Depois do circo mediático de ontem, em relação ao caso Casa Pia, ficámos a saber que sete dos réus foram considerados culpados em vários dos crimes de que eram acusados. De todo este circo, este e o anúncio dos recursos por parte dos condenados são os factos objectivos a retirar. Tudo o resto foi circo.
Entretanto houve, como também é comum nestes casos, programas de análise e opinião sobre o assunto. Assisti , quicá com uma pitada de masoquismo, ao programa da SIC Notícias, com Mário Crespo como moderador, Felícia Cabrita, Pedro Namora, Adelino Granja e o professor Américo Henriques. Neste programa, ficou claro quem tem uma agenda política no caso e quem "está" no caso pela juistiça que, diga-se, deve ser desejada.
Como sempre, Pedro Namora e Felícia Cabrita insistem no ataque ao Partido Socialista. Falam no PS de forma genérica e usam Paulo Pedroso, a quem atacam de uma forma particular, para perseguirem os seus intentos políticos. Namora chega mesmo a perguntar se estas testemunhas são agora credíveis porque não o foram quando Paulo Pedroso foi considerado inocente e ganhou o processo ao estado, perante a inércia de um dos maiores embustes como jornalista/apresentador/moderador deste "debate". E digo inércia porque, tendo Pedro Namora entrado por este caminho, pôs-se a jeito para que lhe perguntassem se estas vítimas, ontem reconhecidas como credíveis como tal naqueles processos pelo tribunal, foram credíveis quando envolveram o nome de Herman José indicando datas de quando este estava no Brasil ao serviço da casa onde Pedro Namora debitava o seu ódio ao PS. Mas claro que pode-se sempre contar com a inércia de Mário Crespo, quando esta convém.
No entanto, e mesmo após este circo mediático de ontem (mais um), continuo sem perceber uma coisa: com tantos casos e anos de abuso, agora comprovados nestes casos, nunca, mas mesmo nunca, houve raparigas vitímas de pedófilia? Foram sempre rapazes as vitímas?
É que me custa a crer que este caso, em toda a sua amplitude, seja exclusivamente de pedofilia homossexual. Mas é esta que somente esteve em julgamento, estando agora em recurso.
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