segunda-feira, dezembro 27, 2010

Que grande casamento deve ter sido o deles

Leon Walker Faces Felony For Reading Wife's Email

ROCHESTER HILLS, Mich. — A Rochester Hills man who says he learned of his wife's affair by reading her e-mail on their computer faces trial Feb. 7 on felony computer misuse charges.

Thirty-three-year-old Leon Walker used his wife's password to get into her Gmail account. Clara Walker filed for a divorce, which was granted this month.

Leon Walker tells The Oakland Press of Pontiac he was trying to protect the couple's children from neglect and calls the case a "miscarriage of justice."

Oakland County Assistant Prosecutor Sydney Turner says the charge is justified.

Privacy law writer Frederick Lane tells the Detroit Free Press the law typically is used to prosecute identity theft and stealing trade secrets. He says he questions if a wife can expect privacy on a computer she shares with her husband.

 

Aquilo que querem fazer em Portugal

The Gordian nightmare of public pensions:

Maybe it’s because I’m European, but I simply cannot get my head around a developed nation where people with lifelong service in the police or the fire brigade can find themselves with no pension at all. Zero. But if you’re unlucky enough to have served in Prichard, Alabama, that’s the situation you’ve found yourself in for the past 14 months

The NYT had a heart-rending story on the city’s finances last week: it seems that if a city has unfavorable demographics and an incompetent government, then there’s no one—not the state, not the federal government, not any kind of pensions guarantee agency—willing to step in and make things right.

Nettie Banks, 68, a retired Prichard police and fire dispatcher, has filed for bankruptcy. Alfred Arnold, a 66-year-old retired fire captain, has gone back to work as a shopping mall security guard to try to keep his house. Eddie Ragland, 59, a retired police captain, accepted help from colleagues, bake sales and collection jars after he was shot by a robber, leaving him badly wounded and unable to get to his new job as a police officer at the regional airport.

Far worse was the retired fire marshal who died in June. Like many of the others, he was too young to collect Social Security. ‘When they found him, he had no electricity and no running water in his house,’ said David Anders, 58, a retired district fire chief. ‘He was a proud enough man that he wouldn’t accept help.’

Back in March, Prichard was given two months to work out how it was going to pay its pensioners—and that was after they’d already gone without pay for half a year. Today, we’re told, ‘a mediation effort is expected to begin soon.’ And according to Michael Corkery, the city has proposed capping benefits to current retirees at about $200 a month.

The problem here isn’t gold-plated pensions—Prichard was paying out only $1,000 a month on its average pension when it defaulted back in October 2009. Neither is it, as Mish would have it, the Alabama legislature, which passed various bills amending city pension plans over the years. And it’s not greedy bondholders, either, asserting their seniority over pensioners: Prichard doesn’t have any outstanding bonds, and even bank loans don’t seem to be an issue.

Ultimately, the problem here is a confluence of two factors. On the one hand you have the nationwide—and indeed global—issue of unfunded public pension liabilities. On the other hand you have the statistical inevitability that in a country with thousands of municipal pension plans, some of them are going to run out of money.

One thing I’m pretty sure about: if and when a city with bonded debt arrives at the same place as Prichard, all the covenants in the world won’t be enough to protect bondholders from default. It’s politically impossible to pay creditors on Wall Street while short-changing people who worked for the city for decades and who have no other income to fall back on.

And more generally, the problem of municipal pensions is shaping up to be a Gordian nightmare. Cities which have diligently funded their own pension plans won’t ever want to bail out those who haven’t, or see federal funds used for such purposes. But on the other hand, situations like Prichard’s are clearly unacceptable, which means that there has to be some kind of bailout. Public pensions, I fear, could turn out to be the biggest moral-hazard play ever.

(Via Felix Salmon.)

A todos os que acham que estar no Twitter e afins é uma perda de tempo


Being social linked to bigger brain size

sexta-feira, dezembro 24, 2010

Feliz Natal

Concertação de preços? Nããã....

"Moche, Yorn Extravangaza, Vita 91 Extreme e TAG vão ter em Janeiro aumentos simultâneos e de tal modo concertados que ficarão com o mesmo custo fixo mensal. Subidas de preços muito acima do anunciado para outros tarifários e que constituem publicidade enganosa, diz a Deco. A Autoridade da Concorrência já está a investigar."


De certeza que vão concluir que é uma mera coincidência. Não é o que concluem sempre?

quarta-feira, dezembro 15, 2010

E que tal serem coerentes?

Existem alturas para desdizer o que se disse anteriormente. Mas esta é uma situação que não se aplica a princípios. Para tal há que primeiro afirmar que se efectuou uma mudança de princípios. 
Vem isto a propósito da defesa do estado social efectuado no último verão pelo Partido Socialista e pelos seus principais dirigentes. Desde o final de Julho até ao meio de Outubro, não houve maior defensor do Estado Social, em todas as suas vertentes, que os membros do Governo.

Quem defende o Estado Social, seja da forma que o fez, seja (mesmo) de uma forma não tão violenta, não pode vir, passado dois meses, apresentar um conjunto de propostas que atacam a classe média de forma tão violenta e defende aqueles que mais têm.


Falta coerência a este Governo, em tempo de crise. A coerência torna-se fácil quando os tempos não são tão  difíceis...

terça-feira, dezembro 07, 2010

Happy Birthday, Mr. President

Mário Soares

Para bom entendedor

“Com suma benevolência, Diogo Freitas do Amaral contou um dia que Sá Carneiro fora obrigado a advertir um secretário de Estado de que o Conselho de Ministros não era o lugar próprio para um cidadão se proclamar apolítico."

Vasco Pulido Valente, Público de 11 de Março de 1990

Há muita falta de memória na política

Dá que pensar a estranha unanimidade em torno de Sá Carneiro, que até chega a Carvalho da Silva. Ora, quem foi que escolheu Soares Carneiro para candidato presidencial? De entre umas duas ou três dúzias de generais, Sá Carneiro escolheu precisamente aquele que havia sido secretário-geral do Governo de Angola até ao 25 de Abril, ao qual incumbia enviar os presos políticos para campos de concentração. Lindo cartão de visita.

Esta escolha tinha um objectivo preciso. De acordo com o que Vasco Pulido Valente escreveu ontem no Público, Sá Carneiro preparava-se para fazer um golpe constitucional se Soares Carneiro vencesse as eleições presidenciais: “O plano (se merece o nome) era eleger Presidente da República um general conservador e provocar, com o apoio dele, um referendo sobre a Constituição.” Como dizia o outro, há muita falta de memória na política.

Como os ricos ficam cada vez mais ricos, à custa de todos nós

 

In short, the horror story collapses as soon as anyone gives it any serious thought. The Wall Street gang can hardly be faulted for trying cheap scare tactics for pushing its agenda; after all, it worked so brilliantly with the Tarp (troubled assets relief programme), two years ago. At the time, the plot line was that unless we immediately gave all our money to the Wall Street banks, with no questions asked, then the whole economy would collapse.

The government turned over not only the $700bn in Tarp money, the Fed also made trillions of dollars of secret loans to the Wall Street banks, as was revealed last week. This support, including guarantees that may have been even more valuable, allowed giants like Citigroup, Goldman Sachs and Morgan Stanley to survive the financial collapse that they had helped to create. As a result, bank profits and executive bonuses are higher than ever.

In short, Wall Street has a proven winning strategy. Come up with an end-of-the-world horror story, get the Washington Post, National Public Radio and other media outlets to hype it endlessly, and then watch the politicians rush to hand over the taxpayers' money. Their next horror story will, no doubt, be the most frightening yet.

Dean Baker, Guardian

 

Brave New World?

Segundo Costas Lapavitsas, no actual enquadramento europeu, ficar na Zona Euro significa, para economias como Portugal, Grécia, Espanha ou Irlanda, uma década ou mais de crescimento baixo e austeridade. A alternativa seria uma saída da moeda única a qual teria custos que, no entanto, não devem ser exagerados.

A escolha perante a Europa e todos nós

Ao contrário da retórica dos economistas que nos endoutrinam depois das 8 da noite, é preciso insistir num ponto essencial: a chamada “crise da dívida soberana” não foi provocada pelo despesismo público.

(...)

Assim, o endividamento da classe média da “periferia” não foi mais do que uma ilusão de melhoria do nível de vida que foi vendida pela finança europeia com a cumplicidade dos seus governos, do Banco Central Europeu e das suas antenas nacionais. Estas autoridades dispunham de meios para travar este processo, mas não quiseram prejudicar o negócio dos seus amigos da finança. Apesar dos enormes lucros que esta distribuiu aos accionistas, e dos escandalosos bónus que pagou a administradores e directores, os governos, a Comissão Europeia e o BCE continuam a adiar a inevitável reestruturação das dívidas (privadas e públicas) da Grécia e da Irlanda com penalização dos credores. Como também adiam uma inevitável escolha política: (1) avançar para uma governação federal do euro, o que obrigaria a construir uma federação política (“não há impostos sem eleições”) ou … (2) reconfigurar a Zona Euro tornando-a mais reduzida.

Jorge Bateira, Ladrões de Bicicletas

segunda-feira, dezembro 06, 2010

Sobre os cortes salariais nos Açores

Esta decisão, legal e constitucional, de Carlos César é um conjunto grande de pregos no caixão da regionalização em Portugal.

Também pode ser um bom motivo para discutir e reavaliar as vantagens e desvantagens da autonomia regional.

Cavaco Silva e o PSD aceitam este repto? Ou palavras leva-as o vento?

Bem me parecia.

Exemplos destes à muitos

Frase que nunca devia ser dita

"Convidámos o PS para participar neste fórum, mas os deputados socialistas declinaram o convite".

Fórum TSF de hoje, sobre a decisão do governo regional dos Açores de subsidiar parte dos cortes salariais dos funcionários públicos regionais.

domingo, dezembro 05, 2010

Se Lisboa fosse uma gravata eu hoje usava-a ao peito *

Francisco Sá Carneiro
De tempos a tempos esta notícia reaparece. Dando-lhe sempre grande destaque, como se fosse algo novo. A forma do PSD homenagear a morte do seu Grande Líder é sempre a mesma: falar do seu assassinato.

Pouco importa se o seu assasinato foi um acidente. Não um acidente no verdadeiro sentido da palavra (um problema no CESNA) mas um acidente pois Sá Carneiro nunca foi o verdadeiro alvo daquela bomba (parece-me "pacífico" que houve uma bomba). Ele só estava no lugar errado à hora errado. Um erro promovido pelo desespero de perder a eleição presidencial com Soares Carneiro, para Ramalho Eanes.
Este atentato, perpetrado contra Adelino Amaro da Costa, foi o suficiente para fazer de Sá Carneiro um mito. Um mito que poderia e deveria de ser construído à volta de Amaro da Costa, o real alvo. Mas as conjunturas que atravessaram o CDS fez com que este pequeno partido tenha uma memória muito fraca em relação ao periodo A.P. (antes de Portas) e, como tal, a criação de um mito, ainda que atrasado em relação a Sá Carneiro, seria impensável. Há memórias que ficam melhores enterradas nos escombros.
Adelino Amaro da Costa

Assim, foi bastante fácil ao PSD ocupar esse espaço, com a força de um Primeiro-Ministro morto. Um PSD que nada tem a ver, desde 1985, com o PSD de Sá Carneiro. Desde Cavaco Silva que o PSD nada tem a ver com o PSD que Sá Carneiro estava a criar e a imaginar para o futuro. Será precisamente essa a razão de toda a mitologia Sá Carneirista passar exclusivamente pelo atentado (pouco importando se o real significado esteja enterrado nos mesmos escombros da memória de Amaro da Costa) e nunca pelo seu pensamento político.

Como esta mitologia está a esgotar o espaço mediático e como as lamúrias para reaberturas de comissões parlamentares já só têm direito a 15 minutos de fama, os institutos Francisco Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa, em conjunto, decidiram atacar um novo nicho de mercado: o chamado mercado "What If". What if they were still alive? Um mercado especulativo mas que permite que se continue a discutir a figura permitindo assim aos actuais e futuros dirigentes escupir à sua bela vontade o que teria sido o pensamento político de Sá Carneiro. Assim não há como falhar. Todos serão os naturais herdadeiros do seu desaparecido Líder. O único realmente esquecido, não em figura mas sim no seu pensamento, será o próprio.

Homenagemos então a figura, que o pensamento está a ser novamente assassinado.

* este título é uma frase que um professor de História (Prof. Júlio) tinha por hábito dizer quando nós, numa qualquer aula, lhe perguntávamos "s'tôr! E se...?"

sábado, dezembro 04, 2010

Se fossemos demagógicos

Diríamos que a greve dos controladores de voo em Espanha tinha dado mais um argumento aos defensores do TGV. Afinal, havendo TGV entre Lisboa e Madrid, integrado numa rede europeia, as greves de sectores ligados à aviação teriam menos impacto, e haveriam outra forma rápida de chegar a Espanha e ao resto da Europa.

Mas nós não somos demagógicos...

sexta-feira, dezembro 03, 2010

Portugal é um país muito pequeno

Estando a ver o Expresso da Meia-Noite na Sic Notícias, sobre o aniversário da morte de Sá Carneiro e Adelino Amaro da Costa, soube duas coisas que ignorava por completo:

Maria Rosário Carneiro, sim a actual deputada independente eleita nas listas do PS, era irmã de Adelino Amaro da Costa.

António Capucho, actual presidente da Câmara de Cascais, foi primo de António Patrícío Gouveia, chefe de gabinete de Sá Carneiro e também vitimado em Camarate, que era irmão de Teresa Patrício Gouveia. ex-ministra de Cavaco Silva.

Realmente Portugal é um país muito pequeno, e a sua elite política ainda mais.

quinta-feira, dezembro 02, 2010

Sobre a prestação de Assis como líder parlamentar do PS

Estou curioso em saber como um "cão de fila", que se limita a seguir as ordens do dono, e diz quem presencia as reuniões do grupo parlamentar, usando alguns argumentos completamente estapafúrdios, pode ambicionar a ser líder do PS.

Enfim, se à segunda grande polémica já está a ameaçar com a sua demissāo, não sei se chegará ao fim da legislatura.

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