Recentemente dei conta do meu agrado no visionamento do filme «Control» (de Anton Corbijn), dedicado aos Joy Division. Eu, que já os idolatrava, fiquei pasmado com a força da musica e da banda de 4 early twenties Manchester boys. Ontem tive a oportunidade de ver o documentário de Grant Gee, intitulado «Joy Division», no Fórum Lisboa. O filme, integrado no Indie Lisboa, além de ter esgotado a sala, possibilitou o confronto com o filme de Anton Corbijn, na medida em que as personagens do documentário eram as reais, e não actores fisicamente parecidos e bem caracterizados.
Se já tinha me impressionado a ficção, a realidade é avassaladora. Eles eram mesmo bons. Bons músicos, boa banda, som inovador e revolucionário, extraordinária presença e energia em palco, e letras impressionantes. Depois, tinham em Ian Curtis um daqueles lead singers de excepção e de raridade. Aliava a fotogenia à capacidade de escrita, enquanto incendiava o palco com o seu extasiante transe.
A sua trágica história confunde-se com a da banda, e a sua morte prematura e deliberada catapultou-o para um lugar só destinado aqueles a quem o futuro nunca confundiu ou desmentiu.
Notei no documentário dois pormenores bem interessantes. O primeiro é o que se refere ao facto dos New Order nunca terem tocado musicas dos Joy Division nos anos 80 e 90, só o fazendo muito recentemente (o que os coloca num patamar bem distante daqueles que fazem do aproveitamento imediato da exposição mediática forma de vida). O segundo aspecto é o que se refere ao facto do segundo LP – Closer – ter sido editado postumamente (em relação a Ian Curtis), com um jazigo na capa. Foram, realmente, uma das grandes bandas do século XX (e XXI), com uma sonoridade intemporal que assusta.
Excelente iniciativa esta da SIC, da Rádio Renascença e do Expresso. Chama-se Parlamento Global, e pretende ser um interface activo entre os parlamentares e os seus eleitores. Por ora há que salutar a iniciativa que, como apraz nestas ocasiões, fica a depender da produção de conteúdos futuros. Por agora vou me entretendo a ver as respostas que alguns amigos colocaram online
Este post é um comentário que deixei aqui, em relação à questão apresentada. Como me senti inspirado, reproduzi-o nesta Loja (é um bocado egocentrico, eu sei...) A questão de Hillary passa pela eleição de Novembro. Toda a gente é unanime em considerar que Obama perde Florida para McCain e que tem o Michigan em risco, tudo isto devido à desastrosa decisão do Partido Democrata em não contar com os delegados eleitos por estes dois estados. Hillary fez campanha e apareceu nos boletins de voto de ambos pois achava que a nomeação era um passeio (erro táctico por todos referido) e estava a pensar já na eleição de Novembro. Com toda direcção do Partido Democrata a querer que isto se decida, com a vantagem de Obama, com a análise de 90% (para ser simpático) dos comentadores políticos a dizerem que a vantagem de Obama é mais que suficiente para ser o nomeado, os cerca de 300 superdelegados que estão indecisos (ou não anunciaram o apoio) estão-no just because? Claro que é extremamente curioso que agora sejam esses dois estados que mantêm Hillary na corrida… Se porventura ela for a nomeada, o que poderá dizer a campanha Republicana nesses estados em relação a Hillary? Já em relação a Obama…
Este é um texto de que gosto muito. Produzi-o há 4 anos, para os 30 anos do 25 de Abril, e todos os anos o repito aqui neste blogue... Desconfio que poucas pessoas o conheçam, por isso não é um auto-plágio muito grave. (lembrem-se que em 2004 era Durão Barroso PM, e Abril já não era Revolução mas Evolução). Falo, Erecção, Orgasmo; ou a interpretação simbólica de uma peça cultural no panorama comemorativo do 25 de Abril… Em tempos de reformulações filosóficas e reconstruções históricas relativas ao 25 de Abril, onde uma revolução é substituída por uma evolução, nunca a obra do Parque Eduardo VII, alusiva à “Revolução dos Cravos”, me mereceu tanta atenção e reflexão.
Falo, obviamente, do Falo do Cutileiro. Aquele que tantos ódios, amores, polémicas e dissabores despertou não só no meio intelectual e artístico deste nosso cantinho tacanho, como na maioria da sociedade portuguesa que alguma vez se deu ao trabalho de o olhar. Para mim não me interessa tanto o que se pensa da obra, não me interessa que aspectos técnicos contêm, ou mesmo as considerações frequentes à personalidade do artista; o que me interessa é o que ela para mim simboliza, o que me faz pensar e sentir, em suma o que, ao nível do conceito, me faz transportar para um imaginário infinito e livre.
E esse imaginário é o 25 de Abril. É a Pujança, o Vigor e a Vontade. É a Acção, o Facto e o Verbo. É o Possível, o Infinito e o Sonho. É Abril. Abril fecundado.
É nesse Abril que eu vivo, no qual me transporto quando busco algo intemporal; no qual reflicto quando me confronto com as normalidades anormais da contemporaneidade portuguesa; é o Abril polemista, irreverente e imaginativo. Nesse Abril vive a Revolução.
Hoje vivemos, segundo a oficialidade governamental, na Evolução. Essa “evolução” disforme, incolor e insonsa. Uma evolução que pretende representar um Portugal neutro, cinza e murcho.Num ápice, tudo o que granjeámos colectivamente em repetidas construções simbólicas, sempre pessoais e sempre possibilistas, transformou-se em obtusos gráficos, esquemas e indicadores. Acabou o sonho. Tudo é real. Não existiu. Aparece o manguito.
A mesma escultura que antes representava a historicidade lúcida de uma geração progressista e democrática apresenta-se como um grande manguito àqueles que procuram assumir a burocracia escura de gabinetes lânguidos como um factor de modernidade e contemporaneidade. Abril, antes erecto num orgasmo constante rumo ao infinito, é retratado como balizado, palpável e pornográfico.
Pois digo-vos que se enganem aqueles que procuram inculcar valores vazios e inócuos em Substantivos Colectivos. A história faz-se, é verdade, mas também se sente; e que nada nem ninguém tome para si a pretensão de se substituir ao sentimento. Esse é nosso.
E se, por disfunções ideológicas e complexos recalcados, homens hajam que nos procurem coarctar a Liberdade tão duramente conquistada, que lhe façamos um manguito, um GRANDE MANGUITO!!! JRS
É já na próxima segunda-feira, dia 28 de Abril, pelas 19 horas, que iremos receber a Raquel Freire e a Fernanda Câncio em mais uma sessão do ciclo de conferências que estamos a organizar em torno da cidade de Lisboa. Depois do Regicídio e da Lisboa do... Rui Tavares, vamos ter a oportunidade de deambular na Lisboa destas duas jovens mulheres, ambas lisboetas de adopção, activas de diversas causas. Que Lisboa terão elas para partilhar connosco? Venham ouvi-las ao vivo e em directo no 7º piso do El Corte Inglês, ou no gravado e em diferido no blogue de apoio às conferências ( aqui). Lá vos espero.
Deixamos aqui um destaque que achamos importante:
"Non-British EU citizens living in London have the right to vote in elections for the Mayor of London on 1. May 2008! Support Ken Livingstone, Labour UK, as Mayor of London! All Europeans are invited to sign the support statement of Labour Movement for Europe here. You can also support Ken Livingstone on Facebook: Join the group or become a fan."
Podem ver mais sobre isto aqui e aqui!
Em política, dispersa os favores que fazes e concentra os que pedes.
Europas dentro da Europa: o anel da Virgindade Na Polónia é tempo de Primeiras Comunhões Católicas. No interior conservador (cerca de 10% da população) é oferecido, às meninas comungantes, um anel da Virgindade. Aos rapazes, consolas de jogos. O que nos preocupa? Uma evidente questão de género: provavelmente o anel destina-se a ser substituído pelo anel de noivado e este pelo de casamento. Se não houver nem um nem outro terá de perdurar ad eternum no dedo da "Vieille Fille"? Mulheres argoladas para a vida: 5% da população polaca. Uma distinção discriminativa. Um presente gerador de possíveis hipocrisias. Preocupam-nos também as formas institucionais europeias a construir para proteger minorias sociais. Os USA têm longa prática nesse campo. Há, no entanto, limites fluídos. A poligamia praticada por certos grupos tem vindo a ser denunciada porque proibida. Definir fronteiras entre o permitido e o proibido não é tarefa fácil. O mesmo problema coloca-se na delimitação entre a esfera do privado e a esfera do público. Em toda a Europa. Tanto ainda a construir!
Ontem no Prós & Contras, sobre a crise do PSD, a figura foi Joaquim Aguiar. O velho politólogo mantém a forma acida que o caracteriza. Não entendo como não é mais «aproveitado» (e foi gritante o confronto com o André Freire, que nunca conseguiu despir o seu casaco ideológico). O programa foi interessante, mas bastante desnivelado. Dois candidatos em plena campanha eleitoral (Passos Coelho e Patinha Antão), um deles com um apoio extra no palco (Angelo Correia); e uma ex-comunista a defender o Partido, o Partido e o Partido. Soubemos, pela Fátima Campos Ferreira, que houve outros convidados, nomeadamente outros candidatos. Soubemos que alguns recusaram, mas não haveria mais ninguém para dar a cara? notáveis? bases? presidentes de Distritais? Comissários Nacionais? Se este é o debate que os sociais-democratas querem promover, parece-me curto, e com pouco a ver com o grande exemplo de debate partidário que foi a eleição interna de José Sócrates (contra Alegre e João Soares). Veremos o que as cenas dos próximos capítulos nos reservam. [sei agora que Manuela Ferreira Leite é candidata. Aguiar Branco retira-se]
A um comentário, de "Light my fire" sobre um post meu no qual comparo algumas consequências sociais e individuais da ética e das práticas do protestantismo com algumas consequências sociais e individuais da ética e das práticas do catolicismo, no qual "Light my fire" invoca o velho Marx e a conhecida afirmação "a religião é o ópio do povo", respondo com um trecho de Despestres sobre o Poeta da Negritude: "Aimé Césaire ne pouvait manquer de retenir le trop bon marché que le marxisme à la soviétique a fait du drame intérieur des hommes. En voulant tout ramener, dans la vie en société, à la transformation des seules conditions matérielles, il avança sur la formation de des thèses qui faisaient cavalièrement l'impasse sur le sens du sacré dont a besoin de s'alimenter la part la plus intime de l'imaginaire humain chez l'individu. Au lieu d'un aggrandissement des échelles du rêve et de la réalité, comme il nous est offert dans la pensée d'Aimé Césaire, sous ses formes soviétique, yougoslave, chinoise, vietnamienne, cubaine, la a imposé au monde une parodie sinistre du message évangélique; une caricature carnavalesque de l'état de compassion et de solidarité qui aurait dû féconder la situation affective et morale des individus et des groupes sociaux. Elle s'est essoufflée jusqu'à l'extrême épuisement dans le traitement du petit nombre de vieux conflits qui continuent de torturer le coeur humain: le passage de l'enfance à l'âge adulte, la sexualité, la solitude, la peur du vieillisement et de la mort inéluctables, les énigmes du cosmos, les troubles appels du désir et de l'inquiétude, la disposition des êtres à jouir du mal et à souffrir du bien, et tant d'autres phénomènes mystérieux de la vie que le pouvoir ouvrier préféra traiter en qu'il abandonna aux bas-côtés des routes de l'Histoire. Soumis au vibrion tragique de son déterminisme aux abois, le système stalinien s'empressa de délester l'envers énigmatique de la vie intérieure des gens pour porter le seul fardeau de son matérialiste règlement de comptes. L'oeuvre entière d'Aimé Césaire, dans ses divers registres, prend acte de l'incapacité du socialisme à faire éclore et prospérer la charge d'une nouvelle civilisation qui eût été en mesure de réussir une percée jamais vue dans la voie de la démocratie grâce à une synthèse du savoir le plus moderne et des grands élans spirituels hérités des religions et des anciennes sagesses dont l'or court en filigrane dans la pâte des cultures de la planète.". O reducionismo materialista do marxismo em praxis gerou um buraco negro nas almas dos povos africanos, diz o autor, a partir das teses de Aimé. Incapaz de propôr interpretações ou compreensões para questões cujas respostas poderão ser de índole antropológica ou psicanalítica - a morte, o desejo, a incompletude do ser humano - o marxismo em praxis encheu esse vazio com a sua própria teorização auto-eleita como via salvífica para o homem na terra, no presente e no futuro. As almas inquietas continuaram inquietas, à procura de algo que lhes faltava. A inquietude gerou Poetas do transcendente, malditos, como, por exemplo, Ossip Mandelstam, Ana Akhmatova, entre tantos outros, alguns queimados pelo fogo do frio siberiano. O Poeta morreu; lá, como cá. E o buraco negro das almas viria a ser preenchido - aqui concordo com o "Light my Fire" - com o consumismo, com o futebol. A Poesia e a Música não descem à rua todos os dias, para todas as pessoas. Como bem observa "Light my fire", numa sua obra, o marxismo cubano permitiu a vivência e o fortalecimento das práticas religiosas vindas de África o que terá, talvez, conferido ao povo de Cuba, a graça cintilante inexistente noutros países comunistas. Fidel fê-lo por respeito para com a Negritude ou por despeito para com a fé católica? Que respondam os conhecedores da Ilha e de outros regimes comunistas. Para finalizar deixo uma nota sobre uma inquietação minha: o Estado chinês apropriou-se dos territórios do Tibete mas não esmagou, até ao desaparecimento total, os monges nem os mosteiros.
April 21st, 2008
Friends,
I don't get to vote for President this primary season. I live in Michigan. The party leaders (both here and in D.C.) couldn't get their act together, and thus our votes will not be counted.
So, if you live in Pennsylvania, can you do me a favor? Will you please cast my vote -- and yours -- on Tuesday for Senator Barack Obama?
I haven't spoken publicly 'til now as to who I would vote for, primarily for two reasons: 1) Who cares?; and 2) I (and most people I know) don't give a rat's ass whose name is on the ballot in November, as long as there's a picture of JFK and FDR riding a donkey at the top of the ballot, and the word "Democratic" next to the candidate's name.
Seriously, I know so many people who don't care if the name under the Big "D" is Dancer, Prancer, Clinton or Blitzen. It can be Mickey Mouse, Donald Duck, Barry Obama or the Dalai Lama.
Well, that sounded good last year, but over the past two months, the actions and words of Hillary Clinton have gone from being merely disappointing to downright disgusting. I guess the debate last week was the final straw. I've watched Senator Clinton and her husband play this game of appealing to the worst side of white people, but last Wednesday, when she hurled the name "Farrakhan" out of nowhere, well that's when the silly season came to an early end for me. She said the "F" word to scare white people, pure and simple. Of course, Obama has no connection to Farrakhan. But, according to Senator Clinton, Obama's pastor does -- AND the "church bulletin" once included a Los Angeles Times op-ed from some guy with Hamas! No, not the church bulletin!
This sleazy attempt to smear Obama was brilliantly explained the following night by Stephen Colbert. He pointed out that if Obama is supported by Ted Kennedy, who is Catholic, and the Catholic Church is led by a Pope who was in the Hitler Youth, that can mean only one thing: OBAMA LOVES HITLER!
Yes, Senator Clinton, that's how you sounded. Like you were nuts. Like you were a bigot stoking the fires of stupidity. How sad that I would ever have to write those words about you. You have devoted your life to good causes and good deeds. And now to throw it all away for an office you can't win unless you smear the black man so much that the superdelegates cry "Uncle (Tom)" and give it all to you.
But that can't happen. You cast your die when you voted to start this bloody war. When you did that you were like Moses who lost it for a moment and, because of that, was prohibited from entering the Promised Land.
How sad for a country that wanted to see the first woman elected to the White House. That day will come -- but it won't be you. We'll have to wait for the current Democratic governor of Kansas to run in 2016 (you read it here first!).
There are those who say Obama isn't ready, or he's voted wrong on this or that. But that's looking at the trees and not the forest. What we are witnessing is not just a candidate but a profound, massive public movement for change. My endorsement is more for Obama The Movement than it is for Obama the candidate.
That is not to take anything away from this exceptional man. But what's going on is bigger than him at this point, and that's a good thing for the country. Because, when he wins in November, that Obama Movement is going to have to stay alert and active. Corporate America is not going to give up their hold on our government just because we say so. President Obama is going to need a nation of millions to stand behind him.
I know some of you will say, 'Mike, what have the Democrats done to deserve our vote?' That's a damn good question. In November of '06, the country loudly sent a message that we wanted the war to end. Yet the Democrats have done nothing. So why should we be so eager to line up happily behind them?
I'll tell you why. Because I can't stand one more friggin' minute of this administration and the permanent, irreversible damage it has done to our people and to this world. I'm almost at the point where I don't care if the Democrats don't have a backbone or a kneebone or a thought in their dizzy little heads. Just as long as their name ain't "Bush" and the word "Republican" is not beside theirs on the ballot, then that's good enough for me.
I, like the majority of Americans, have been pummeled senseless for 8 long years. That's why I will join millions of citizens and stagger into the voting booth come November, like a boxer in the 12th round, all bloodied and bruised with one eye swollen shut, looking for the only thing that matters -- that big "D" on the ballot.
Don't get me wrong. I lost my rose-colored glasses a long time ago.
It's foolish to see the Democrats as anything but a nicer version of a party that exists to do the bidding of the corporate elite in this country. Any endorsement of a Democrat must be done with this acknowledgement and a hope that one day we will have a party that'll represent the people first, and laws that allow that party an equal voice.
Finally, I want to say a word about the basic decency I have seen in Mr. Obama. Mrs. Clinton continues to throw the Rev. Wright up in his face as part of her mission to keep stoking the fears of White America. Every time she does this I shout at the TV, "Say it, Obama! Say that when she and her husband were having marital difficulties regarding Monica Lewinsky, who did she and Bill bring to the White House for 'spiritual counseling?' THE REVEREND JEREMIAH WRIGHT!"
But no, Obama won't throw that at her. It wouldn't be right. It wouldn't be decent. She's been through enough hurt. And so he remains silent and takes the mud she throws in his face.
That's why the crowds who come to see him are so large. That's why he'll take us down a more decent path. That's why I would vote for him if Michigan were allowed to have an election.
But the question I keep hearing is... 'can he win? Can he win in November?' In the distance we hear the siren of the death train called the Straight Talk Express. We know it's possible to hear the words "President McCain" on January 20th. We know there are still many Americans who will never vote for a black man. Hillary knows it, too. She's counting on it.
Pennsylvania, the state that gave birth to this great country, has a chance to set things right. It has not had a moment to shine like this since 1787 when our Constitution was written there. In that Constitution, they wrote that a black man or woman was only "three fifths" human. On Tuesday, the good people of Pennsylvania have a chance for redemption.
Yours, Michael Moore MichaelMoore.com MMFlint@aol.com
D´Os Dias Da Música no CCB: a Música desceu à Rua
É com imenso prazer que tenho assistido à democratização da Música Erudita, de ano para ano, em Portugal. A criação de Orquestras, Conservatórios e Escolas de Música Regionais, o bom funcionamento da Orquestra Metropolitana de Lisboa, a integração da Orquestra Sinfónica do Porto na Casa da Música, o Programa desta, o interesse para com a composição musical portuguesa actual, em muito têm mudado o panorama da música em Portugal.
A gestão inteligente de um orçamento "diminuído", de há 2 anos para cá, aliado ao desenvolvimento institucional da Música em Portugal, acabou por transformar a fantástica Festa da Música do CCB, na qual brilharam, em Festas criteriosamente temáticas, durante anos, as grandes estrelas mundais da interpretação e da direcção, num acontecimento mais quotidiano, no qual, parafraseando Sophia no 25 de Abril, a música desceu à rua. Timidamente, em 2007, conscientemente, em 2008. O nível artístico mantém-se elevadíssimo. A participação de agrupamentos e de solistas portugueses e/ou que escolheram Portugal para o exercício da profissão artística musical parece ter aumentado incontestavelmente.
Nestes Dias, as peças, os Maestros, os Instrumentistas de renome, os Jovens Estudantes de Música, os sub-grupos que fazem música - erudita, jazz, outras; canto, instrumental, orquestral, câmara, etc ... - , os melómanos mais habitués ou menos habitués, as famílias cruzam-se junto dos espaços formais - os palcos - e pelos espaços informais - os corredores onde qualquer pessoa pode fazer música porque os instrumentos estão à disposição, trocam de papéis - o instrumentista do recital das 11h assiste, à paisana e descontraído, com o seu instrumento ao ombro, ao concerto das 13h - descobrem-se, falam, dialogam.
E porque acredito nas afinidades electivas, acabam por encontrar-se, num mesmo recital (de entre tantas opções à disposição do público) velhos amigos e amigas de há décadas com os/as quais nunca se tinha sequer trocado uma palavra sobre gostos musicais. A Música pode ser uma linguagem muito universal.Um momento sublime, para o qual vai a minha subjectivissima preferência de simples melómana: a Sonata para Violoncelo e Piano op.19, em Sol menor, de Serguei Rachmaninov, divinalmente interpretada por Michal Kanka e Miguel Borges Coelho.
Faço votos para que esta literacia - a musical - iniciada com entusiasmo, em Portugal, na última década e meia, de forma constante e apoiada, e capaz de chegar, com imensa qualidade, a uma grande diversidade de pessoas - não seja interrompida por nenhuma epifania extemporânea e poderosa de horrendas personagens como as que se encontram também no CCB, na Galeria da CPS - Cooperativa Portuguesa de Serigrafia - calmamente quietas porque gravadas por Dali, numa ilustração d´O Inferno de Dante. A ver, também. Um Inferno Inquietante por onde passam Os Irados, Os Violentos, Os Ardilosos, os Usurários, os Hipócritas. Junto ao Inferno, está um Limbo, onde podemos encontrar "Almas Boas Ignorantes da Fé".
O Purgatório e o Paraíso de Dali para Dante encontram-se expostos por outras paragens da CPS, respectivamente em São Bento e nas Twin Towers. A escolha dos locais para exposição de cada um dos temas é, creio, da exclusiva responsabilidade do CPS.
Nota: a Orquestra e o Departamento de Música daFundação Calouste Gulbenkian, bem como a Orquestra Sinfónica Portuguesa, entre outras têm, desde sempre, desenvolvido actividades relevantes no âmbito da música. Neste pequeno texto referimos apenas aquilo que de novo, institucionalmente, tem surgido em Portugal.
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Efeitos da Revolução de Abril na literatura portuguesa Três décadas depois do 25 de Abril vale a pena voltar a perguntar que marcas deixou a Revolução na literatura portuguesa. É esse o debate a fazer na próxima edição dos Livros em Desassossego. Na mesa vão estar a professora universitária Maria Alzira Seixo e os escritores Rui Zink e Fernando Dacosta. O painel fica completo com a presença do editor Manuel Alberto Valente, que se demitiu recentemente da Asa e vem falar de três livros recentes que gostaria de ter podido editar, e do escritor Domingos Amaral, que fará a primeira apresentação de Já Ninguém Morre de Amor, o novo romance que publicará em Maio. A próxima edição dos Livros em Desassossego acontece como habitualmente na última quinta-feira de Abril, dia 24, pelas 21.30, na Casa Fernando Pessoa. Carlos Vaz Marques modera. A entrada é livre. desenho de Elizabeth Perkins Casa Fernando Pessoa
Câmara Municipal de Lisboa Rua Coelho da Rocha, nº 161250-088 - Lisboa Portugal Telf: + 351 21 391 32 75
(Este era um post que estava para escrever há muito tempo. Já se conta, aliás, por meses este atraso. Pertence à categoria de resposta/manutenção de debate com o Carlos sobre as presidenciais americanas. Resposta porque tem a ver com as segundas preferências de cada um, manutenção do debate porque é disso que se trata)
No ultimo post sobre a matéria, eu disse a determinada altura que “ando para escrever sobre aquilo que eu considero a principal força de Obama, que é algo que eu procuro preferencialmente (irónico, não?) num político. Mas estou a ‘escudar-me’ na indefinição democrata para adiar o texto”
Pois chegou a altura de falar dessa força. E essa é, como é fácil perceber…
o Carisma
Quando eu ouço Obama discursar, principalmente naqueles momentos em que tal é MESMO necessário (seja para empolar ou para responder a algo), Obama inspira qualquer um. Acho que isso é perfeitamente perceptível e aceitável mesmo para aqueles que não conseguem suportar nada das suas ideias políticas. O seu timbre, a sua presença, “obrigam” qualquer um a virar a cara para ele, nem que seja para lhe chamar nomes. E isso torna-se essencial quando queremos fazer passar uma mensagem.
Depois vem a questão da tarefa. E embora o poder do presidente americano seja imenso, tornando-se comum ser chamado de “o homem mais poderoso do planeta”, esse poder advém de, principalmente, duas situações: i) o poder bélico americano e ii) o poder de influência.
Ora, se para o primeiro, “basta” ser eleito, já o segundo pode ser tremendamente aumentado devido ao carisma do personagem em questão. Numa altura como a que vivemos, e sendo os EUA o motor económico do mundo, torna-se premente que quem vá habitar a Casa Branca após o próximo dia 20 de Janeiro seja alguém que “nos” consiga fazer dar aquele extra para que a economia mundial retome o crescimento em vez de se manter na recessão que se encontra. E para isso, a acompanhar bons planos económicos, tem de estar a prosa de quem lidera. E é aí que entramos n’…
os Discursos – just words?
E essa questão leva-nos até às críticas que foram em tempos muito veiculadas por toda a gente que não era Obamaniacs, mas que na verdade foi para mim um grande tiro no pé.
Os discursos de Obama são a sua principal arma. E é essa a arma que ele irá também usar para a recuperação económica. Mas não é por acaso que ele diz que irá basear a sua política externa no diálogo. Além de marcar uma clara diferença para a actual administração, penso que Obama conta com o poder da sua voz para persuadir outros a chegarem a compromissos. É claro que para tal terá de haver cedências de parte a parte, mas isso é o jogo a jogar.
A questão que se põe é se isso será suficiente com grupos terroristas. Claro que não é! Mas pode muito bem ser a diferença entre ter nações a apoiar grupos terroristas e nações que não o façam (bem, pelo menos diminuir o número de nações que o façam)
Em suma, é por esse carisma e por essa inspiração que eu disse, em tempos, que se tivesse do lado de lá do norte atlântico provavelmente estaria a colaborar activamente na campanha de Obama. E é certamente por isso que ele está a arrasar nos caucases.
Mas Menezes também deveria explicar o real porquê de tomar a atitude que tomou, seis meses depois de ter sido eleito. Independentemente de ter (ou não) razão na questão das críticas dos barões a quem foi eleito pelas bases, essas mesmas bases deveriam exigir uma justificação plausível, e não a vitimização a que estamos a assistir.
ONU: 100 mil crianças poderão ficar sem apoio alimentar. As Nações Unidas alertaram o Mundo para as consequências trágicas da iminente retirada de ajuda a 100 mil crianças caso o Programa Mundial de Alimentos (PMA) da ONU não receba mais 500 milhões de euros para combater o aumento dos preços dos alimentos, noticia o jornal espanhol El País. O pedido de 500 milhões de euros, feito pelo PMA, em Março, aos países doadores, para a manutenção dos projectos, tornou-se insuficiente para fazer face às últimas subidas do preço dos alimentos. Numa intervenção no Centro de Estudos Internacionais e Estratégicos, em Washington, a directora do PMA, Josette Sheeran, explicou que, devido ao aumento do preço do arroz (75 por cento em dois meses) e do trigo (120 por cento num ano), o Programa Mundial de Alimentos comprou menos 40 por cento dos alimentos necessários. Segundo Sheeran, a escalada dos preços deve-se à subida do valor do petróleo que encarece os fertilizantes e os custos dos transportes, ao «boom» dos biocombustíveis e às alterações climáticas que causam inundações e secas. Em África «muitos agricultores estão a plantar menos porque não podem pagar os fertilizantes». Josetee Sheeran teceu críticas ao controlo dos preços em países como a Argentina, Vietname e China que, afirmou, «não alimentam quem tem fome, mas alimentam a crise», pois essas medidas podem desincentivar o cultivo de terras e agravar os problemas no resto do mundo. Para impedir a subida dos preços, a directora do PMA defendeu que, em vez de «medidas generalizadas», os países deveriam dar ajudas efectivas aos pobres como acontece na Etiópia (o Estado subsidia o trigo), no México e na Indonésia. A ONU dá ajuda a 73 milhões de pobres de 80 países. Retirado do Diário Digital / Lusa, 19 de Abril de 2008; resumido por V.S. Eis a questão. E as minhas perguntas, de mulher ocidental:
1. Trata-se de uma nova questão? 2. Quem são os agentes desta questão? 3. Há grandes blocos de países que se encontram, no séc.XXI, em campos antagónicos perante as novas questões e o interesse em solucioná-las? 4. Há um eixo do Bem e um eixo do Mal? Qualquer deles facilmente identificável? Categorizados de uma vez por todas? 5. Os interesses do capital comandam o mundo deixando zero graus de liberdade à intervenção política, cívica ou outra? 6. Por que países passam esses interesses e a defesa dos mesmos? USA, China e outros? Ou China, USA e outros? China e USA e outros? USA e China e outros? 7. Como articular o todo com as partes, isto é, o interesse de cada bloco (blocos de países, blocos económicos, outros blocos) com um interesse global, universal, de solidariedade? 8. Que instituições têm de ser criadas para a defesa de interesses globais? 9. Que modelo terão de apresentar tais instituições para serem eficazes e jamais totalitárias? 10. Como regular interesses privados e globalizados, dirigidos por poderes difusos, dificilmente identificáveis porque "anónimos" e deslizantes?
Ficam as perguntas, com a esperança de reflexão a partir delas. Se as perguntas estiverem erradas ou incorrectamente formuladas, que sejam reescritas. O meu primeiro convite à reflexão, ao diálogo, ao debate, vai para os meus três amigos e camaradas deste blog.
Centro de Exposições de Odivelas O Centro de cultura e exposições faz este mês o seu primeiro aniversário. Espaço multi cultural, com salas para vários ateliers e oficinas, salas de exposições, bar, onde poderemos assistir a concertos de jazz, tertúlias... Enfim, finalmente algo inovador e interessante a juntar ao espólio da cultura Odivelense... Câmara de Odivelas.
(ainda) sobre a visita de Cavaco à Madeira: Sobre a crise do PSD:
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