Como hábito, deixo-vos o meu artigo de ontem no Diário Económico. Chama-se «Velhas exigências».
Velhas exigências
Este será um ano exigente para o país. Em primeiro lugar será exigente com o Governo porque se espera que este consiga governar com sensibilidade política e com sentido estratégico mesmo sabendo que se encontra numa incómoda situação de minoria parlamentar.
Terá de saber procurar as alianças que melhor possibilitem a execução do seu programa eleitoral, definindo no caminho uma nova cultura de governação em minoria. Depois será exigente com as oposições - à esquerda e à direita -; que têm de deixar de apenas procurar capitalizar para proveito próprio a corrente situação política e contribuir para a tal nova cultura de governação com propostas e soluções concretas para os problemas do país.
Será também um ano exigente com o Presidente da República, que terá de saber conviver com uma situação de instabilidade parlamentar rara na vida política portuguesa dos últimos 20 anos e manter uma posição de equidistância real entre as forças políticas; isto enquanto se preparam os cenários da próxima campanha presidencial. E também teremos de ser exigentes com o sistema político, que terá de fornecer as respostas necessárias que devolvam aos portugueses a confiança nas suas instituições, em especial na área da justiça e no sistema partidário.
Mas não será apenas um ano de exigências para a sociedade política, não. Será também um ano exigente com a sociedade empresarial - que tem de começar a ser parte das soluções do país e não dos seus problemas -, que terá de ser mais empreendedora, correr mais riscos e libertar-se do comodismo estatal para se poder tornar num dos elementos da recuperação económica de que necessitamos. E exigir mais aos nossos empresários implica também requerer mais de quem para eles trabalha, pedindo-lhes mais produtividade, mais qualificações e mais valor acrescentado.
Será ainda um ano exigente para a sociedade civil, que já tem os meios e a educação para não se colocar à margem dos problemas, e ser consistentemente mais interventiva e actuante - fora da esfera partidária - para que obrigue o sistema político e partidário a dar respostas mais objectivas e exequíveis. E por fim, será um ano exigente para a selecção nacional, que terá a responsabilidade de cuidar do bem-estar da alma lusitana durante os meses do inicio do Verão.
Serei exigente nestas exigências? Não creio. Portugal tem condições para responder positivamente a todas estas demandas. Tem gente, políticos, empresários e trabalhadores de brio e valor. Tem ferramentas e políticas. E julgo que não exageraremos nas exigências se soubermos que as podemos concretizar, mesmo se pedirmos o caneco da África do Sul...
Velhas exigências
Este será um ano exigente para o país. Em primeiro lugar será exigente com o Governo porque se espera que este consiga governar com sensibilidade política e com sentido estratégico mesmo sabendo que se encontra numa incómoda situação de minoria parlamentar.
Terá de saber procurar as alianças que melhor possibilitem a execução do seu programa eleitoral, definindo no caminho uma nova cultura de governação em minoria. Depois será exigente com as oposições - à esquerda e à direita -; que têm de deixar de apenas procurar capitalizar para proveito próprio a corrente situação política e contribuir para a tal nova cultura de governação com propostas e soluções concretas para os problemas do país.
Será também um ano exigente com o Presidente da República, que terá de saber conviver com uma situação de instabilidade parlamentar rara na vida política portuguesa dos últimos 20 anos e manter uma posição de equidistância real entre as forças políticas; isto enquanto se preparam os cenários da próxima campanha presidencial. E também teremos de ser exigentes com o sistema político, que terá de fornecer as respostas necessárias que devolvam aos portugueses a confiança nas suas instituições, em especial na área da justiça e no sistema partidário.
Mas não será apenas um ano de exigências para a sociedade política, não. Será também um ano exigente com a sociedade empresarial - que tem de começar a ser parte das soluções do país e não dos seus problemas -, que terá de ser mais empreendedora, correr mais riscos e libertar-se do comodismo estatal para se poder tornar num dos elementos da recuperação económica de que necessitamos. E exigir mais aos nossos empresários implica também requerer mais de quem para eles trabalha, pedindo-lhes mais produtividade, mais qualificações e mais valor acrescentado.
Será ainda um ano exigente para a sociedade civil, que já tem os meios e a educação para não se colocar à margem dos problemas, e ser consistentemente mais interventiva e actuante - fora da esfera partidária - para que obrigue o sistema político e partidário a dar respostas mais objectivas e exequíveis. E por fim, será um ano exigente para a selecção nacional, que terá a responsabilidade de cuidar do bem-estar da alma lusitana durante os meses do inicio do Verão.
Serei exigente nestas exigências? Não creio. Portugal tem condições para responder positivamente a todas estas demandas. Tem gente, políticos, empresários e trabalhadores de brio e valor. Tem ferramentas e políticas. E julgo que não exageraremos nas exigências se soubermos que as podemos concretizar, mesmo se pedirmos o caneco da África do Sul...
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