And the dreamers? Ah, the dreamers! They were and they are the true realists, we owe them the best ideas and the foundations of modern Europe(...). The first President of that Commission, Walter Hallstein, a German, said: "The abolition of the nation is the European idea!" - a phrase that dare today's President of the Commission, nor the current German Chancellor would speak out. And yet: this is the truth. Ulrike Guérot & Robert Menasse
quarta-feira, setembro 30, 2009
Lisboa e as suas freguesias. Uma candidatura.
Escreve Sandro Pires, no Facebook, sobre a candidatura à freguesia de São Mamede em Lisboa:
"Lista de luxo...candidata a uma Freguesia de Lisboa...começando pela Presidente Luísa Boléo, passando pela minha amiga Vera Santana e finalizando com nomes de peso e incontornáveis em Lisboa como Eva Israel, César Costa Gomes, Ruth Arons, Irene Pimentel e José Medeiros Ferreira."
Nota: é um luxo, para mim, ter o Sandro como amigo.
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José Medeiros Ferreira,
Luísa Viana Paiva Boléo,
Mudemos aqui e agora. Vera Santana,
Ruth Arons,
Sandro Pires
terça-feira, setembro 29, 2009
E se a declaração do Presidente for...
Para dizer que não vai convidar o Partido Socialista a formar governo? Que a Esquerda não se consegue entender e que um governo PSD-CDS/PP tem maiores possibilidades de estabilidade do que um governo PS?
Anda tudo a pensar nas escutas, mas as eleições foram no domingo e cabe ao Presidente convidar um partido a formar governo.
segunda-feira, setembro 28, 2009
? Qual é o orgão de comunicação social . . .
que, em língua portuguesa, irá dar voz a isto:
PARTIDO SOCIALISTA PORTUGUÊS first winner of the PACE Gender Equality Prize, Strasbourg, 08.09.2009
The Committee on Equal Opportunities of the Parliamentary Assembly of the Council of Europe (PACE) today designated the three winners of the PACE Gender Equality Prize. The first winner is the PARTIDO SOCIALISTA PORTUGUÊS followed by the British Labour Party and Swedish left-wing party Vänsterpartiet.
All three winners were rewarded for the steps they had taken to significantly improve women’s participation in their parties or in the elected assemblies of their respective countries.
The jury, comprising Lena Hjelm-Wallén (Chair, Sweden), Leena Linnainmaa (Finland) and Dubravka Šimonović (Croatia), had shortlisted six candidates. Lluís Maria de Puig, PACE President, will present the Equality Prize on 30 September 2009 at a ceremony to be held during the autumn session of the Assembly (28 September-2October).
PARTIDO SOCIALISTA PORTUGUÊS first winner of the PACE Gender Equality Prize, Strasbourg, 08.09.2009
The Committee on Equal Opportunities of the Parliamentary Assembly of the Council of Europe (PACE) today designated the three winners of the PACE Gender Equality Prize. The first winner is the PARTIDO SOCIALISTA PORTUGUÊS followed by the British Labour Party and Swedish left-wing party Vänsterpartiet.
All three winners were rewarded for the steps they had taken to significantly improve women’s participation in their parties or in the elected assemblies of their respective countries.
The jury, comprising Lena Hjelm-Wallén (Chair, Sweden), Leena Linnainmaa (Finland) and Dubravka Šimonović (Croatia), had shortlisted six candidates. Lluís Maria de Puig, PACE President, will present the Equality Prize on 30 September 2009 at a ceremony to be held during the autumn session of the Assembly (28 September-2October).
O Governo de maioria Relativa...
Já ouvi muita coisa hoje... Mas a mais ridícula é a de se pensar que este será um governo a 2 anos...
Manuela Ferreira Leite diz não se demitir... Faz com que o voto dado nas urnas a ela e ao PSD seja respeitado... A ver vamos no que dará esta presença na Assembleia da Republica.
Mas o facto que me transparece, isto depois de ter abordado o tema com alguns amigos Sociais Democratas, é que todos estes, numa quase crença nacional, alegam ser este um governo de 2 anos...
O PSD perdeu as eleições. Perderam-nas bem... A comunicação Social, e isto mais uma vez, não todos, alguns, optam pelo cenário de ter sido o PS a perder os deputados. Passou de 121 (Se não me engano) para cerca de 96 deputados. Mas alguém que partia com uma derrota nas Europeias, e que há um mês atrás estava atrás nas sondagens em relação ao PSD, eu que nem sequer sou analista politico, tenho a convicção de que o PS GANHOU...
Fala-se em coligações com o CDS, porque só este poderá dar a tal maioria no parlamento, mas eu espero que Sócrates e a equipa a ser escolhida, possa ultrapassar o papão de negociações pontuais com quem, afinal de contas tem mais em comum... A ESQUERDA...
Veremos o que acontece...
domingo, setembro 27, 2009
Governo a 2 anos?
Se se mantiverem as projecções de voto, a maioria do PS é relativa. Se se mantiverem as projecções de voto a Direita perdeu estas eleições,a Esquerda ganhou, claramente. Todos percebem a importância das políticas sociais e reconhecem a boa preparação do Governo para responder à crise internacional.
Resta agora conhecer as condições em que o nosso sistema legislativo permitirá a governação em quadro económico tão peculiar. Vamos conhecer a maturidade da oposição para se sacrificar em benefício do interesse público e o pulso negocial do Governo dependente de 3ºs em questões tão significativas quanto o Orçamento de Estado e as reformas estruturais que permitirão acompanhar o mundo global, a resposta à crise do G20.
Muitos apontam para um quadro governativo de 2 anos...
Estamos perante um grande desafio democrático, complexo, tanto quanto os tempos que correm.
sábado, setembro 26, 2009
IGUALDADE DE GÉNERO (II).
..............................first winner of the PACE Gender Equality Prize, Strasbourg, 08.09.2009
The Committee on Equal Opportunities of the Parliamentary Assembly of the Council of Europe (PACE) today designated the three winners of the PACE Gender Equality Prize. The first winner is the ..............................., followed by the British Labour Party and Swedish left-wing party Vänsterpartiet.
All three winners were rewarded for the steps they had taken to significantly improve women’s participation in their parties or in the elected assemblies of their respective countries.
The jury, comprising Lena Hjelm-Wallén (Chair, Sweden), Leena Linnainmaa (Finland) and Dubravka Šimonović (Croatia), had shortlisted six candidates. Lluís Maria de Puig, PACE President, will present the Equality Prize on 30 September 2009 at a ceremony to be held during the autumn session of the Assembly (28 September-2 October).
DUAS NOTAS DE PÉ DE PÁGINA:
1. Em que órgão(s) de comunicação social português foi publicado este prémio - Gender Equality Prize - e/ou a sua atribuição, acontecida esta no dia 8 de Setembro presente?
2. Que orgão de comunicação social português irá publicar a entrega deste prémio - Gender Equality Prize - aos vencedores, entrega que terá lugar na Sessão de Outono da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa (28 Setembro / 2 de Outubro)?
IGUALDADE DE GÉNERO (I)
Gender Equality Prize to encourage parity in politics
The PACE Gender Equality Prize will be awarded every five years in recognition of completed or current action, schemes or initiatives by political parties that have significantly improved in women’s participation in elected assemblies, political parties and their respective executives. Women still only account for less than 20% of members of parliament in nearly half of the 47 Council of Europe member countries.
For more information on the Prize and the jury, please go to:
http://assembly.coe.int/Communication/Campaign/EqualityPrize/default
quinta-feira, setembro 24, 2009
SER SOCIALISTA É COLOCAR O INTERESSE COLECTIVO À FRENTE DOS INTERESSES PARTICULARES
Que futuro?
(post publicado por mim no Loja de Ideias no dia 13 de Maio 2008; republico-o, hoje, revisto, por me parecer importante reflectir olhando os ensinamentos dos Grandes Mestres)
O meu Mestre Vitorino Magalhães Godinho (aos Mestres basta-lhes o nome e o apelido, maiores que os títulos académicos ou outros) foi entrevistado pela Antena 2 no decurso de uma série de entrevistas decorridas em Maio de 2008.
Sempre defensor de um ideário democrático e socialista, Vitorino Magalhães Godinho tem uma visão profunda da Realidade Portuguesa. Considera-se socialista por "colocar o interesse colectivo à frente dos interesses particulares", o que sempre fez.
Aqui deixo - soltas - algumas ideias equacionadas pelo Mestre. Corro o perigo de as desvirtuar, pois quem conta um conto acrescenta um ponto, mais não seja por ser aprendiza do Mestre, por ter o meu próprio ponto de vista e por utilizar a minha linguagem e as minhas leituras do mundo.
1. é fundamental ter uma perspectiva diacrónica para entender a actualidade;
2. a era do capitalismo, tal como foi definida por Marx, já não existe; porque acabou o valor "trabalho" e porque acabaram as "empresas";
3. as empresas estão a ser substituídas por poderosas redes detentoras de uma fatia de recursos que abarca praticamente a totalidade do bolo disponível no planeta;
4. a estratificação social em pirâmide - até aqui uma realidade, mesmo que concretizada em pirâmides de diversas formas, mais achatadas ou mais afiladas - está a ser substituída por uma estratificação em dois únicos estratos sociais: um minoritário (mais minoritário do que alguma vez fora?) constituído pelas poderosas redes acima designadas, outro, amplamente maioritário constituído pelas restantes pessoas (todos nós que somos trabalhadores p.c.p ou p.c.o, pequenos empresários, talvez mesmo médios empresários e, também, os desempregados, os intermitentes, os precários, os "sem abrigo", etc ...);
5. a precariedade é um insulto à dignidade humana;
6. a precariedade leva ao desemprego; este faz diminuir o poder de compra;
7. coloca-se, por conseguinte, a questão do escoamento de bens e serviços, até aqui inexistente porque sustentada por uma classe média (como muito bem foi percebido pelo capitalismo do século passado que, por isso, passou a melhor remunerar os trabalhadores; estou a lembrar-me, por exemplo, do fordismo);
8. as redes detentoras do grande bolo planetário constituído por todos os recursos estão interligadas e determinam a vida económica de tal modo que, se um senhor do mundo financeiro fizer uma afirmação, as consequências são imprevisíveis e de grande magnitude (sim, magnitude como os terramotos);
9. o ponto anterior aponta para a possibilidade da aplicação da teoria do caos (Edward Lorenz, MIT) ao campo económico;
10. a estratificação sócio-económica (em curso) em dois blocos dificulta o exercício da democracia.
(post publicado por mim no Loja de Ideias no dia 13 de Maio 2008; republico-o, hoje, revisto, por me parecer importante reflectir olhando os ensinamentos dos Grandes Mestres)
O meu Mestre Vitorino Magalhães Godinho (aos Mestres basta-lhes o nome e o apelido, maiores que os títulos académicos ou outros) foi entrevistado pela Antena 2 no decurso de uma série de entrevistas decorridas em Maio de 2008.
Sempre defensor de um ideário democrático e socialista, Vitorino Magalhães Godinho tem uma visão profunda da Realidade Portuguesa. Considera-se socialista por "colocar o interesse colectivo à frente dos interesses particulares", o que sempre fez.
Aqui deixo - soltas - algumas ideias equacionadas pelo Mestre. Corro o perigo de as desvirtuar, pois quem conta um conto acrescenta um ponto, mais não seja por ser aprendiza do Mestre, por ter o meu próprio ponto de vista e por utilizar a minha linguagem e as minhas leituras do mundo.
1. é fundamental ter uma perspectiva diacrónica para entender a actualidade;
2. a era do capitalismo, tal como foi definida por Marx, já não existe; porque acabou o valor "trabalho" e porque acabaram as "empresas";
3. as empresas estão a ser substituídas por poderosas redes detentoras de uma fatia de recursos que abarca praticamente a totalidade do bolo disponível no planeta;
4. a estratificação social em pirâmide - até aqui uma realidade, mesmo que concretizada em pirâmides de diversas formas, mais achatadas ou mais afiladas - está a ser substituída por uma estratificação em dois únicos estratos sociais: um minoritário (mais minoritário do que alguma vez fora?) constituído pelas poderosas redes acima designadas, outro, amplamente maioritário constituído pelas restantes pessoas (todos nós que somos trabalhadores p.c.p ou p.c.o, pequenos empresários, talvez mesmo médios empresários e, também, os desempregados, os intermitentes, os precários, os "sem abrigo", etc ...);
5. a precariedade é um insulto à dignidade humana;
6. a precariedade leva ao desemprego; este faz diminuir o poder de compra;
7. coloca-se, por conseguinte, a questão do escoamento de bens e serviços, até aqui inexistente porque sustentada por uma classe média (como muito bem foi percebido pelo capitalismo do século passado que, por isso, passou a melhor remunerar os trabalhadores; estou a lembrar-me, por exemplo, do fordismo);
8. as redes detentoras do grande bolo planetário constituído por todos os recursos estão interligadas e determinam a vida económica de tal modo que, se um senhor do mundo financeiro fizer uma afirmação, as consequências são imprevisíveis e de grande magnitude (sim, magnitude como os terramotos);
9. o ponto anterior aponta para a possibilidade da aplicação da teoria do caos (Edward Lorenz, MIT) ao campo económico;
10. a estratificação sócio-económica (em curso) em dois blocos dificulta o exercício da democracia.
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sexta-feira, setembro 18, 2009
Quando o progressismo ibérico é atraente (ou segundo outros, sexy)
Queríamos escrever este post mais para a próxima semana, quando começarmos a receber activistas de toda a Europa, mas como a Sábado de ontem deu destaque ao assunto, decidimos antecipar a nossa comunicação. Em causa o convite, por parte dos activistas portugueses do Partido Socialista Europeu (PES activists Portugal), a militantes de outros partidos socialistas, sociais-democratas e trabalhistas do espaço Europeu. Assim, neste post exponho, resumidamente, o que são os PES activists; qual o historial do PES activists Portugal e que iniciativa é esta que estamos a organizar.
O intercâmbio eleitoral organizado pelo PES activists Portugal
O Partido Socialista é – hoje – um partido inserido no espaço europeu. Faz parte do Partido Socialista Europeu [PES – Party of the European Socialists] que é, de longe, o mais bem organizado e estruturado partido político que actua na esfera política europeia.
Em 2006, no Congresso do PES, foi lançada uma nova e inédita iniciativa: os activistas do PES (PES activists), dinâmica que procurava potenciar as relações entre os mais de 2 milhões de militantes socialistas, sociais-democratas e trabalhistas que tem militância activa por essa Europa fora. Depois do Porto, os activistas começaram a organizar-se. Em alguns países decidiu-se por estruturas formais, noutros por núcleos informais. Há países com onde os activistas se organizaram nacionalmente, outros onde foram potenciados os grupos locais. Há de tudo, como se pode perceber.
A história dos PES activists em Portugal é construída de avanços e recuos. Decidido desde o dia 1 a ter uma denominação nacional (daí PES activists Portugal), rapidamente desenvolvemos um trabalho que apostou na qualidade dos nossos conteúdos e no alargar da nossa rede nacional e da nossa influência (no universo do PES e no mundo dos activistas). Entre outras iniciativas, promovemos uma série de debates sobre assuntos europeus (de onde destacamos uma importante conferência sobre o «childcare»), associamo-nos a diversas iniciativas do Partido Socialista (nomeadamente Universidades de Verão de várias Federações) e divulgámos o nosso trabalho em diversos Congressos Partidários (nacionais e federativos). Aproveitámos ainda para estabelecermos uma relação privilegiada com a Delegação Portuguesa no Parlamento Europeu, bem como com o Departamento de Relações Internacionais do PS.
Mas o nosso trabalho e contributo de maior folgo foi, sem dúvida, a construção das propostas apresentadas pelo PS para o Manifesto comum que o Partido Socialista Europeu colocou a votos na recente eleição europeia. Nesta iniciativa trabalhámos com as diversas estruturas do PS (Delegação Portuguesa no Parlamento Europeu, Juventude Socialista, Departamento Nacional das Mulheres Socialistas, diversas Federações do PS, Grupo Parlamentar do PS na Assembleia da República), com a sociedade civil (diversas associações e sindicatos) e ainda com a sociedade académica (junto de diversas Universidades). No total recolhemos mais de 70 propostas, de Ministros a Deputados, de Militantes anónimos a dirigentes nacionais, de académicos a sindicalistas, de Eurodeputados a assistentes e assessores. Foi um processo muito participado (que pode ser consultado aqui), cujo produto foi este. Deste paper saíram algumas das propostas que o PES apresentou aos europeus, no passado mês de Junho.
Este é algum do nosso historial, onde não realçamos a nossa presença activa em diversos encontros promovidos pelo PES, como no Congresso do Porto, nos Conselhos de Sofia e de Madrid, nos Fórum dos activistas de Viena e de Dublin e outras reuniões e encontros.
Entretanto, os nossos colegas europeus (amigos, companheiros e camaradas) foram desenvolvendo uma série de encontros de natureza eleitoral, para os quais eram convidados activistas com o propósito directo de auxiliarem em acções de campanha. Estas «campaign Exchanges», ou intercâmbios eleitorais, são hoje um clássico no mundo dos activistas do PES. Já estivemos no porta-a-porta em Dublin, aquando da última eleição geral na Irlanda; em Paris a auxiliar a eleição presidencial de Segolene Royal, na Roménia a auxiliar o PSD (local), em Espanha a garantir o segundo mandato de Zapatero, e um pouco por toda a Europa aquando das eleições de Junho.
Foram vários os activistas portugueses que já se envolveram nestes intercâmbios, e agora é a vez de retribuirmos o convite. E para o efeito lançámos um convite aos nossos amigos europeus que, mesmo com tão pouco tempo de decisão, responderam em massa. Recebemos mais de 60 respostas (individuais e de diversos grupos) e seleccionámos quase 30 activistas. A selecção obedeceu a critérios geográficos, de género e à prática de «first came first served», que é como quem diz «os primeiros e inscreverem-se tem lugar». Assim, e a partir da próxima segunda-feira, vão começar a chegar a Lisboa alemães, romenos, húngaros, bósnios, espanhóis, belgas, polacos, austríacos e gregos. Vêem a Portugal para contribuir para que o nosso governo progressista continue o seu bom trabalho. Sabem que a Península Ibérica é, hoje, uma referência da social-democracia europeia, com a dupla Sócrates - Zapatero a somar pontos em todas as frentes, em especial as sociais, e querem participar activamente na defesa das nossas ideias e ideais.
Esta iniciativa, inédita na vida política portuguesa, coloca o PS na vanguarda política europeia; relembra que a União Europeia é uma realidade e que já não faz sentido olharmos para a política apenas como um espaço de acção nacional (como alguns querem ainda fazer crer). Hoje, com 20 anos de integração europeia, sabemos que grande parte das decisões que nos afectam são tomadas em Bruxelas, o tempo dos isolacionismos acabou. E é com muito gosto, e algum prazer, que verificamos que tantos cidadãos e cidadãs dessa Europa fora querem vir a Portugal para connosco lutar pelo nosso futuro.
Eu irei coordenar esta iniciativa, que como disse começará na próxima segunda-feira. E em breve vos daremos mais detalhes.
O intercâmbio eleitoral organizado pelo PES activists Portugal
O Partido Socialista é – hoje – um partido inserido no espaço europeu. Faz parte do Partido Socialista Europeu [PES – Party of the European Socialists] que é, de longe, o mais bem organizado e estruturado partido político que actua na esfera política europeia.
Em 2006, no Congresso do PES, foi lançada uma nova e inédita iniciativa: os activistas do PES (PES activists), dinâmica que procurava potenciar as relações entre os mais de 2 milhões de militantes socialistas, sociais-democratas e trabalhistas que tem militância activa por essa Europa fora. Depois do Porto, os activistas começaram a organizar-se. Em alguns países decidiu-se por estruturas formais, noutros por núcleos informais. Há países com onde os activistas se organizaram nacionalmente, outros onde foram potenciados os grupos locais. Há de tudo, como se pode perceber.
A história dos PES activists em Portugal é construída de avanços e recuos. Decidido desde o dia 1 a ter uma denominação nacional (daí PES activists Portugal), rapidamente desenvolvemos um trabalho que apostou na qualidade dos nossos conteúdos e no alargar da nossa rede nacional e da nossa influência (no universo do PES e no mundo dos activistas). Entre outras iniciativas, promovemos uma série de debates sobre assuntos europeus (de onde destacamos uma importante conferência sobre o «childcare»), associamo-nos a diversas iniciativas do Partido Socialista (nomeadamente Universidades de Verão de várias Federações) e divulgámos o nosso trabalho em diversos Congressos Partidários (nacionais e federativos). Aproveitámos ainda para estabelecermos uma relação privilegiada com a Delegação Portuguesa no Parlamento Europeu, bem como com o Departamento de Relações Internacionais do PS.
Mas o nosso trabalho e contributo de maior folgo foi, sem dúvida, a construção das propostas apresentadas pelo PS para o Manifesto comum que o Partido Socialista Europeu colocou a votos na recente eleição europeia. Nesta iniciativa trabalhámos com as diversas estruturas do PS (Delegação Portuguesa no Parlamento Europeu, Juventude Socialista, Departamento Nacional das Mulheres Socialistas, diversas Federações do PS, Grupo Parlamentar do PS na Assembleia da República), com a sociedade civil (diversas associações e sindicatos) e ainda com a sociedade académica (junto de diversas Universidades). No total recolhemos mais de 70 propostas, de Ministros a Deputados, de Militantes anónimos a dirigentes nacionais, de académicos a sindicalistas, de Eurodeputados a assistentes e assessores. Foi um processo muito participado (que pode ser consultado aqui), cujo produto foi este. Deste paper saíram algumas das propostas que o PES apresentou aos europeus, no passado mês de Junho.
Este é algum do nosso historial, onde não realçamos a nossa presença activa em diversos encontros promovidos pelo PES, como no Congresso do Porto, nos Conselhos de Sofia e de Madrid, nos Fórum dos activistas de Viena e de Dublin e outras reuniões e encontros.
Entretanto, os nossos colegas europeus (amigos, companheiros e camaradas) foram desenvolvendo uma série de encontros de natureza eleitoral, para os quais eram convidados activistas com o propósito directo de auxiliarem em acções de campanha. Estas «campaign Exchanges», ou intercâmbios eleitorais, são hoje um clássico no mundo dos activistas do PES. Já estivemos no porta-a-porta em Dublin, aquando da última eleição geral na Irlanda; em Paris a auxiliar a eleição presidencial de Segolene Royal, na Roménia a auxiliar o PSD (local), em Espanha a garantir o segundo mandato de Zapatero, e um pouco por toda a Europa aquando das eleições de Junho.
Foram vários os activistas portugueses que já se envolveram nestes intercâmbios, e agora é a vez de retribuirmos o convite. E para o efeito lançámos um convite aos nossos amigos europeus que, mesmo com tão pouco tempo de decisão, responderam em massa. Recebemos mais de 60 respostas (individuais e de diversos grupos) e seleccionámos quase 30 activistas. A selecção obedeceu a critérios geográficos, de género e à prática de «first came first served», que é como quem diz «os primeiros e inscreverem-se tem lugar». Assim, e a partir da próxima segunda-feira, vão começar a chegar a Lisboa alemães, romenos, húngaros, bósnios, espanhóis, belgas, polacos, austríacos e gregos. Vêem a Portugal para contribuir para que o nosso governo progressista continue o seu bom trabalho. Sabem que a Península Ibérica é, hoje, uma referência da social-democracia europeia, com a dupla Sócrates - Zapatero a somar pontos em todas as frentes, em especial as sociais, e querem participar activamente na defesa das nossas ideias e ideais.
Esta iniciativa, inédita na vida política portuguesa, coloca o PS na vanguarda política europeia; relembra que a União Europeia é uma realidade e que já não faz sentido olharmos para a política apenas como um espaço de acção nacional (como alguns querem ainda fazer crer). Hoje, com 20 anos de integração europeia, sabemos que grande parte das decisões que nos afectam são tomadas em Bruxelas, o tempo dos isolacionismos acabou. E é com muito gosto, e algum prazer, que verificamos que tantos cidadãos e cidadãs dessa Europa fora querem vir a Portugal para connosco lutar pelo nosso futuro.
Eu irei coordenar esta iniciativa, que como disse começará na próxima segunda-feira. E em breve vos daremos mais detalhes.
quarta-feira, setembro 16, 2009
Geração Activa
COMENTÁRIO DEIXADO HOJE NO LOJA DE IDEIAS, NUM POST ANTIGO
Geração Activa disse...
Excelentes ideias! Exactamente o que Portugal precisa. Ideias e de gente que as tenha. Muitas e boas. Partilhem as vossas connosco e acompanhem muitas outras no espaço www.twitter.com/geracaoactiva.
Parabéns! Esperamos por vós.
#Geração Activa.
Geração Activa disse...
Excelentes ideias! Exactamente o que Portugal precisa. Ideias e de gente que as tenha. Muitas e boas. Partilhem as vossas connosco e acompanhem muitas outras no espaço www.twitter.com/geracaoactiva.
Parabéns! Esperamos por vós.
#Geração Activa.
terça-feira, setembro 15, 2009
segunda-feira, setembro 14, 2009
sábado, setembro 12, 2009
Frase roubada a "OBVIOUS" roubado ao que é (?) óbvio
Frase roubada a "OBVIOUS" roubada a Shaw
Etiquetas:
bernard shaw,
frase roubada,
obvious
sexta-feira, setembro 11, 2009
9/11 - Oito anos
quarta-feira, setembro 09, 2009
Debate Portas x Jerónimo. Apreciações soltas um par de dias depois
Foi um debate morno, entre opositores de campeonatos diferentes. Ambos jogavam para a manutenção dos seus eleitorados, entrando pouco em confronto (foi, aliás confrangedor assistir aos elogios de parte a parte em relação ao bom trabalho de ambos…).
No geral Portas esteve melhor. Procurou tirar proveito do protagonismo do caso- BPN (que levou o Nuno Melo a Bruxelas) – e onde aproveitou para atacar Constâncio -; e vender um pacote económico próximo do do PSD (ataque aos escalões do IRS e promessa de menos IRC). Ainda nas questões económicas, destaque para o alerta de Portas acerca do mau exemplo que o Estado dá a sector económico, por ser mau pagador (devia pagar juros quando se atrasa nos seus pagamentos).
Já Jerónimo saiu pouco das apreciações Macro-económicas e do discurso comunista, proferindo frequentes ataques aos grandes grupos económicos, ao «Grande Capital», etc. Ainda procurou apregoar uma nova politica económica é necessário uma nova política fiscal. Não disse foi quais… Apostou na questão da redistribuição da riqueza, velho cliché comunista. Jerónimo esteve bem no contra-ataque que proferiu na área da saúde quando referiu que os privados ficaram com o filet mignon da área da saúde, fugindo às áreas de maior «desgaste médico» e de pouca rentabilidade e apostando nas práticas de saúde mais rentáveis.
O debate teve alguma picardia na questão das nacionalizações. Aí Portas esteve melhor, defendendo a economia de mercado com o exemplo da competitividade do sector das operadoras móveis (que fez que, nos últimos anos, os preços das chamadas de telemóvel, dos SMS’s e outros produtos, baixassem o preço final para os consumidores). Já Jerónimo não conseguiu responder de forma eficaz.
Ambos estiveram bem no ataque ao Ministro da Agricultura, área onde aliás se elogiaram mutuamente (Portas disse mesmo que só o CDS e o PCP se preocupavam com a Agricultura). Aqui os piropos foram tantos que quase se esperava um abraço fraternal entre ambos os protagonistas, esquecendo-se que um deles defendia o Agricultor e o outro o Proprietário. Coisa sem importância quando a intenção de ambos era atacar o inimigo comum.
No fundo até foi um bom debate, sem esquemas ou subterfúgios, fluido e esclarecedor entre um comunista e uma melange de conservador, às vezes liberal, populista e com uma pitada democrata-cristão. Isto também foi possível por não partilharem eleitorado, o que diminuiu o interesse do confronto. A Diferença de estilos e de escola foi notória, Jerónimo colectivista utilizando a terceira pessoa («nós pensamos») e Portas individualista («eu penso»). Nas contas finais, no confronto directo, Portas foi mais forte. Procurou não só segurar o seu eleitorado como entrar no PSD; enquanto Jerónimo apenas procurou segurar o que já tem. Uma última nota para referir que – ao contrário do debate Louçã x Manuela Ferreira Leite – José Sócrates e o PS não foram o terceiro elemento do debate, com excepção do tema da Agricultura.
[em Stereo na Sábado, no Eleições 2009 e nos Canards Libertaires]
No geral Portas esteve melhor. Procurou tirar proveito do protagonismo do caso- BPN (que levou o Nuno Melo a Bruxelas) – e onde aproveitou para atacar Constâncio -; e vender um pacote económico próximo do do PSD (ataque aos escalões do IRS e promessa de menos IRC). Ainda nas questões económicas, destaque para o alerta de Portas acerca do mau exemplo que o Estado dá a sector económico, por ser mau pagador (devia pagar juros quando se atrasa nos seus pagamentos).
Já Jerónimo saiu pouco das apreciações Macro-económicas e do discurso comunista, proferindo frequentes ataques aos grandes grupos económicos, ao «Grande Capital», etc. Ainda procurou apregoar uma nova politica económica é necessário uma nova política fiscal. Não disse foi quais… Apostou na questão da redistribuição da riqueza, velho cliché comunista. Jerónimo esteve bem no contra-ataque que proferiu na área da saúde quando referiu que os privados ficaram com o filet mignon da área da saúde, fugindo às áreas de maior «desgaste médico» e de pouca rentabilidade e apostando nas práticas de saúde mais rentáveis.
O debate teve alguma picardia na questão das nacionalizações. Aí Portas esteve melhor, defendendo a economia de mercado com o exemplo da competitividade do sector das operadoras móveis (que fez que, nos últimos anos, os preços das chamadas de telemóvel, dos SMS’s e outros produtos, baixassem o preço final para os consumidores). Já Jerónimo não conseguiu responder de forma eficaz.
Ambos estiveram bem no ataque ao Ministro da Agricultura, área onde aliás se elogiaram mutuamente (Portas disse mesmo que só o CDS e o PCP se preocupavam com a Agricultura). Aqui os piropos foram tantos que quase se esperava um abraço fraternal entre ambos os protagonistas, esquecendo-se que um deles defendia o Agricultor e o outro o Proprietário. Coisa sem importância quando a intenção de ambos era atacar o inimigo comum.
No fundo até foi um bom debate, sem esquemas ou subterfúgios, fluido e esclarecedor entre um comunista e uma melange de conservador, às vezes liberal, populista e com uma pitada democrata-cristão. Isto também foi possível por não partilharem eleitorado, o que diminuiu o interesse do confronto. A Diferença de estilos e de escola foi notória, Jerónimo colectivista utilizando a terceira pessoa («nós pensamos») e Portas individualista («eu penso»). Nas contas finais, no confronto directo, Portas foi mais forte. Procurou não só segurar o seu eleitorado como entrar no PSD; enquanto Jerónimo apenas procurou segurar o que já tem. Uma última nota para referir que – ao contrário do debate Louçã x Manuela Ferreira Leite – José Sócrates e o PS não foram o terceiro elemento do debate, com excepção do tema da Agricultura.
[em Stereo na Sábado, no Eleições 2009 e nos Canards Libertaires]
terça-feira, setembro 08, 2009
Igualdade(s) em debate – Iniciativa do Movimento pela Igualdade
Porque a política ainda se faz deste tipo de combates:
O MPI - MOVIMENTO PELA IGUALDADE no acesso ao casamento civil é um movimento que junta milhares de cidadãos e cidadãs muito diferentes entre si mas unidos/as por uma mesma vontade: que o acesso ao casamento civil por parte de pessoas do mesmo sexo seja uma realidade legislativa em Portugal. Este movimento, lançado publicamente a 31 de Maio no Cinema São Jorge, conta hoje com quase 10.000 subscritores/as do seu manifesto fundador, entre os quais Alexandra Lencastre, António Avelãs, António Costa, António Marinho Pinto, Boaventura de Sousa Santos, Bruno Nogueira, Carlos Fiolhais, Catarina Furtado, Diogo Infante, Fátima Lopes, Fernando Rosas, Herman José, José Saramago, Julião Sarmento, Miguel Sousa Tavares, Maria de Fátima Bonifácio, Maria Rueff, Maria Velho da Costa, Merche Romero, Paulo Pires, Pedro Marques Lopes, Piet-Hein Bakker, Ricardo Araújo Pereira, Rui Rangel, Sérgio Godinho, Soraia Chaves, Teresa Beleza, Teresa Guilherme e Vasco Rato; bem como muitos cidadãos e cidadãs, activistas e outras personalidades.
Desde o seu lançamento, o MPI recolheu assinaturas através do seu portal online, em diversas acções junto das populações e organizou algumas iniciativas por todo o país. Agora organiza um debate denominado “Igualdade(s) em debate”, no dia 9 de Setembro, às 21h, no Hotel Íbis Saldanha. Este debate contará com a presença de representantes dos partidos políticos com assento parlamentar, sendo que os nomes neste momento confirmados são os de Miguel Vale de Almeida, candidato independente pelas listas do Partido Socialista, José Soeiro pelo Bloco de Esquerda, Odete Santos pelo Partido Comunista Português e Heloísa Apolónia pelos Verdes, estando ainda a aguardar uma resposta por parte do PSD e tendo sido informados/as que o CDS-PP não poderá estar presente. O debate será introduzido pela jornalista Ana Sousa Dias e o escritor José Luís Peixoto.
Gostaríamos de contar com a sua presença
Atenciosamente,
O Movimento pela Igualdade
O MPI - MOVIMENTO PELA IGUALDADE no acesso ao casamento civil é um movimento que junta milhares de cidadãos e cidadãs muito diferentes entre si mas unidos/as por uma mesma vontade: que o acesso ao casamento civil por parte de pessoas do mesmo sexo seja uma realidade legislativa em Portugal. Este movimento, lançado publicamente a 31 de Maio no Cinema São Jorge, conta hoje com quase 10.000 subscritores/as do seu manifesto fundador, entre os quais Alexandra Lencastre, António Avelãs, António Costa, António Marinho Pinto, Boaventura de Sousa Santos, Bruno Nogueira, Carlos Fiolhais, Catarina Furtado, Diogo Infante, Fátima Lopes, Fernando Rosas, Herman José, José Saramago, Julião Sarmento, Miguel Sousa Tavares, Maria de Fátima Bonifácio, Maria Rueff, Maria Velho da Costa, Merche Romero, Paulo Pires, Pedro Marques Lopes, Piet-Hein Bakker, Ricardo Araújo Pereira, Rui Rangel, Sérgio Godinho, Soraia Chaves, Teresa Beleza, Teresa Guilherme e Vasco Rato; bem como muitos cidadãos e cidadãs, activistas e outras personalidades.
Desde o seu lançamento, o MPI recolheu assinaturas através do seu portal online, em diversas acções junto das populações e organizou algumas iniciativas por todo o país. Agora organiza um debate denominado “Igualdade(s) em debate”, no dia 9 de Setembro, às 21h, no Hotel Íbis Saldanha. Este debate contará com a presença de representantes dos partidos políticos com assento parlamentar, sendo que os nomes neste momento confirmados são os de Miguel Vale de Almeida, candidato independente pelas listas do Partido Socialista, José Soeiro pelo Bloco de Esquerda, Odete Santos pelo Partido Comunista Português e Heloísa Apolónia pelos Verdes, estando ainda a aguardar uma resposta por parte do PSD e tendo sido informados/as que o CDS-PP não poderá estar presente. O debate será introduzido pela jornalista Ana Sousa Dias e o escritor José Luís Peixoto.
Gostaríamos de contar com a sua presença
Atenciosamente,
O Movimento pela Igualdade
segunda-feira, setembro 07, 2009
Viajar pela música tradicional portuguesa
http://cvc.instituto-camoes.pt/conhecer/mapa-etno-musical.html
Trata-se de um mapeamento da música tradicional portuguesa. Com música "ao vivo".
Um trabalho iniciado, há décadas, por M. Giacometti e F. Lopes Graça e agora de certo modo continuado por Instituto Camões / Júlio Pereira. Oiçam!
Trata-se de um mapeamento da música tradicional portuguesa. Com música "ao vivo".
Um trabalho iniciado, há décadas, por M. Giacometti e F. Lopes Graça e agora de certo modo continuado por Instituto Camões / Júlio Pereira. Oiçam!
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música tradicional portuguesa
sexta-feira, setembro 04, 2009
Afinal foi hoje lançado o programa eleitoral do PSD.
O recente episódio da TVI -Manuela Moura Guedes tem contornos muito estranhos. Já toda a gente bem informada sabia em Julho de que a senhora pivot do Jornal de Sexta ia lançar algo sobre o Freeport justamente em Setembro, para cumprir com o calendário eleitoral. Já toda a gente sabia que a dita senhora (e companhia) ia lançar toda a lenha na fogueira para queimar José Sócrates, porque lhe apetecia (a ela e ao marido). E já toda a gente sabia que o PSD ia cavalgar atrás da agenda noticiosa criada pela jornalista da TVI. Coisas da Política de Verdade (lá diz o ditado popular que «quem não tem cão… »).
Claro que para a oposição dita «governamental» pouco interessava a validade e o teor dessa verdadeira campanha difamatória da ex-cantora / groupie dos anos 80; assim como pouco interessa qualquer ideia de proporcionar um debate eleitoral informado e civilizado em torno do que se pretende para o país. Para o PSD o que importa é dominar a agenda mediática, não com propostas ou ideias para Portugal, mas spinando insinuações, comentando boatos e fabricando fait divers. Disto já todos nos tínhamos apercebido.
A novidade da season não é, portanto, o conteúdo do discurso do PSD (que nunca houve), mas a forma do mesmo. Vale tudo para denegrir a imagem do Primeiro-ministro, mesmo recorrer à imbecilidade e ao ridículo e, quando todos os partidos políticos – sem excepção – pedem explicações à Prisa pelo sucedido, o PSD decide enveredar por uma estratégia de ataque pessoal infundado e insinuador, com contornos ridículos de falta de lucidez e percepção. Afinal, parece que foi hoje lançado o programa do PSD. E até é curtinho, como alguns pediam e resume-se a uma ideia: cavalgar a onda de fumaça que diariamente criam ou potenciam.
Reparem: num dia como o de hoje, com tanta insinuação, quando todos os partidos políticos exigem um esclarecimento cabal da entidade «promotora» do escândalo o que faz o PSD? Assume uma postura de Estado? Não? Assume e respeita a separação entre a esfera pública e a económica? Não. Prefere comparar o estado da nossa democracia actual – e da nossa liberdade de expressão – com o do PREC. Ninguém reparou que o que este senhor disse é uma barbaridade. Quase apetece lhe perguntar «onde é que estava no 25 de Abril?». É verdade que muito se opina sobre as férias que muitos senhores de outro regime tiraram entre 1974 e os anos 80 (tem havido muitas reportagens recentes sobre o assunto) e, sem querer acusar o senhor porta-voz do PSD de alguma adesivagem, estranho a falta de memória histórica de tão prestigiado e destacado elemento da corte laranja. Então não deve o país a liberdade conquistada após o 25 de Abril ao PS? Não é este Partido o principal responsável para que haja hoje liberdade de expressão em Portugal? Tem alguma ideia esse senhor do que é viver num regime sem liberdade de expressão? Decerto que não terá televisão, ou então não acompanha nenhum dos programas de debates que correm por essa TV fora… Adiante. Vive de fumaça este PSD.
Não fossem estas declarações suficientemente infames, logo veio o eurodeputado-emigrado-mas-que-afinal-não-sai-de-cá apelar ao um levantamento popular. Bem, se ao senhor do Porto lhe falta história, o novo delfim excede-se nas invocações colectivas e decide-se, vejam lá, apelar a uma nova Maria da Fonte… Vá lá, podia ter pedido a alguns amigos que se mudassem as bandeiras em todos os estádios de futebol… Claro que depois de gastas estas pérolas os senhores da laranja terão poucas munições para comentarem (em directo) a esperada e já quasi-anunciada e, dizem, acordada saída de José Manuel Fernandes do Público. Talvez uma intervenção da NATO em Portugal, deixo a sugestão. Mais fumaça não dá.
Agora novamente num tom mais sério. São, naturalmente inaceitáveis as declarações de destacados dirigentes do PSD. Espera-se muito mais de quem quer ser governo. E ainda mais preocupante é que comentam – com pouquíssima informação - assuntos do foro íntimo de uma empresa privada (não deviam esses senhores, como liberais novecentistas que apregoam ser, defender uma clara separação entre o foro político e o foro económico?). Afinal, para quem pretende defender o privado face ao público estranha-se o rápido comentário político sobre um assunto da competência exclusiva de uma empresa privada; mas enfim, com tanta fumaça decerto serão poucos os atentos a estas contradições contra-natura do discurso liberal do PSD - que deixam aliás bem claro quem é que se está a tentar aproveitar deste episódio, colocando inclusivamente no ar a ideia de uma concertação MMG-Freeport-PSD.
Claro que a questão fulcral em todo este affair – que nada tem a ver com a governação do país ou com as propostas para o governar no futuro - é então a de saber quais as razões que levaram a administração da TVI a tomar esta decisão a três semanas das eleições. Há ainda pouca informação disponível e, neste momento, todas as leituras são extemporâneas. Para o necessário esclarecimento deste caso, é exigível e urgente, que a administração da TVI esclareça publica e cabalmente quais os motivos que levaram a esta decisão. Entretanto, vão-se posicionando mais um par de bandarilheiros pelos lados da São Caetano à Lapa…
[também no Simplex]
Claro que para a oposição dita «governamental» pouco interessava a validade e o teor dessa verdadeira campanha difamatória da ex-cantora / groupie dos anos 80; assim como pouco interessa qualquer ideia de proporcionar um debate eleitoral informado e civilizado em torno do que se pretende para o país. Para o PSD o que importa é dominar a agenda mediática, não com propostas ou ideias para Portugal, mas spinando insinuações, comentando boatos e fabricando fait divers. Disto já todos nos tínhamos apercebido.
A novidade da season não é, portanto, o conteúdo do discurso do PSD (que nunca houve), mas a forma do mesmo. Vale tudo para denegrir a imagem do Primeiro-ministro, mesmo recorrer à imbecilidade e ao ridículo e, quando todos os partidos políticos – sem excepção – pedem explicações à Prisa pelo sucedido, o PSD decide enveredar por uma estratégia de ataque pessoal infundado e insinuador, com contornos ridículos de falta de lucidez e percepção. Afinal, parece que foi hoje lançado o programa do PSD. E até é curtinho, como alguns pediam e resume-se a uma ideia: cavalgar a onda de fumaça que diariamente criam ou potenciam.
Reparem: num dia como o de hoje, com tanta insinuação, quando todos os partidos políticos exigem um esclarecimento cabal da entidade «promotora» do escândalo o que faz o PSD? Assume uma postura de Estado? Não? Assume e respeita a separação entre a esfera pública e a económica? Não. Prefere comparar o estado da nossa democracia actual – e da nossa liberdade de expressão – com o do PREC. Ninguém reparou que o que este senhor disse é uma barbaridade. Quase apetece lhe perguntar «onde é que estava no 25 de Abril?». É verdade que muito se opina sobre as férias que muitos senhores de outro regime tiraram entre 1974 e os anos 80 (tem havido muitas reportagens recentes sobre o assunto) e, sem querer acusar o senhor porta-voz do PSD de alguma adesivagem, estranho a falta de memória histórica de tão prestigiado e destacado elemento da corte laranja. Então não deve o país a liberdade conquistada após o 25 de Abril ao PS? Não é este Partido o principal responsável para que haja hoje liberdade de expressão em Portugal? Tem alguma ideia esse senhor do que é viver num regime sem liberdade de expressão? Decerto que não terá televisão, ou então não acompanha nenhum dos programas de debates que correm por essa TV fora… Adiante. Vive de fumaça este PSD.
Não fossem estas declarações suficientemente infames, logo veio o eurodeputado-emigrado-mas-que-afinal-não-sai-de-cá apelar ao um levantamento popular. Bem, se ao senhor do Porto lhe falta história, o novo delfim excede-se nas invocações colectivas e decide-se, vejam lá, apelar a uma nova Maria da Fonte… Vá lá, podia ter pedido a alguns amigos que se mudassem as bandeiras em todos os estádios de futebol… Claro que depois de gastas estas pérolas os senhores da laranja terão poucas munições para comentarem (em directo) a esperada e já quasi-anunciada e, dizem, acordada saída de José Manuel Fernandes do Público. Talvez uma intervenção da NATO em Portugal, deixo a sugestão. Mais fumaça não dá.
Agora novamente num tom mais sério. São, naturalmente inaceitáveis as declarações de destacados dirigentes do PSD. Espera-se muito mais de quem quer ser governo. E ainda mais preocupante é que comentam – com pouquíssima informação - assuntos do foro íntimo de uma empresa privada (não deviam esses senhores, como liberais novecentistas que apregoam ser, defender uma clara separação entre o foro político e o foro económico?). Afinal, para quem pretende defender o privado face ao público estranha-se o rápido comentário político sobre um assunto da competência exclusiva de uma empresa privada; mas enfim, com tanta fumaça decerto serão poucos os atentos a estas contradições contra-natura do discurso liberal do PSD - que deixam aliás bem claro quem é que se está a tentar aproveitar deste episódio, colocando inclusivamente no ar a ideia de uma concertação MMG-Freeport-PSD.
Claro que a questão fulcral em todo este affair – que nada tem a ver com a governação do país ou com as propostas para o governar no futuro - é então a de saber quais as razões que levaram a administração da TVI a tomar esta decisão a três semanas das eleições. Há ainda pouca informação disponível e, neste momento, todas as leituras são extemporâneas. Para o necessário esclarecimento deste caso, é exigível e urgente, que a administração da TVI esclareça publica e cabalmente quais os motivos que levaram a esta decisão. Entretanto, vão-se posicionando mais um par de bandarilheiros pelos lados da São Caetano à Lapa…
[também no Simplex]
quarta-feira, setembro 02, 2009
Debates 09 - Sócrates x Portas
Começam hoje os debates televisivos entre os líderes dos principais partidos políticos portugueses (os que tem assento parlamentar). Para se fugir ao periodo eleitoral oficial (que imponha que todos os partidos concorrentes às eleições tivessem a mesma oportunidade de debater) construi-se este modelo-maratona que hoje começa com um nteressante Sócrates-Portas.
Para quem se interessar, estarei a comentar o debate no twitter (www.twitter.com/josereissantos) e no blog da Sábado (o da esquerda, claro).
terça-feira, setembro 01, 2009
As minhas questões a PSL (2 de 2)
Questão sobre ética:
A questão do recrutamento político é um dos meus temas de eleição nos debates contemporâneos da área da Ciência Política e, dentro deste, a questão da formação de listas e da selecção de candidatos a apresentar a eleições.
Sobre este assunto escrevi recentemente no Diário Económico um artigo intitulado «Da República» onde, entre outras reflexões, escrevi que «Na República ideal os políticos têm vergonha do mau candidato e os princípios suplantam o amiguismo e a partidarite. Na nossa República requentamos políticos gastos e tudo é aceite. Com toda a tranquilidade».
Como aprecia esta afirmação à luz da construção das listas do PSD para a Assembleia da República no Distrito de Lisboa e da selecção dos seus candidatos à AML e à CML? Que critérios teve na construção das suas listas? Qual foi o processo que utilizou? E, provocatoriamente, aceitava ter arguidos na sua equipa?
A questão do recrutamento político é um dos meus temas de eleição nos debates contemporâneos da área da Ciência Política e, dentro deste, a questão da formação de listas e da selecção de candidatos a apresentar a eleições.
Sobre este assunto escrevi recentemente no Diário Económico um artigo intitulado «Da República» onde, entre outras reflexões, escrevi que «Na República ideal os políticos têm vergonha do mau candidato e os princípios suplantam o amiguismo e a partidarite. Na nossa República requentamos políticos gastos e tudo é aceite. Com toda a tranquilidade».
Como aprecia esta afirmação à luz da construção das listas do PSD para a Assembleia da República no Distrito de Lisboa e da selecção dos seus candidatos à AML e à CML? Que critérios teve na construção das suas listas? Qual foi o processo que utilizou? E, provocatoriamente, aceitava ter arguidos na sua equipa?
As minhas questões a PSL (1 de 2)
Questão sobre Governabilidade da Câmara Municipal de Lisboa e da sua estrutura administrativa.
Gostava de lhe perguntar o que pensa da actual estrutura administrativa e institucional existente da Autarquia de Lisboa?
Tem-se falado, há muito, de uma reorganização administrativa e institucional da Cidade de Lisboa, o próprio António Costa tem promovido esse debate (assim como você, aliás). Que ideias tem para a sua reorganização?
Colocando a tónica na AML.
Que reflexão lhe suscita a AML? Devem a AML funcionar como um parlamento da cidade e ter, neste sentido, apenas elementos directamente eleitos? Ou deve manter a sua actual constituição híbrida com elementos directamente eleitos em listas e representantes das Freguesias? Que propostas tem para o papel da Assembleia Municipal, para a sua composição e para as suas competências?
Mais, neste meio-mandato foi experimentado uma coabitação entre uma AML de uma cor partidária e um executivo camarário de outra cor. Com resultados que podem ser considerados preocupantes, na medida em que a maioria PSD na AML assumiu – tacticamente – uma posição de autentica força de bloqueio. Que leitura faz desta situação?
Gostava de lhe perguntar o que pensa da actual estrutura administrativa e institucional existente da Autarquia de Lisboa?
Tem-se falado, há muito, de uma reorganização administrativa e institucional da Cidade de Lisboa, o próprio António Costa tem promovido esse debate (assim como você, aliás). Que ideias tem para a sua reorganização?
Colocando a tónica na AML.
Que reflexão lhe suscita a AML? Devem a AML funcionar como um parlamento da cidade e ter, neste sentido, apenas elementos directamente eleitos? Ou deve manter a sua actual constituição híbrida com elementos directamente eleitos em listas e representantes das Freguesias? Que propostas tem para o papel da Assembleia Municipal, para a sua composição e para as suas competências?
Mais, neste meio-mandato foi experimentado uma coabitação entre uma AML de uma cor partidária e um executivo camarário de outra cor. Com resultados que podem ser considerados preocupantes, na medida em que a maioria PSD na AML assumiu – tacticamente – uma posição de autentica força de bloqueio. Que leitura faz desta situação?
(mais uma) Blogconf
Estarei daqui a umas horas na blogconf organizada pela candidatura do Pedro Santana Lopes.
Podem seguir a conferência aqui (acho):
Podem seguir a conferência aqui (acho):
O discurso político em Portugal desilude. Esquiva-se com agilidade ao debate sério e construtivo. É demasiado ad hominem e personificado, corriqueiro mesmo.
A caça ao voto tudo parece permitir, mesmo dizer verdades hoje que ontem acusávamos de serem mentiras.
Esquecemos com demasiada facilidade qual o desígnio que nos impele a querer participar nos processos da política, a ser decisores e a ter a oportunidade de contribuir para a melhoria da vida das pessoas. Ser cidadão-eleito, membro do governo ou autarca é - ou devia ser - um acto nobre de humilde recato. "Servir o Estado e os Outros", era o lema dos que sentiam o apelo colectivo de querer participar na gestão da Res Publica. Servir os outros, e não os próprios, era condição virginal de uma Administração competente e altruísta, que pretende apoiar a construção de uma sociedade próspera e solidária, onde todos os cidadãos tenham direito a um conjunto de oportunidades que lhes permita a procura da sua felicidade individual.
Já não sei em que página da História estes conceitos se perderam, mas hoje abundam os casos dos seus contrários. Os velhos almanaques das virtudes republicanas saíram com demasiada facilidade das prateleiras das bibliotecas dos agentes do poder, sendo substituídos por conceitos ‘pret a porter' de desgaste rápido e de consumo imediato.
No campo das ideias, um bom governo não tem de ter cor partidária. É composto por um conjunto eleito de Bons Homens, sábios ungidos de virtudes cívicas, que tratam - com recursos ilimitados - de assegurar a felicidade da sua comunidade. No mundo real a escassez de recursos implica que governar significa fazer escolhas - muitas vezes baseadas em ideologias -, desenhar futuros e traçar rumos.
Como frequentemente nos recordavam os pais fundadores da República Americana, nenhum homem devia ter a responsabilidade última da gestão dos assuntos públicos, por esta ser manifestamente superior às suas capacidades. Governar nunca foi, assim, um acto só; e por isso é tão importante seleccionar quem nos rodeia, em quem depositamos a nossa confiança, e quem escolhemos para apresentar aos eleitores e ao país. Portugal tem hoje uma sociedade qualificada e bem informada que sabe apreciar as opções políticas que lhe são oferecidas. Sabe que estamos longe do mundo das ideias e dos virtuosismos clássicos. É exigente consigo e reivindica qualidade dos seus governantes. Na República ideal os políticos têm vergonha do mau candidato e os princípios suplantam o amiguismo e a partidarite. Na nossa República requentamos políticos gastos e tudo é aceite. Com toda a tranquilidade.
A caça ao voto tudo parece permitir, mesmo dizer verdades hoje que ontem acusávamos de serem mentiras.
Esquecemos com demasiada facilidade qual o desígnio que nos impele a querer participar nos processos da política, a ser decisores e a ter a oportunidade de contribuir para a melhoria da vida das pessoas. Ser cidadão-eleito, membro do governo ou autarca é - ou devia ser - um acto nobre de humilde recato. "Servir o Estado e os Outros", era o lema dos que sentiam o apelo colectivo de querer participar na gestão da Res Publica. Servir os outros, e não os próprios, era condição virginal de uma Administração competente e altruísta, que pretende apoiar a construção de uma sociedade próspera e solidária, onde todos os cidadãos tenham direito a um conjunto de oportunidades que lhes permita a procura da sua felicidade individual.
Já não sei em que página da História estes conceitos se perderam, mas hoje abundam os casos dos seus contrários. Os velhos almanaques das virtudes republicanas saíram com demasiada facilidade das prateleiras das bibliotecas dos agentes do poder, sendo substituídos por conceitos ‘pret a porter' de desgaste rápido e de consumo imediato.
No campo das ideias, um bom governo não tem de ter cor partidária. É composto por um conjunto eleito de Bons Homens, sábios ungidos de virtudes cívicas, que tratam - com recursos ilimitados - de assegurar a felicidade da sua comunidade. No mundo real a escassez de recursos implica que governar significa fazer escolhas - muitas vezes baseadas em ideologias -, desenhar futuros e traçar rumos.
Como frequentemente nos recordavam os pais fundadores da República Americana, nenhum homem devia ter a responsabilidade última da gestão dos assuntos públicos, por esta ser manifestamente superior às suas capacidades. Governar nunca foi, assim, um acto só; e por isso é tão importante seleccionar quem nos rodeia, em quem depositamos a nossa confiança, e quem escolhemos para apresentar aos eleitores e ao país. Portugal tem hoje uma sociedade qualificada e bem informada que sabe apreciar as opções políticas que lhe são oferecidas. Sabe que estamos longe do mundo das ideias e dos virtuosismos clássicos. É exigente consigo e reivindica qualidade dos seus governantes. Na República ideal os políticos têm vergonha do mau candidato e os princípios suplantam o amiguismo e a partidarite. Na nossa República requentamos políticos gastos e tudo é aceite. Com toda a tranquilidade.
[publicado no Diário Económico]
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