A Loja de Ideias realizou, no dia 22 de Novembro de 2006, pelas 21h00, na Biblioteca-Museu “República e Resistência”, uma sessão sobre o tema “Timor-Leste: A Construção de um Estado no Século XXI”, animada por Fernando Cruz e Paulo Gorjão.
Num momento prévio foi indicado que existem dois Timor-Leste. O do nosso coração, que é pura ficção, e o real.
A construção do Estado de Timor-Leste está a encontrar algumas dificuldades, que se têm mostrado mais difíceis de ultrapassar do que era esperado. Esta situação tem a ver com a pouca experiência democrática, a falta de recursos humanos qualificados e a introdução do português como língua oficial.
Relativamente à falta de experiência democrática, foi indicado que a democracia não se decreta. Ela existe quando faz parte da cultura de um povo, ou dificilmente existirá. A experiência democrática dos países da Europa foi apresentada para mostrar que a instalação de um regime democrático demora muitos anos, ver um século ou mais.
Quanto à falta de recursos humanos qualificados, foi sublinhado que esta situação é ainda agravada pelo facto de os poucos técnicos timorenses existentes estarem, na sua maioria, nas agências das Nações Unidas e nas ONGs e não na Administração Pública. Esta situação é devida ao facto de estas agências necessitarem de técnicos timorenses e de poderem pagar salários melhores.
Quanto à implantação do português como língua oficial, foi dito que é um exercício que, pelo menos nesta dimensão, é a primeira vez que é tentado. A sua viabilidade que era duvidosa à partida, tornou-se ainda mais arriscada, na medida em que faltou preparação para o choque cultural e para o ensino de uma língua estrangeira aos cooperantes que vieram ajudar. Além disso as diferenças entre o português e o tétum, a língua materna da maioria, acentuam as dificuldades a ultrapassar.
Em resumo, a construção do Estado de Timor-Leste necessita de mais meios, de uma estratégia global e de mais empenho tanto dos parceiros de desenvolvimento como dos prórpios timorenses.
Num momento prévio foi indicado que existem dois Timor-Leste. O do nosso coração, que é pura ficção, e o real.
A construção do Estado de Timor-Leste está a encontrar algumas dificuldades, que se têm mostrado mais difíceis de ultrapassar do que era esperado. Esta situação tem a ver com a pouca experiência democrática, a falta de recursos humanos qualificados e a introdução do português como língua oficial.
Relativamente à falta de experiência democrática, foi indicado que a democracia não se decreta. Ela existe quando faz parte da cultura de um povo, ou dificilmente existirá. A experiência democrática dos países da Europa foi apresentada para mostrar que a instalação de um regime democrático demora muitos anos, ver um século ou mais.
Quanto à falta de recursos humanos qualificados, foi sublinhado que esta situação é ainda agravada pelo facto de os poucos técnicos timorenses existentes estarem, na sua maioria, nas agências das Nações Unidas e nas ONGs e não na Administração Pública. Esta situação é devida ao facto de estas agências necessitarem de técnicos timorenses e de poderem pagar salários melhores.
Quanto à implantação do português como língua oficial, foi dito que é um exercício que, pelo menos nesta dimensão, é a primeira vez que é tentado. A sua viabilidade que era duvidosa à partida, tornou-se ainda mais arriscada, na medida em que faltou preparação para o choque cultural e para o ensino de uma língua estrangeira aos cooperantes que vieram ajudar. Além disso as diferenças entre o português e o tétum, a língua materna da maioria, acentuam as dificuldades a ultrapassar.
Em resumo, a construção do Estado de Timor-Leste necessita de mais meios, de uma estratégia global e de mais empenho tanto dos parceiros de desenvolvimento como dos prórpios timorenses.
Fernando Cruz
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