segunda-feira, outubro 31, 2005

A Energia das Ondas

Num anterior post que intitulei “Á Deriva...pelas questões de energia...” referi que voltaria a este tema, de facto estava á procura de matéria de facto para basear a minha intervenção neste campo, referindo-me a uma energia inventada por um investigador do INETI e do IST nos anos 70 aquando do primeiro “choque petrolífero”, a Energia das Ondas.
Na Póvoa do Varzim está prevista a produção de electricidade através das ondas do mar, um projecto piloto que pode arrancar em 2006 na costa da freguesia da Aguçadoura (5 km a norte da cidade da Póvoa de Varzim), e que irá produzir 2,25 megawatts de potência, suficiente para 1500 casas. O investimento será da responsabilidade da companhia britânica Ocean Power Delivery e do grupo português Enersis.
O mecanismo desenvolvido pela Ocean Power Delivery é chamado de Palamis (uma espécie de cobra marinha, baptizada assim devido ao movimento serpenteante do mecanismo), na Póvoa será instalada a primeira aplicação comercial do Palamis no mundo.
A produção de Energia das Ondas tem a desvantagem de depender da força das ondas (se forem fortes produz mais energia, senão produz-se menos), no entanto não gasta combustível nem polui, dado ser uma energia limpa e sem custos adicionais, em Lisboa (mas com sede fiscal no Porto!!!) existe o Centro de Energia das Ondas que é uma associação sem fins lucrativos fundada em 2003, vocacionada para o desenvolvimento e promoção da utilização da energia das ondas através de suporte técnico e estratégico a empresas, instituições de I&D, entidades governamentais e autoridades locais.
Esta energia como renovável que é tem um grande potencial de crescimento, nomeadamente neste cantinho á beira mar plantado, mas como temos um país os projectos terão vir de dinâmicas concelhias e regionais (como aconteceu com o já referido), com a grande quantidade de costa que temos, acompanhada de uma ondulação constante poderíamos aproveitar esta energia de forma regular, fica com este post a informação e a ideia.
P.S. – Reflexão também publicada no Geosapiens.

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