And the dreamers? Ah, the dreamers! They were and they are the true realists, we owe them the best ideas and the foundations of modern Europe(...). The first President of that Commission, Walter Hallstein, a German, said: "The abolition of the nation is the European idea!" - a phrase that dare today's President of the Commission, nor the current German Chancellor would speak out. And yet: this is the truth. Ulrike Guérot & Robert Menasse
sexta-feira, fevereiro 29, 2008
Porque este fim-de-semana há derby
convite
Têm a honra de convidar V. Exa. a estar presente na conferência
“Elections '08 - Impact of Super Tuesday Primaries”
proferida por
John Mercurio, Editor of The Hotline (Washington)
Sexta-feira 29 de Fevereiro, pelas 18h30
Moderador: André Freire (ISCTE, Lisboa)
Coordenadores: Luís de Sousa (CIES-ISCTE) & Robert C. Howes (Embaixada dos Estados Unidos da América)
Auditório 6, “Afonso de Barros” (Ala Autónoma) – ISCTE
Avenida das Forças Armadas, 1649-026 Lisboa
quinta-feira, fevereiro 28, 2008
JESUS em HAVANA
Espero que compreendam... O sarcasmo!!!
Fidel Castro recuperou da doença e com muita ajuda lá foi discursar para mais de um milhão de cubanos na praça da revolução quando surgiu uma luz vinda do céu que se aproximou de Fidel.
Era Jesus Cristo.
Fidel ajoelhou-se e pediu-lhe perdão por ter duvidado da sua existência devido ao Marxismo.
Jesus segredou algo ao ouvido de Fidel que se dirigiu ao microfone e disse ao público:
- Camaradas de revolução. Jesus Cristo sempre existe e quer dizer-lhes algo.
Então Jesus pegou no microfone e disse:
- Povo de Cuba, este homem com uma barba igual à minha, não vos deu o pão do conhecimento igual ao meu?
E o povo exclamou:
- Siiiiiiiiiiiiiiiiii....
Jesus disse:
- É certo que eu multipliquei o pão para matar a fome aos pobres! Não é verdade que este homem inventou as senhas racionadas para matar a fome dos pobres cubanos?
E o povo lá gritou:
- Siiiiiiiiiiiiiiiii....
Jesus disse:
E não é verdade que este homem construiu hospitais e clínicas para curar os pobres como eu os curei com milagres?
E o povo entusiasmado gritou:
- Siiiiiiiiiiiiiiiiii....
Jesus disse:
E não é verdade que este homem espalhou educação e conhecimento imposto ao povo, como eduquei os meus apóstolos?
E o povo excitado bramava:
- Siiiiiiiiiiiiiiiiii....
Jesus disse:
- E não é verdade que sofreu muitas traições de camaradas de Miami, como eu sofri a traição de Judas?
E o povo cada vez mais frenético, lá gritou:
Siiiiiiiiiiiiiiiiii....
Então Jesus gritou:
Então porra, que estão à espera para crucificarem este gajo?
quarta-feira, fevereiro 27, 2008
Sobre as eleições no Texas...
A Alternativa
É encabeçada pelo camarada Joaquim Costa Ferreira.
Podem ter mais informações aqui.
Força Costa Ferreira! Vamos dar um Novo impulso ao PSOeiras.
Obama vs Clinton vs McCain
Tenho agora tempo para pôr a(lguma) conversa em dia. Voltando (muito) atrás no tempo, e respondendo-te sucintamente às questões por ti levantadas, vi na altura as declarações do três competidores pela Casa Branca. Não podes comparar o discurso de McCain com o de Obama, pelo simples facto de um estar a fazer uma intervenção específica (comenta um resultado – e uma nomeação - num ambiente para isso preparado) e outro estar a fazer um comício (assim como Hillary). Em relação à deselegância de Obama em relação a Hillary, tens toda a razão. Mas também não ficava nada mal a Hillary ter dado os parabéns a Obama pelas vitórias da noite. (E tenho a impressão que a imagem procurada é a da passagem do "velho para o novo", além de marcar claramente a diferença de capacidades oratórias).
Falando da política externa dos dois (não falo da de Hillary pois aí não discordamos) é aí que começa o nosso desacordo. Primeiro, acho que a situação do Iraque não se resolve nem duma maneira, nem de outra, ou seja, não é retirando à pressa, nem ficando “por cem anos se for preciso”, mas prefiro que saiam de lá a ficarem ad eternum.
Ainda referente à política externa, quer-me parecer que a abordagem programática de Obama em relação à América Central e do Sul (não falando do Canadá, cujas as recentemente aumentadas dificuldades introduzidas para a passagem da fronteira entre os dois países deixou os Democratas "espantados" e sobre o qual McCain, que eu tenha visto, não discordou) irá baixar o clima de tensão existente (mesmo que a saída de Bush já seja um bom princípio). Aliás, a política de diálogo e diplomacia nas relações internacionais é por mim preferida à política da força, sendo que neste caso o único revés são as afirmações em relação ao Paquistão. E para o caso de estares a pensar o que é que as relações com as restantes Américas pode trazer de bom para nós, portugueses e europeus, quer me parecer que se Chavez começar a criar condições para baixar o preço do petróleo, nós sairemos a ganhar com isso.
Por enquanto fiquemos por aqui, até por que me/nos palpita que iremos ter muito tempo para aprofundarmos este debate. Aliás, ando para escrever sobre aquilo que eu considero a principal força de Obama, que é algo que eu procuro preferencialmente (irónico, não?) num político. Mas estou a “escudar-me” na indefinição democrata para adiar o texto.
P.S. – Em relação ao populismo de referir “um diálogo que teve com uma pessoa que perdeu o seu jovem filho no Iraque”, Hillary Clinton fez algo semelhante no debate da CNN, e tenho a certeza que se procurarmos, encontraremos afirmações do mesmo calibre de McCain. Faz parte do establishment da campanha americana.
P.P.S. – Também desde já afirmo que sou incapaz de preferir qualquer candidato republicano a um democrata. O mais longe que vou é não ter preferência. O que no caso presente não se põe. Venho a acompanhar à distância Obama desde 2004. Mas deixa-me que te diga que se porventura McCain ganhar, eu “durmo descansado”… pelo menos nos primeiros meses.
terça-feira, fevereiro 26, 2008
segunda-feira, fevereiro 25, 2008
Seventh European Social Science History Conference
Esta semana vou andar por aqui
Em específico vou estar nestes dois paineis:
L-1 - POL01: Postwar Europe. Room 5.1
Network: Politics, Citizenship, and Nations
Chair: Ido de HaanDiscussant: Ido de Haan
Diogo Moreira, José Reis Santos & José Tavares Castilho Parliamentary Elites and Political Regime: Theoretical Implications of the Portuguese Case
Sophie Bollen Unworthy to Serve the Nation. The professional purge of the government administration after Word War II in Belgium.
Maria Kyriakidou, Sotiris Themistokleous The ‘invisible’ resistance and the long road to democratization in post-war Greece
Liesbeth van de Grift From Fascism to Communism – The ‘purificaton’ of the security apparatus in Romania (1944-1948)
L-2 - POL23: European citizenship and civil society II. Room 5.1
Network: Politics, Citizenship, and Nations
Chair: Jose Reis SantosDiscussant: Jose Reis Santos
Maryse Ramambason Democratization in Russia The 1993 Constitutional Conference : The stakes of the installation of a new space of deliberations
Daniel Melo The third sector and the city: public policies, citizenship, and sustainability in Portugal
Veit Bader Conplex legitimacy in ‘compound polities’: the case of the EU
Anne van Wageningen Citizens as members of a state; an institutional approach concerning multiple citizenship
Thomas Pfister From activated to active citizenship. The need for participatory citizenship practices in new modes of governance
Sessão 1. Reflexões sobre a morte de um Rei. 100 anos depois do regicídio. Leituras de conjunto
100 anos nos separam deste evento.
Sessão 1. Reflexões sobre a morte de um Rei. 100 anos depois do regicídio. Leituras de conjunto
Eduardo Nobre
Rui Ramos
sexta-feira, fevereiro 22, 2008
Liberdade, Educação & Política - Update
Recebemos este email por parte da candidatura do Miguel Coelho à Concelhia do PS Lisboa.
Esperamos que este seja o fim deste affair (por parte da candidatura do Miguel Coelho assim parece...)
Liberdade, Educação & Política - Update
O infeliz incidente que aqui demos notícia teve, como se esperava, alguma repercussão. Foram publicados diversos textos em blogues ligados à área socialista da cidade de Lisboa; recebemos alguns e-mails a requererem publicação e, agora, daremos por terminado este assunto.
Como no caso citado, a nossa decisão passa pela divulgação, por e-mail, dos textos em causa, esperando que os mesmos sejam publicados em todos os locais solicitados.
Este é o último texto que produziremos sobre este assunto.
Na segunda-feira daremos inicio à apresentação do nosso programa.
Saudações Socialistas,
A equipa de coordenação do Blogue de apoio à Candidatura do Miguel Coelho
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1.Texto publicados na Blogosfera:
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2. Textos trocados com o camarada Miguel Teixeira:
2.4. Resposta da candidatura do camarada Miguel Coelho ao segundo texto do camarada Miguel Teixeira:
Meu caro Miguel Teixeira,
Foi com agrado que verificámos na tua última mensagem que terás mudado de opinião em relação à veracidade da autoria do texto do Gustavo Gouveia. Foi com agrado também que aferimos da tua vontade de publicar, em espaço aberto, todos os textos desta polémica; o que ainda não fizeste, nem nos blogues da tua candidatura, nem na página da Secção de Alvalade.
Não sabemos das razões porque colocaste as nossas afirmações em dúvida; mas, sinceramente, pelo acumular de situações similares, já não nos surpreende essa atitude tacticista e desculplizante.
Como deverás compreender, pelo que temos defendido e produzido nesta campanha eleitoral, não nos podemos associar a essa forma de estar na política.
É do bom-nome do PS que estamos a falar, e ele não pode ser arrastado para terrenos pouco recomendáveis por incontinência ou inconsciência de alguns.
Sentimo-nos ofendidos, e, neste sentido, decidimos, a partir deste momento, ignorar os ataques que a tua candidatura (ou pessoas a ela associadas) produza nesta campanha eleitoral. Sinceramente, já muito suportámos nestas últimas semanas. Demos sempre o benefício da dúvida, esperando que da tua parte existisse algum tipo de admissão de erro, pública. Algum pedido de desculpas, pelas repetidas falsas acusações produzidas durante a campanha.
Na candidatura do Miguel Coelho trabalha-se com respeito, pela positiva, para construir o Futuro do PS em Lisboa. Este caminho, construído por e para os Militantes do PS Lisboa, é o fruto de um trabalho acumulado, que procura na boa articulação do binómio experiência – renovação, na relação excepcional com a Presidência da CML, os alicerces para uma nova etapa da vida do Partido Socialista na capital do país. Uma etapa definida pela solidez da marca PS, na gestão autárquica e na gestão da Concelhia de Lisboa.
Decerto que serão muitos os Militantes que concordarão connosco: os grandes combates estão lá fora, não cá dentro. E não estamos disponíveis para o ataque pessoal, para a falsa acusação, para o perjúrio ou a incúria. Já o dissemos, e repetimos, fazemos política pela positiva, queremos construir um projecto para o Futuro do PS em Lisboa, queremos continuar a envolver o Militante nele e, com a força das nossas ideias e do nosso colectivo, auxiliar o Partido Socialista nos importantes compromissos eleitorais de 2009.
Iremos, como assumido, enviar estes textos à lista de blogues já mencionada.
Cordiais saudações socialistas,
A equipa de coordenação do Blogue de apoio à Candidatura do Miguel Coelho
Afinal é...
quinta-feira, fevereiro 21, 2008
BENFICA
O meu sentido devoto de benfiquista, diz que sim, mas o olhar atento ao jogo...
Diz me que não!!!
Vamos ver onde se chega...
Pensar livremente sobre as “secret-agendas” ou conquistar “o animal que espeta os cornos no destino” (2 de 2)
Pensar livremente sobre as “secret-agendas” ou conquistar “o animal que espeta os cornos no destino” (2 de 2)
Mas muitas outras são as “secret-agendas”. Poucos são os lugares para as tornar visíveis aos olhos das pessoas, exceptuando críticas jornalísticas cada vez menos lidas, livros que apenas se desfolham, por falta de tempo, peças de teatro a que cada vez menos se assiste, debates levados a cabo por entidades várias, nomeadamente por departamentos de mulheres de partidos e de sindicatos, movimentos de cidadãos e de cidadãs, trabalhos no terreno de organizações não governamentais, etc. Muito trabalho para pouco proveito? Talvez, mas grão a grão…
E qual o papel dos partidos políticos na revelação das “secret-agendas”? É possível desempenharem este papel? Será desejável? Cabe-lhes reflectir sobre o que levou, por exemplo, a população francesa à observação quase-unânime de 5 minutos de silêncio, em nome das vítimas (civis) das Torres Gémeas, alguns dias após o 11 de Setembro de 2001, exceptuando, por um lado, os militantes da CGT francesa e, por outro lado, os simpatizantes da festa “bleu/blanc/rouge” de Le Pen? Que sinapses funcionaram, na maioria das pessoas, relacionando “atentado terrorista” “vítimas civis” “empatia”? E que sinapses funcionaram nas minorias que, tal como em Stockhausen[1], ligaram entre si os neurónios “atentado terrorista” “obra de arte” “maravilha”?
Do mesmo modo, porque é que a sinapse “Iraque” “manifestação anti Guerra” funciona muito mais frequentemente e muito mais rapidamente do que a sinapse “Darfur” “manifestação anti-Guerra”? Esta parece ter nascido com Ségolène Royale candidata a Presidente, sem ter conseguido (ainda?) ganhar a força da sinapse “Iraque” [..] não obstante os factos históricos terem praticamente a mesma idade. É preciso pensarmos livremente todas as “secret-agendas”. De fora para dentro. De dentro para dentro e de dentro para fora. Se possível furando espartilhos adoptados aquando das “trente glorieuses années”, antes da década de 70, quando o petróleo começou a subir, as utopias a afundarem e Portugal a acordar de um longo atraso a preto e branco, isolacionista e ultramarino. Deste Portugal que morreu há 3 décadas, muitos de nós ainda não fizemos lutos colectivos. Pouco falamos sobre os soldados da Guerra Colonial e sobre a Guerra nas Colónias. Falaram alguns escritores, como António Lobo Antunes, mas não chegou para, colectivamente, tomarmos conhecimento do muito que por lá se passou e do que por cá se passou e passa: os soldados estão no meio de nós! Para fazer história e avançar é preciso memória. Não estou a afirmar que a Guerra Colonial se constituiu como uma “secret-agenda” mas tão somente que “agenda política” foi-o enquanto houve Guerra, foi-o aquando do regresso das tropas. Depois esvaziou-se, implodiu. Pouco se fala das guerras entre utopias que se estenderam por um ano e meio, a seguir ao 25 de Abril, nas cidades e nos quartéis e também nos campos, levadas pelos soldados das urbes. Uma utopia saiu vencedora, a democrática, as outras têm ficado, no decurso destas 3 décadas, pelo caminho da história: uma das últimas deu hoje um grande suspiro moribundo. Com dignidade de Velho, o Comandante despromove-se a soldado e perfila-se na última fila a partir de onde se vê tudo, mesmo que se chegue em último lugar. O espaço democrático tornou-se num aliado do capitalismo: todos temos direitos equivalentes no que ao consumo diz respeito; as diferenças entre a maioria e as minorias são tão abissais que aquelas consomem indirectamente as práticas destas lendo revistas mundanas ou cor-de-rosa. É preciso reinventar a utopia Socialista para a pôr no espaço democrático.
Como resposta à pergunta, penso que os departamentos de Mulheres, nomeadamente o Departamento de Mulheres do Partido Socialista, podem e devem reflectir sobre os conteúdos das “agendas políticas” que nem sempre contêm aquilo que achamos importante e relevante para o avanço da democracia que só pode sê-lo quando se quebrarem as barreiras dos segredos e quando se construir a força da paridade. Não contêm porque as “agendas políticas” estão construídas sobre um não-dito, um segredo, não voluntário, não consciente, que consiste na reprodução social da sinapse que liga o neurónio do poder ao neurónio do masculino. Cabe às mulheres, no espaço do Socialismo, revelar esse não-dito. É este “o animal que espeta os cornos no destino” como diria Natália Correia. E ninguém nos vai dar esse animal. Temos que o conquistar. Só assim o Socialismo será Democrático e a Democracia Socialista.
[1] Falecido há pouco tempo (2007). Terá, nesse momento, prevalecido uma visão esteticista a uma perspectiva ética?
.
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Vera Santana
Socióloga e socialista
Lisboa, 20 de Fevereiro de 2008
Lisboa Cool e Informada
O Panorama continua no São Jorge, com várias sessões diárias de documentários de produção e realização nacional. Hoje, por exemplo, são catorze documentários, amanhã serão oito, sábado serão dez e domingo mais três e um debate final. Para rematar, uma sessão de encerramento com o documentário Mudar de Vida. Aqui podes ver a programação. / Blindim
onde
Cinema São Jorge Av. da Liberdade, 175
quando
Sessões a partir das 14h
quanto
2€
Concerto Nigga Poison
Há bandas com a capacidade de gerar culto. E há outras que conseguem dar significado à vida das pessoas. Os Nigga Poison alcançam ambos. A sua arma é o rap; cantam a fusão de cultura crioula e portuguesa, movem-se num imaginário interventivo, são porta-vozes das mensagens que nascem e crescem nas periferias. Numa palavra: genuínos. É assim que os podemos ver num concerto de porta aberta, numa escola, onde irão ensinar o rap escrito e musicado pelas experiências de Praga e Karlon. / Artur Soares da Silva
onde
Restart Cais português lote 2.11.01.Ac. Parque das Nações. Tel. 218 923 570
quando
Às 22h
quanto
Entrada livre
Cinema e vinho Prova de vinhos cinematográfica
Para quem não sabe, a Fabula Urbis é um cantinho-livraria-galeria-com-piano na cidade, onde se escondem História e estórias, segredos e mitos, pessoas e personagens de Lisboa. Os eventos vão-se alterando consoante vontades e hoje deu-lhes para isto. Às 19h, há prova de vinhos, uma introdução teórico-práctica a esse fenómeno complexo que é apreciar um bom néctar como deve ser. Miguel Buccellato, o tutor da sessão, é um expert qualificado pela Wine and Spirits Education Trust, ou seja, estão bem entregues. Duas horas depois e já bem degustados, é hora de sentar um bocadinho. Convenientemente, às 21h30 começa uma dupla sessão de cinema (que segue até 14 de Março todas as 6ªs) com os filmes “Carlos Reines: o último comunista convicto do Panamá” e “Patagónia: Utopia Libertária”. Se Baco fosse um gajo cinematográfico, ia gostar deste programa. / Jane Bonne Viv Vin
onde
Fabula Urbis R. de Augusto Rosa, 27
quando
Prova de vinhos às 19h, cinema às 21h30m
quanto
Prova de vinhos 15€. Inscrição prévia obrigatória
Performance MB#5
As performances de Miguel Bonneville não se querem estáticas, as imagens vão-se compondo e os objectos ganhando forma. Quem é que lida bem com o tempo? Quem é que se sente à vontade com a espera? Somos muitas vezes impacientes, a inércia torna-se quase sempre constrangedora, estamos constantemente em situações em que somos colocados à prova. Gostamos de ter controlo sobre a maioria das peças, saber como desdobrar as horas, como fazer a gestão entre dar tempo ao tempo. Um fato de coelho, 1 t-shirt, 1 par de collants, 2 sacos de plástico, 33cl de água, 1 bolo de cenoura, 1 cobertor, 1 microfone, 1 par de óculos, 1 rádio, são alguns dos elementos do MB#5. Suzanne Marivoet
onde
Galeria 3+1, Rua António Maria Cardoso, 31 (em frente ao São Luiz)
quando
Às 22h
quanto
Entrada livre
Loja Eco Zen
Uma dica especial para os moradores no Príncipe Real e arredores. Numa esquina na Calçada Miguel Pais, transversal da Rua da Escola Politécnica, está uma lojamuito simpática que se dedica à venda de produtos biológicos e naturais. É uma mercearia de bairro, mas dos tempos modernos. Tem pão, fruta e legumes frescos, tem doces, mel, massas e arroz integrais, chocolates (maravilhosos), leites de soja e arroz, iogurtes, seitan, tofu, chás e mais uma série de embalagens nem sempre decifráveis que prometem ser amigas do corpo e da natureza. Tem produtos de cosmética e higiene. Tem até detergentes biológicos. Tudo isto é gerido por um casal simpático que não se esquece duma cara. Organizam cursos de cozinha e sobre temáticas ambientais e têm ainda um serviço de massagens ayurvédicas e reiki. / Sara Lobo onde
Calçada Eng. Miguel Pais, nº 18. Tel. 213955197/962927010.
quando
Segunda a sábado, 12h-21h.
quanto
Preços variados
Pensar livremente sobre as “secret-agendas” ou conquistar “o animal que espeta os cornos no destino” (1 de 2)
As feministas e as académicas estudiosas do género falam em “secret-agendas” para designar um conjunto de posições e disposições sociais (Bourdieu) dificultadoras do acesso das mulheres a lugares de topo, em vários (ou quase todos?) os campos. Assim, no campo da música erudita ou clássica, são poucas as maestrinas, as coordenadoras de naipes de instrumentos tradicionalmente masculinos, as compositoras, etc. Alma Mahler queixava-se de, por Gustav, ter deixado as suas composições musicais na gaveta. Mas também revela, na biografia que escreve sobre o ex-marido, que este, lidas as composições, as elogiava. Se ambas as afirmações são verdadeiras, e assim o cremos, não terão deixado de induzir à Alma - como comunicação paradoxal que são (Bateson) - perplexidade e imobilismo no campo da música. Imobilismo que Alma quebrou das maneiras que quis, soube e pôde, amando, viajando e escrevendo.
Os efeitos das “secret-agendas” fazem-se sentir nos lugares de poder, de decisão, nomeadamente nos cargos políticos e, do mesmo modo, nos cargos das estruturas sindicais portuguesas[1], como se pode ver pelas taxas de feminização das organizações sindicais, por nível de estrutura sindical e por tendência sindical, sintetizadas no quadro cuja leitura nos dá a percepção dos lugares de poder onde os efeitos institucionais são mais intensos.
Taxas globais de feminização das organizações sindicais, por nível de estrutura sindical, incluindo os cargos de topo – e por tendência sindical
Sindicatos pluridistritais
CGTP - 41 % / 59%
UGT - 58% / 42%
Sindicatos não pluridistritais
CGTP - 34% / 66%
UGT - 36% / 54%
Federações
CGTP - 24% / 76%
UGT - 40% / 60%
Uniões
CGTP - 23,5% / 75,5%
UGT - sem dados
Cúpulas (Centrais Sindicais)
CGTP - 22,6% / 77,4%
UGT - 22% / 88%
Topo (Presidentes / Secretários-Gerais)
Ora o conceito de “secret-agendas” contém um parâmetro de “segredo”. Segredo de quê, face a quê, perante quem? O segredo reside no desconhecimento que os actores e as actrizes sociais têm das causas e dos efeitos das acções sociais individuais e colectivas. Não se trata de “teorias da conspiração” mas sim de algo não-revelado porque fortemente inscrito nas instituições materiais e simbólicas. Sabemos que as instituições servem para facilitar o agir colectivo com a finalidade de manter a coesão social. Por hábito, não passamos a vida a interrogar as instituições; no quotidiano, não temos tempo nem para questionar as rotinas, quanto mais as instituições. A rotina -duche-vestir o bebé-tirar o jantar do congelador-vestir- entrar no carro – deixar o bebé no infantário- picar o ponto- não permite interrogações sobre a sequência que construímos para, precisamente, podermos ir pensando noutras coisas quotidianas menos rotineiras (pagar a prestação da casa, levar o carro à oficina, telefonar para o Lar da Avó, etc.). Pensar sobre as instituições, é algo que fica por fazer. Durante o dia, recebem-se umas piadas políticas via email que consolam porque cristalizam o mal-estar impotente. Sempre fomos um país criador de anedotas cuja finalidade é, apenas, a de destapar a tampa para deixar sair um pouco de vapor sem que a pressão estoure a panela ou a vida. Ao fim do dia repetem-se as rotinas, fecha-se a porta, olha-se para a televisão, trocam-se ternuras.
A sociedade continua coesa porque “tudo está no seu lugar”, a tampa vai deixando sair os vapores. Aos fins-de-semana discute-se entre amigos e amigas e família. Vê-se futebol na TV ou no estádio. Discute-se futebol, discutem-se também as imperfeições gritantes do processo democrático (as injustiças sociais e as corrupções gigantes) discute-se o nosso processo, o português, o que nos está mais perto e é mais familiar. Discutem-se as pequenas quezílias, nomeadamente a partilha das tarefas domésticas. Discutem-se, portanto, as instituições – política, família, etc. – o seu funcionamento, os seus agentes de poder, as suas mudanças. A discussão vai desvendando razões e causas das macro e das micro imperfeições. Sem dúvidas que as micro-imperfeições têm vindo a ser ultrapassadas porque dependem em certa medida da acção directa dos actores e das actrizes sociais: muitos pais-homens mudam fraldas, fazem o jantar, deitam as crianças.
A pouco e pouco, e também por via dos media, alguns segredos das agendas dos poderes intra-familiares vão sendo revelados e regulados, nomeadamente por quadros jurídicos. A nível macro-institucional, alguns grupos vão implementando tímidas medidas de paridade, oferecendo às mulheres quotas situadas entre 25% e 35%, não apenas porque os homens sejam “naturalmente” apegados ao poder mas sobretudo porque têm uma enorme sinapse que liga o neurónio do poder ao neurónio da masculinidade. E nós, mulheres, temos sinapses equivalentes, quando nos deliciamos a comprar roupinhas cor-de-rosa para uma bebé recém-nascida ou um lindíssimo vestido rodado e com um maravilhoso laço para a festa de aniversário da menina que já não é bebé e um pouco gracioso fatinho de marujo para o bebé menino e um livro de divulgação científica para o rapazinho que cresceu.
Socióloga e socialista
Lisboa, 20 de Fevereiro de 2008
Incrível
Eu já não me importava de ganhar 25 euros por hora...
quarta-feira, fevereiro 20, 2008
Acerca das intervenções
terça-feira, fevereiro 19, 2008
Destaques IPRI
Eleições gerais no Paquistão
A escalada de violência marcou o período pré-eleitoral e os resultados das eleições serão decisivos para o futuro do Paquistão.
Kosovo: o dia da independência
A declaração unilateral de independência do Kosovo é um passo decisivo na ruptura institucional com a Sérvia e um precedente que divide o Conselho de Segurança das Nações Unidas e a União Europeia.
Ataques em Timor-Leste
O Presidente Ramos Horta e o Primeiro-Ministro Xanana Gusmão foram alvo de ataques concertados perpetuados por rebeldes, abalando a estrutura institucional de Timor-Leste.
Ricardo Revez
A mim parece-me que sempre esteve na blogosfera.
Só é pena que escreva pouco...
Grande abraço, Ricardo.
segunda-feira, fevereiro 18, 2008
Liberdade, Educação & Política
Caros camaradas,
Como sabem este blogue destina-se a promover a candidatura do Camarada Miguel Coelho à presidência da Concelhia do PS Lisboa.
É um instrumento, como outros, de promoção da vida política activa, das ideias e ideais socialistas, na tradição do que de melhor o Partido Socialista tem construído, nos seus quase 35 anos de História.
Criámos este espaço para, de forma dinâmica, construirmos uma melhor articulação comunicacional com o Militante do PS Lisboa, independentemente da sua opção eleitoral; consolidando um processo progressivo de utilização das Tecnologias de Informação e da Comunicação na vida da Concelhia de Lisboa, sempre em beneficio dos seus Militantes.
Sabíamos dos riscos a que nos exponhamos por procurarmos fazer política de forma transparente e honesta, sempre respeitando a opinião do Outro e o direito à Liberdade de Expressão; pugnando pela pluralidade política interna. Sabíamos também que nos exporíamos ao insulto, à incúria, à falsa acusação; tácticas demasiado utilizadas na nossa actividade política, infelizmente.
Daí que tivéssemos tomado a decisão de manter os comentários deste blogue sujeito a moderação da sua equipa de gestão. Temos recebido, é justo dizer, muitos comentários de apoio, de incentivo e de louvor pelo nosso trabalho. Recebemos mesmo, e publicámos, textos de quem não nos apoia, num sinal claro que nesta candidatura de respeita a opinião socialista e se defende o direito de livre expressão.
Temos sido, neste caso, exemplares.
Infelizmente recebemos recentemente um comentário, infeliz, onde uma camarada socialista era vilmente atacada. As ofensas à sua pessoa são, em nosso entender, de consequência grave; e a Candidatura do Miguel Coelho repugna, vivamente, o seu conteúdo. Não só é posto em causa o seu bom-nome, como o do Partido Socialista; uma vez que são inventadas acusações não provadas e utilizado um termo - «fascista» - que deveria ser guardado para uso extremo. Quem no PS lutou contra o Fascismo Português sabe bem que este não é um qualificativo vulgar. E a utilização de tal substantivo, entre camaradas, deve ser, no mínimo, cuidada. Este comentário, encaminhado às pessoas citadas, originou algumas reacções.
Perante o dilema da publicação deste comentário, que viola qualquer código de conduta socialista, a equipa de gestão deste blogue decidiu que este post.
Subjacente à nossa decisão encontra-se o confronto entre a Liberdade de Expressão e a ofensa gratuita e infundada. Até onde pode, e deve, ir a Liberdade? E a censura? Também pesou na nossa decisão o facto de este blogue ser um espaço de apoio a uma candidatura a uma Instituição do Partido Socialista, neste caso a Concelhia de Lisboa do Partido Socialista; o que o deverá colocar a coberto de qualquer mau uso do nome do Partido.
Assim, foi decidido que se autorizaria a publicação deste comentário– bem como as respostas que suscitou – mas não neste blogue. Será solicitado ao espaço socialista da blogosfera a exposição desta assunto. Desta maneira salvaguarda-se a não existência de qualquer Censura; mantém-se o primado da Pluralidade e da Liberdade; e salvaguarda-se o bom-nome do Partido Socialista, e das pessoas citadas.
Desta maneira solicitamos à blogosfera assumidamente socialista que publique quer este texto quer os que originaram esta situação e que se associe, publicamente, à nossa rejeição de tal conteúdo.
A candidatura do Miguel Coelho tem-se posicionado, nesta campanha eleitoral, com uma atitude positiva, pró-activa e prospectiva; procurando construir um melhor Futuro para a existência política do PS na cidade de Lisboa, agora que a sintonia entre a Concelhia e a Presidência da CML é publicamente simbiótica e oleada. A candidatura do Miguel Coelho tem dedicado, novamente, especial atenção ao papel do Militante nos processos de consulta, de decisão e de execução de projecto políticos. É por isso que somos a Voz ao Militante, que somos Por um Partido de Militantes.
(iremos enviar aos blogues referidos todos os textos em causa)
A equipa de coordenação do Blogue de apoio à Candidatura do Miguel Coelho
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TEXTO 1
Uma candidatura procura o apoio dos dirigentes nacionais do partido; outra procura a adesão junto ás bases. Assim se vê quem reconhece no PS um Partido de Esquerda, e quem dá azo ás recorrentes acusações ideológicas - aliás posturas como a que foi relatada por uma camarada ontem no bairro alto segundo a qual, as amigas (também militantes) não se deslocaram ontem á séde da FAUL para ouvir um dos candidatos á CPCL porque "A Carla disse para não ir", deixam-me a pensar que me filiei num qualquer partido fascista, por engano
Gustavo "Che" Gouveia
TEXTO 2
Caro (a) camarada. Se há algo a que dou valor é precisamente às bases do Partido Socialista, ao militante não dirigente, pois é para ele que diariamente trabalho. E faço-o valorizando o pluralismo de ideias e convicções. Por isso, estive presente na sessão de apresentação da candidatura do camarada Miguel Teixeira na secção do Bairro Alto. Por isso, a divulguei aos militantes do Bairro Alto. Aliás, um dos apoiantes da candidatura do Miguel Teixeira esteve presente na última reunião de secretariado do Bairro Alto e deve ter certamente ouvido a minha referência à importância de estarmos presentes na apresentação das duas candidaturas.
Os camaradas do Bairro Alto sabem que na sua secção se praticam os valores do Partido Socialista, onde o exercício da democracia, o livre pensamento e a diversidade de opiniões existe e é salutar. Como referi, eu também estive na reunião de dia 6 de Fevereiro, e ouvi atentamente todos os comentários efectuados e garanto que ninguém fez uma afirmação do teor da que foi referida. O que aconteceu, é que uma camarada, ao fazer a sua intervenção, afirmou que tinha dito a várias pessoas para estarem presentes na reunião e que as mesmas disseram que não iam porque já se tinham comprometido comigo em como davam o seu apoio à candidatura do Miguel Coelho. Quem estava atento, foi isso que ouviu. Eu também lamento que a participação na reunião de militantes do Bairro Alto tivesse sido fraca, cerca de 10 pessoas, e que a sala tivesse ficado cheia devido à presença de apoiantes da candidatura do Miguel Teixeira de outras secções. Contudo, respeito que camaradas, com vida ocupada, e estando já esclarecidos do seu sentido de voto, não tivessem comparecido.
Caro (a) camarada, no Bairro Alto fazemos política séria. Não deturpamos o que ouvimos. Trabalhamos em função de convicções e respeitamos a sua pluralidade, o que aliás sempre foi, e é, uma constante da história e tradição da secção do Bairro Alto e do Partido Socialista.
Carla Madeira
Associação Médicos Pela Escolha
A associação Médicos Pela Escolha iniciou hoje a divulgação nacional de um novo material informativo (em anexo) sobre o direito à Interrupção Voluntária de Gravidez (I.V.G.)
Intitulado "A Interrupção Voluntária de Gravidez é um direito. Informe-se", este folheto destina-se a larga divulgação nacional, com particular enfâse nos centros de saúde e outros estabelecimentos de saúde por todo o país.
Porque a mudança de mentalidades não é automática, numa altura em que se debatem os primeiros números sobre o recurso legal ao aborto e se reconhece que falta ainda informação para a plena concretização dos objectivos da Lei, com esta campanha inédita, a MPE presta o seu contributo ao esclarecimento público sobre a possibilidade do recurso legal à I.V.G., com vista à diminuição drástica das práticas de aborto clandestino, possibilitada pela legislação agora em vigor.
Um ano depois do referendo que despenalizou a I.V.G. até às 10 semanas, com 6 meses passados sobre a entrada em funcionamento da respectiva Lei, a campanha da MPE vai ao encontro da reconhecida necessidade de informação e de combate ao estigma que persiste (e continua activamente promovido pelos movimentos que defenderam o voto NÃO no referendo) em torno da prática da I.V.G.
Ao invés dos balanços apressados e prematuros que têm vindo a ser esgrimidos pelos partidários do NÃO contra uma Lei que não cumpriu sequer um ano de existência - mas que encontrou em poucos meses, nos estabelecimentos e profissionais de saúde, a disponibilidade para a adaptação dos serviços à nova realidade legal - é o trabalho continuado pela divulgação e aplicação da nova Lei, e pelo reforço das necessárias políticas complementares de planeamento familiar e contracepção, o caminho para o combate ao aborto clandestino em Portugal.
"Desconfia que está grávida e não deseja essa gravidez? - Onde se deve dirigir?"; "O que é a consulta prévia de IVG?"; "O que é o acompanhamento psicológico e/ou social? É obrigatório?"; "Quais as diferenças entre aborto cirúrgico e aborto medicamentoso?", em que instituições de saúde é praticada a IVG em cada distrito do Continente e Ilhas?, estas são algumas das questões a que vem responder este material.
Associação Médicos Pela Escolha
domingo, fevereiro 17, 2008
sábado, fevereiro 16, 2008
Uma dupla (não tão) improvável
P.S. -Ainda hás-de explicar porque é que és "tão anti-Obama", so to speak!
PANORAMA 2008
Reflexão
O Anglicano Arcebispo da Cantuária propõe a coexistência de dois universos legais num mesmo território: a sharia, para os muçulmanos, o enquadramento legal britânico para os súbditos ingleses. O que poderá querer dizer que os muçulmanos são, não súbditos de Sua Majestade, mas súbditos de Allah. A relação entre súbditos e (respectivos) monarcas parece prevalecer (feudalmente?) sobre a inscrição territorial. Um recente inquérito à população muçulmana indica que uma parte significativa é negacionista no que ao Holocausto dos judeus diz respeito. Holocausto que a Grã Bretanha combateu. Não haverá aqui um paradoxo? Questionamo-nos sobre os interesses económicos e financeiros colectivos que estarão por detrás desta tomada de posição anglicana e inglesa, interesses que, é um dado inegável, ao serem bem defendidos, poderão contribuir largamente para a manutenção de uma civilização.
Talvez em resposta a esta posição, o Presidente Sarkozy propõe que o Holocausto seja relembrado em França. Já sabíamos que a França legislara medidas anti-negacionistas. Sabemos que a mortandade de judeus na II Guerra Mundial foi muito significativa e sabemos das origens judaicas do Presidente Sarkozy. A inscrição territorial “imaginada” e legitimada n´O Livro Religioso, a Torah, de um povo então em diáspora – a nação judaica – parece poder conviver com a inscrição territorial real: a França enquanto nação. De facto, assim aconteceu, com muita dor, muita ruptura, muita proscrição, muita estigmatização dos judeus pelos europeus. E com a guetização dos judeus, não obstante a contribuição económica e cultural destes na formação da europeidade. O gueto não vai, naturalmente, repetir-se na Europa porque foi enviado para a península arábica onde, por sua vez, é um guetto que guetiza outros povos, proibindo-lhes, nomeadamente o acesso à água potável.
Por outro lado, a utilização das emoções das crianças das escolas francesas – pelo apadrinhamento, por cada uma, de um/a menino/a morto/a no Holocausto – segue o padrão dos piores programas televisivos da última década. Questionamo-nos sobre os interesses económicos e financeiros colectivos que estarão por detrás desta tomada de posição francesa, interesses que, é um dado inegável, ao serem bem defendidos, podem contribuir largamente para a manutenção de uma civilização.
Se a política pragmática é importante para a continuidade de uma civilização, os princípios fundadores de qualquer civilização são-no de igual modo, sob pena desta ficar reduzida a bens de consumo deixando de ser uma civilização e passando a ser uma feira popular ou um supermercado gigante, o que é a negação do próprio conceito de civilização. No caso britânico, perguntamo-nos qual o espaço que é dado às noções de cidadania e de universalidade? Qual a relação desejável entre multiculturalismo e cidadania? No caso francês, nação que impediu o uso do tchador nas escolas, dando prevalência à noção de sociedade / universalizante sobre a noção de comunidade / particularizante, qual o significado simbólico de levar crianças vivas a apadrinhar crianças mortas? Melhor fora apadrinhar crianças vivas enquanto elas o estão.
E o que acontece quando uma menina de 11 anos inglesa conversa com uma menina de 11 anos francesa, no Verão, numa praia, eventualmente algarvia (em Portugal)? “Sabes, uma amiga minha, a Faranaz, foi agora excisada, diz a inglesinha. Os Pais fizeram uma grande festa porque é um acontecimento que, entre muçulmanos, faz da Faranaz uma mulher que já pode casar-se.”. “Ah! Que coisa horrível; é uma mutilação! Diz a francesinha. As meninas muçulmanas da minha escola não podem sequer tapar a cara porque os professores querem vê-las, quanto mais serem sujeitas a coisas dessas que levariam os Pais a serem castigados pelos Tribunais. Sabes, eu sou madrinha do Samuel, um menino judeu que vivia em Aix-en-Provence, escondido numa escola francesa, usava o nome falso de Nicholas e era órfão de pais austríacos judeus. Tocava violino e tinha 13 anos quando morreu às mãos dos nazis, há mais de 60 anos.” ...
A cidadania e o pluriculturalismo são noções cujas relações actuais, nomeadamente na Europa em construção, têm de ser repensadas, sem preconceitos nem chavões que mais não fazem do que esconder realidades para as quais temos de olhar de frente. Comunidades diversas a viverem num espaço comum exige muita reflexão. Modos de ver e de estar diversos transportam potenciais conflitos. Em democracia, as diferenças têm direito a expressão e os conflitos são reguláveis. E não podemos nem devemos negar as nossas noções europeias herdadas da Grécia, de Roma, da Renascença e, mais recentemente da Revolução Francesa, nem obrigar crianças a carregar, às costas e dentro do coração, cadáveres com nomes próprios e biografias concretas. Se se trata de defender interesses económicos e financeiros colectivos de uma Nação – a Britânica - ou de um conjunto de nações – a Europa continental, talvez fosse importante não apenas acertar objectivos, estratégias e tácticas como delas dar amplo conhecimento às pessoas que constituem a Europa ou as Europas.
Que Europa queremos construir? Que europeus queremos ser?
Vera Santana
Socióloga e socialista
Lisboa, 14 de Fevereiro de 2008
Princípios, Consequência & Política
Recentemente fui alvo de uma acusação grave. O Carlos Castro acusou-me de plagiar algumas ideias da candidatura do Miguel Teixeira.
Dizia, grosso modo, que a candidatura do Miguel Coelho andava a reboque da do Miguel Teixeira. Entenda-se que é o mesmo que dizer que a candidatura do Miguel Coelho copia a do seu adversário; ou seja, que a plagia. Como o autor do texto referido era eu, senti-me citado. Mais, como académico, como alguém que existe profissionalmente de acordo com a sua capacidade de criar ideias, análises, conhecimento, devem entender que a acusação acerca da originalidade das minhas ideias é do pior que me podem acusar. É colocar em causa a paternidade do meu trabalho; e não posso deixar que passe impune vis acusações infundadas.
Em resultado, solicitei, exigi, ou a apresentação de provas, que corroborassem a acusação, ou um pedido público de desculpas, e consequente retracção.Deixei, deliberadamente, passar algum tempo, esperando que o Carlos regressasse ao bem senso que pensei que teria. Devo que depois do ocorrido lhe possibilitei, em termos pessoais, duas saídas à situação entretanto criada. É certo que, como dizia Churchill, que em política encontramos mais facilmente os inimigos dentro do nosso próprio partido (e os adversários fora), e de que relações de amizade são difíceis de construir e manter em ambiente tão atroz.
Não estou com isto a querer dizer que considerava o Carlos Castro um amigo. Não. Mas éramos bons conhecidos, com alguns interesses em comum. Era uma pessoa com quem gostaria, um dia, de poder partilhar uma equipa. Quis a fortuna que nunca partilhássemos projectos políticos.
Neste contexto deparei-me com este post do Carlos Castro, cinicamente intitulado,«A coragem de pedir desculpa e de fazer Justiça». Admito que tal post me deixou curioso. Viria o Carlos reconhecer o seu inequívoco? Viria apresentar alguma prova da sua vil acusação? Não. Mas vinha a reconhecer a alta importância o gesto do governo australiano, agora trabalhista, de pedir desculpa pelos consecutivos abusos que infringiram (os brancos australianos) ao povo aborígene.
É preciso ser… cínico, pensei. Reconhecer que a «desculpa» é uma palavra muito importante, mas ser incapaz de a utilizar é de um cinismo atroz, revelador de uma denunciante incontinência verbal associada a uma inconsequência tremenda. Como é que alguém, no espaço público e publicado, se esconde cobardemente de um pedido de clarificação público exigido e depois exalta a coragem do Primeiro-ministro australiano?
Claro que a minha estranheza não advém do acto honrado e humilde do primeiro-ministro australiano mas de tais referências provirem de alguém que tem mostrado e demonstrado ser tudo menos portador de tal honradez ou humildade.´
Decerto o Carlos se terá deliberadamente esquecido do pedido público de desculpas que lhe solicitei em ocasião da falsidade por ele inventada, relativa à minha pessoa. Decerto terá esquecido de todas as oportunidades que lhe dei de se emendar, de reconhecer o seu erro. Eu até teria, possivelmente, entendido as razões do seu abuso; afinal poderá ter, inadvertidamente até, reagido emotivamente por a campanha eleitoral interna não lhe estar a correr bem. Até poderia entender que, por razões políticas, não quisesse dar o braço a torcer, admitir o erro, pois tal o colocaria numa posição de fraqueza. Mas tais razões esfumaram-se quando eu lhe fiz entender que estava gravemente ofendido com as suas falsas acusações.
No entanto nem todas as razões possível lhe desculpariam a sua má educação e má formação para comigo, colocando-o definitivamente na curta prateleira daqueles a quem não me quero ver associado. Muito poderia ter justificado os seus actos. E eu, disse-o várias vezes, até o compreenderia, caso o Carlos se retratasse e apresentasse desculpas. Como fez agora o primeiro-ministro australiano. O problema é que para isso acontecer o Carlos necessitaria de reconhecer que o que fez estava errado e ter a capacidade de o reconhecer publicamente, ser humilde.
Ora essas duas suposições não são, então, verificáveis. E, perante tal verificação, não me resta senão cortar, publicamente, relações com esse senhor. Há, para mim, limites. E o Carlos passou-os. Avise-o disso, retirei a nossa contenda da disputa política em curso (porque entendo que se devem separar os campos), e proporcionei-lhe todas as oportunidades de se redimir. Como é natural, não poderia deixar passar este acto grave em claro, sem consequência. Em política nem tudo pode ser permitido ou validado.
Não poderia deixar impune o comportamento agora detectado, assim como não poderei deixar de denunciar, publicamente, alguns traços do carácter do Carlos Castro. Esta atitude abjecta, ignóbil e infame denuncia alguém intelectualmente desonesto, porque o que escreve não é verdade; cobarde, porque se esconde e é incapaz de responder pelos suas acções; mentiroso e desprezível, porque é incapaz de reconhecer a gravidade dos seus actos.
Ficamos assim a saber que para o Carlos a incúria, a acusação vil e o boato de baixo nível são instrumentos legítimos de fazer política. Decerto terá sido atingido por uma qualquer superioridade bacoca, masturbatória, e de recente existência, que o terá retirado de qualquer discernimento consciente.
Ficámos ainda a saber que o novo Carlos renegou, definitivamente, aos valores da Justiça, do Bom-nome, da acusação provada; pouco lhe interessando se coloca o bom-nome de alguém em causa, ou se o que escreve é verdade ou não; se pode ou não ser provado.
Ora em política devemos lutar por princípios e valores. Valores e princípios que não podemos deixar cair por tuta e meia; ou que sejam legítimos apenas em cenários exógenos, perdendo a validade quando aplicados a nós próprios.
O GRÉMIO LISBONENSE
Mas tenho que te referir que esta situação do Grémio Lisbonense não é de agora, já se vem desenrolando nos tribunais há bastante tempo, e é o infeliz, mas verídico, corolário para quem faz obras e modificações no local arrendado, sem expressa autorização do senhorio.
Por mais movimentos e apoios que se manifestem agora, não há Tribunal que possa retirar a razão e o direito que assiste ao proprietário do 1ºandar onde está instalado o Grémio Lisbonense. Qualquer advogado que consulte o processo (e garanto-te que vários o fizeram) assim o dirá.
E olha que já há alguns meses que a Direcção do Grémio foi recebida pelos gabinetes de todas as forças representadas na Vereação da CML para explicar a situação delicada que estava a passar.
Claro que, com serenidade e calma, se vai arranjar uma solução para alocar o Grémio; se não continuar ali, passará por certo para outra sede nova, na mesma área geográfica.
Posso-te grarantir que da minha (nossa) parte se fez o que era políticamente exigível: foi apresentada e aprovada uma Moção na Assembleia de Freguesia de São Nicolau e patrocinada uma outra providência cautelar pela Junta de Freguesia, bem como foi apresentada uma Recomendação na Assembleia Municipal (aprovada por unanimidade).
Contudo, decisões do Tribunal, por mais injustas e incríveis que nos pareçam, são para serem acatadas num Estado de Direito. Sabe-o bem a Direcção do Grémio e a sua Advogada. E nós todos também.
Olha, Zé: ainda iremos beber, seja lá onde fôr, um café no Grémio Lisbonense onde te apresentarei o meu amigo Zito. Até lá, vamos acompanhando as negociações em curso.
sexta-feira, fevereiro 15, 2008
Malta Labour Party election campaign in pictures (1 de 2)
Uma dupla (não tão) improvável
Porquê?
Vários factores (certamente não irei explaná-los todos aqui mas deixarei alguns).
- O factor idade - Não me parece de todo espectável que Hillary aceite ser candidata a vice-presidente sendo mais velha e estando numa disputa tão acesa pela nomeação. Principalmente porque estaria oito anos exposta a levar pancada quer em nome da administração (pelo menos nos primeiros quatro) quer por ser... Hillary Clinton;
- O factor pressão mediática - Os Clinton estão há vários anos sob os holofotes dos média e não me parece que Hillary Clinton aceite ser número dois de alguém. Pela mesma razão (factor mediático) não me parece que Barack Obama queira a vice-presidente alguém que compita com ele em mediatismo;
- O factor experiência - Ninguém duvida, nem põe em causa, nos dias de hoje, que Hillary é mais experiente do que Obama. Embora hoje tenhamos um vice-presidente americano mais experiente que o presidente, são situações distintas. Juntar este factor ao factor 2 faz com que qualquer hesitação de Hillary a responder a um qualquer jornalista sobre algo decidido por uma administração Obama é o suficiente para haver discussão na imprensa por mais de uma semana;
- O factor tempo - O tempo de Hillary é agora: ou ganha, ou perde. Não há mais hipóteses.
No entanto, se for o que eu desejo (e suponho que tu, pelo menos, não te importes), torna alguns destes factores em vantagens:
- O factor idade - Este não existiria, e se algo podia acontecer era um beneficio pela perspectiva de continuidade. Algo que não existia na administração Clinton (ao início) e nunca existiu na administração Bush. Uma situação que teria de ser sufragada nas urnas, obviamente, mas a possibilidade é real.
- O factor experiência - Aqui Obama teria tudo a ganhar. Acho que nem preciso de dizer nada;
A principal razão (não única) para este cenário não se dar (caso Hillary ganhe a nomeação) serão os egos de ambos. Mas para isso suponho que o DNC está guardar Howard Dean, Nancy Pelosi e Al Gore. Só falta ver é que cartas vai jogar Edwards.
Só para ter a certeza...
You Are 76% Democrat |
You have a good deal of donkey running through your blood, and you're proud to be liberal. You don't fit every Democrat stereotype, but you definitely belong in the Democrat party. |
You Are 8% Republican |
If you have anything in common with the Republican party, it's by sheer chance. You're a staunch liberal, and nothing is going to change that! |
quinta-feira, fevereiro 14, 2008
1 ano
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