobre Portugal de 60 anos, que de longe é o mais esquecido das celebrações de regime. Num tempo em que Portugal esteja num processo de integração europeia com Espanha e os restantes estados-membros da UE, em que existe uma cada vez maior dimensão europeia na nossa vida política, é compreensível que este feriado seja visto como pouco relevante dum ponto de vista simbólico.

Tal, contudo, é um erro!

Se o 25 de Abril é Liberdade (característica essencial da democracia), se o 5 de Outubro é a Igualdade (contra a desigualdade da monarquia) e o 10 de Junho é o Ser (a celebração do ser português), então o 1 de Dezembro é a Escolha!

A esmagadora maioria dos cidadãos portugueses nasceu com este atributo, não é algo que escolheram num determinado momento da vida. Mas a cidadania portuguesa é uma escolha. Todos nós somos livres de partir para outras terras e através dos mecanismos presentes nesses diferentes destinos somos livres de abdicar de serem cidadãos portugueses de forma a serem cidadãos de outros países.

Todos aqueles que permanecem portugueses, fazem-no porque o escolhem fazer.

O que o 1 de Dezembro nos lembra, é que o direito a fazer essa escolha é algo que no passado foi conquistado pelo sacrifício, pelo sangue e pela vida que numerosos dos nossos conterrâneos deram no processo desencadeado a 1 de Dezembro de 1640 e que viria a ficar para a História como a Restauração da Independência.

Eu sou um federalista europeu convicto. Acredito que a UE se deveria se tornar um único estado federal.

Eu sou um cidadão europeu.

Eu sou um cidadão da República Portuguesa.

Portugal é o meu país.

Se tenho a possibilidade de livremente escolher ser português, devo-o a todos aqueles que são invocados em 1 de Dezembro de 1640.

Por isso celebro a Restauração da Independência. É graças a ela que posso escolher ser português. 

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