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[26.7 - 31.8.2008]
And the dreamers? Ah, the dreamers! They were and they are the true realists, we owe them the best ideas and the foundations of modern Europe(...). The first President of that Commission, Walter Hallstein, a German, said: "The abolition of the nation is the European idea!" - a phrase that dare today's President of the Commission, nor the current German Chancellor would speak out. And yet: this is the truth. Ulrike Guérot & Robert Menasse
www.congressofeminista2008.org/
Nota final: feminismo, sim. É urgente. Com homens feministas como o eram, há 100 anos, os anarquistas de Villa Verità, psicanalistas, escritores, sociólogos, pintores e dançarinos.
COMENTÁRIOS . . . NO LOS HAY?
TUDO É POLÍTICO. O CORPO É TERRITÓRIO POLITIZADO.
Foto de Verônica Volpato no decurso do percurso do Grupo "Iniciador" da Soma, em Portugal, 2007/2008
João da Mata realizou Palestras e Workshops, em Lisboa, no ISPA - Instituto Superior de Psicologia Aplicada, em 2007/2008, bem como em várias cidades europeias. É doutorando, em Sociologia, no ISEG- Instituto Superior de Economia e Gestão, de Lisboa, sendo o tema da tese uma abordagem sociológica da Somaterapia. Tema interessante do ponto de vista da introdução de mudanças micro-sociais nos grupos e nas organizações e das possíveis implicações políticas.
Mais informações: http://www.somaterapia.com.br/
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A minha peculiar visão da minha experiência vivida na SOMA, em duas imagens
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Em conversa com João da Mata.
Dizia Emma Goldmann:
"Só me interessa a Revolução se puder dançar"
" A grande, enorme diferença entre marxistas e anarquistas é que aos primeiros interessam os fins a atingir e, aos segundos, sobretudo os meios"
Absolutamente de acordo! Sempre considerei mais importante o como do que o quê; os caminhos do que a meta; o que se mostra, vive e diz do que o "alcançado" ou a alcançar... Que é, também, uma postura aristocrática.
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Vincent Van Gogh, Potato Eaters, oil on canvas, 1885. Van Gogh Museum, Amsterdam
"Comedores de batatas", de Van Gogh, Museu Van Gogh em Amsterdão, primeira obra importante do pintor, exprime a dureza da vida dos camponeses; um "interior holandês" (1) rural, frugal, familiar, coloquial. Na Holanda, a alimentação tradicional é, como na Irlanda, à base de batata (continua a ser: croquettes e empadão). Desconhecia a vertente, triste e escura - entre o neo-realismo e o expressionismo? - do pintor dos países baixos que um dia quis ser pastor protestante no seu país do Norte e acabou, devido a um des-gosto-amoroso, por partir para França, colorir campos de trigo dourados com corvos negros e girassóis verdes e amarelos, amar, auto-mutilar-se, enlouquecer e suicidar-se sob o Sol do Sul. No quadro, os exagerados nódulos dos dedos dos camponeses mostram os efeitos do peso do arado que revolve a terra, as descomunais mãos, duras e grossas abrem-se para semear e fecham-se para recolher... e, entre os dois gestos, repousam inertes e sem função (2) sobre os joelhos.
III. Futebol?
Porque não ligo ao futebol, nem as vitórias da equipa portuguesa nem os belos (dizem) golos dos nossos jogadores me servem de penso rápido. Desabafo com os meus redondos botões "Batatas! Bolas!".
1. Ironizo, invocando, por antinomia, os "interiores flamengos" do século de ouro (séc.XVII) pintados por Vermeer, elegantes, doces, tranquilos, de poucas palavras faladas, letrados e musicados; mãos que não trabalham a terra podem tocar espineta. Mãos que têm outras mãos para tocar nos produtos agrícolas (cf. o quadro " A Leiteira") têm tempo e saber para desfolhar epístolas, olhando longamente através da janela (cf. o quadro "Mulher vestida de azul lendo uma carta").
Vermeer, 1663-1664, Rijskmuseum, Amsterdam
2. Excepto a função de reposição de forças para o trabalho.
(1) experiências a que fui poupada, graças a Deus, por via de uma educação basicamente estrangeirada.