O Partido Socialista decidiu apoiar a candidatura de Manuel Alegre a Presidente da República. Preferiu apoiar o camarada de sempre em detrimento da candidatura de Fernando Nobre, também um candidato com provas dadas na sociedade civil e pelas causa humanitárias. Dois bons candidatos que irão dividirem a esquerda e o centro esquerda.
Para a esquerda centrista as próximas eleições presidenciais serão deveras importantes porque senão vejamos: se ganhar o candidato do Centro Direita e se o PSD apresentar as previstas moções de censura ao governo, caso tenhamos eleições antecipadas e caso o PSD as ganhe já com o candidato de Centro Direita no poder presidencial, teremos uma bipolarização de poder executivo e presidencial à direita, ou melhor às direitas.
O PS perde pontos na opinião pública, a esta altura, coisa normalmente vista quando se tomam medidas tão duras (embora necessárias) como as que contém o Plano de estabilidade e crescimento económico (PEC). Será por isso necessário um grande enfoque nas próximas eleições presidenciais por parte do PS e que sejam vistas como de menor importância por ainda o PS ser poder e Cavaco Silva ser quem é.
O insignificante poderá tornar-se estrategicamente importante se medirmos todos os cenários possíveis.
Suponhamos agora que em plena recessão económica, em plena crise de paradigma tenhamos um Governo PSD e um Presidente da República de centro direita. Suponhamos que um dia acordamos e a realidade é essa.
4 comentários:
Com essa "vontade" em apoiar Manuel Alegre é natural que o cenário seja esse.
Existiam dois bons candidatos possíveis. O PS escolheu um dos bons. Conhece a máxima -antes por excesso que por defeito- é que de facto os candidatos do centro esquerda erma ambos muito bons.
Permita-me os receios de uma bipolarização de poder à direita.
A vontade em apoiar Manuel Alegre é nesta altura entusiasta no PS e é inquestionável, para qualquer leitor.
Uma decisão demorada é sempre uma decisão ponderada e por isso com menores probabilidades de erro.
Dois bons candidatos? quem é o outro?
Eu apoio Manuel Alegre, com prazer. Fi-lo em 2006, faço-o agora. Quero ver um homem de Cultura e com cultura de esquerda a representar Portugal.
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