quinta-feira, junho 27, 2013

Ricardo Costa, Teixeira dos Santos e o PEC IV

Em comentário à entrevista de Teixeira dos Santos, Ricardo Costa acha que o PEC IV somente atrasaria o resgate.
É complicado estar a debater cenários hipotéticos pois são sempre baseados em opiniões e não em factos. Como tal, o que Ricardo Costa diz poderia ser verdade.
 
Acontece que a hipótese de Ricardo Costa é somente opiniativa.
 
A convicção de Teixeira dos Santos e de José Sócrates tem um "pequeno" factor a suportá-la (embora a realidade de um país é diferente do seu vizinho): Espanha e Itália negociaram e implementaram a sua austeridade após negociações com a União Europeia. Vivem num "mar de rosas"? Claro que não. Mas têm, pelo menos, muito maior liberdade de acção.
 
Ricardo Costa tem uma opinião. Teixeira dos Santos e José Sócrates têm outra. Mas a opinião de Teixeira dos Santos e José Sócrates têm dois casos a fortalecer a sua opinião.

É hoje





quarta-feira, junho 26, 2013

Mas quantos é que são precisos?

O meu amigo e camarada Diogo Moreira pergunta aqui "Qual é o Plano B?".
 
Percebo as razões da sua pergunta. Tem andado distraido com várias coisas e não apanhou muito do que se passou nestes últimos dois anos.
 
Fazendo uma resenha, tudo começou com a rejeição do Plano A, também conhecido como PEC IV.
 
Astérix a falar aos seus companheiros de resistência
Ao ser rejeitado o Plano A, teve-se de fazer o Plano B, que foi conhecido a 3 de Maio de 2011 e cujo nome foi "Memorando da Troika". Tal foi devidamente saudado por uma pátria que desejava a entrada de poderes estrangeiros neste canto cheio de gente que "não se governa nem se deixa governar" tendo como únicos resistentes Astérix e os seus companheiros.
 
Apresentando o programa de governo (ou não)
Como o Plano B parecia leve demais, o novo "governador romano" decidiu, por toutatis, ir além do memorando (chamemos-lhe Plano B1) ao apresentar o seu programa de governo.
 
Acho que podemos, numa média de aumento de letra por renegociação, considerar que o actual memorando em vigor (chamemos-lhes E1, correspondente à seis negociações para incremento de letra e mais uma - a sétima - que lhe dá a versão 1 da letra E).
 
Como vês, há muito que passámos o Plano B.
 
O que está a ser proposto, desde há muito, quer pelo Partido Socialista e seu Secretário Geral António José Seguro, quer pelo Partido Socialista Europeu (PSE/PES) e seus grupos (como, por exemplo, o S&D) são caminhos alternativos.
 
Completamente diferentes? Não. Mas suficientemente diferentes e, principalmente, que partem de um princípio diferente.
 
Partem dos seguintes pressupostos:
  1. Que o problema é Internacional (no caso, e principalmente, Europeu);
  2. Que é necessário a solidariedade europeia para o resolver;
  3. Que é necessário crescimento para o resolver;
Quanto aos nossos "primos europeus": agora que os problemas lhes começam a bater à porta (insistentemente) também terão todo o interesse em resolver o problema de outra maneira.
 
Mas para isso é necessário procurar informação sobre esta vertente.

terça-feira, junho 25, 2013

Qual é o plano B?

Quase todas as soluções aventadas pelos partidos políticos da oposição, para resolver a tragédia económica e social em que o país está metido, parecem ter em comum a ideia de que a resolução dos nossos problemas passa pela alteração das condicionantes europeias da nossa situação. Desde a ideia do BCE imprimir dinheiro, passando pela mutualização da dívida à escala europeia, eurobonds, etc.

E no entanto, pouca ou nada se diz sobre as razões que levariam os nossos congéneres europeus a proceder a tal ateração radical. E pior, existe um silêncio quase ensurdecedor sobre soluções nacionais, que possam efectivamente resolver os nossos problemas, caso os nossos “primos europeus” decidam manter-nos no rota do abismo da austeridade.

Eu, como cidadão, gostava de saber qual é o plano B, para o caso de na Europa acontecerem apenas as mudanças necessárias para que nada mude realmente. Algo que a UE é pródiga em fazer.

Qual é o plano B?

domingo, junho 23, 2013

Gostava de ter dito isto

"Se o PS fizer uma aliança com o PSD, ou com o CDS, teremos apenas a reciclagem da situação actual"

André Freire, Expresso da Meia-Noite de 21/06/2013



Ministro Maduro

Começo a achar que Poiares Maduro vai ter um destino semelhante ao último ministro da propaganda de Saddam Hussein. Vão estar os media a noticiar que Passos e Gaspar* estão a entregar a demissão a Cavaco Silva em rodapé, e teremos Poiares Maduro num briefing diário da presidência do conselho de ministros a dizer que o governo transpira estabilidade, solidez, confiança e esperança. Vá lá, já tem muita sorte em não ter que dizer que os americanos se estão a suicidar às portas de Baghdad.

  • (apenas Gaspar pode apresentar uma demissão efectiva a Cavaco, porque ele é que é verdadeiramente o primeiro-ministro)

sexta-feira, junho 21, 2013

Pré-relatório sobre as PPPs

Se o PSD, e o CDS, quisessem descredibilizar as comissões de inquérito parlamentares, dificilmente arranjariam melhor forma que a divulgação atabalhoada nos media do draft do deputado relator do PSD Sérgio Azevedo, referente à Comissão sobre as Parcerias Público-Privadas. Afirmar, sem provas nenhumas, or argumentos plausíveis, que a culpa é de Sócrates, e que os “xuxas” devem ser presos, e quiçã esquartejados, é tão 2011…

terça-feira, junho 18, 2013

Sobre Paulo Portas

Palavras, leva-as o vento. Actos é que são recordados.

"Olha o palhaço!"

Parece que a frase que dá título a este post foi gritada por um cidadão, enquanto o Presidente Cavaco Silva passava revista à Guarda de Honra Militar nos jardins do Palácio de Belém, acompanhado pelo seu congénere venezuelano Nicolas Maduro.

Deixamos ao critério dos leitores determinar quem seria o destinatário.

Tempo de Leitura

“Even a good publisher can’t read more than a hundred books a year”

Numa entrevista dada por Michael Kruger, director editorial da Carl Hanser Verlag, uma das mais conceitoadas editoras alemãs, a frase acima apanhou-me de surpresa, mas em retrospectiva é daquelas surpresas que se devem à ausência de reflexão. É óbvio que se nós, meros leitores, não temos tempo suficiente para ler tudo o que queremos, ou deviamos, então, por maioria de razão, também os editores também não têm. O que nos leva a pensar sobre o processo de qualidade das mega-editoras…

O cerne da entrevista também é giro:

“The Problem is That Most of the Readers Love Bad Books!”

Elitista qb., mas giro.

domingo, junho 09, 2013

9 de Junho de 2013

Parece que o Palhaço-Mor do Reino decidiu que o 10 de Junho de 2013 fosse celebrado a dia 9.

Há doenças tramadas.



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