quarta-feira, fevereiro 21, 2007

Tempos de Antena

Sobre o primeiro tempo de Antena do Movimento Jovens pelo Sim alguns esclarecimentos. O Tempo tinha a totalidade de 150 segundos (2 minutos e meio), foi feito a pensar que seria apresentação do movimento, na RTP, numa quarta-feira pelas 19 horas (antes do «Preço Certo»). Decidi avançar por uma estrutura composta por duas ficções (de resto uma aposta fixa do Movimento dos Jovens pelo Sim), um depoimento (do Ricardo Araújo Pereira) e alguns separadores.

As ficções foram produzidas por mim e realizadas pela Maria Antunes (a primeira, intitulada «Diálogos de Café») e pelo Carlos Conceição (intitulada «Grafitti»). A ideia era apresentar o Movimento, num começo calmo e dialogante. Daí a cena, entre dois homens, nu qualquer café. Depois introduzíamos o depoimento. A escolha do Ricardo é mais que entendível (só o sketch que fez sobre o Marcelo contou mais que centenas de tempos de antena). Depois finalizámos com outra ficção, esta dedicada exclusivamente ao apelo ao voto jovem. Neste série, aqui inaugurada, procurarei relatar a minha experiência na campanha eleitoral. É minha intenção mostrar os tempos de antena que produzi, falar um pouco da estrutura dos mesmos, das sua estratégia de comunicação e da sua posição táctica no decurso da campanha.
O primeiro post funcionou um pouco como um teaser para o que pretendemos alcançar. Foi minha preocupação, ao estruturar a estratégia de comunicação, procurar articular os recursos existentes com um conteúdo definido numa estratégia de comunicação pensada. Os recursos foram quase inexistentes. Não só não havia quaisquer meios financeiros que pudessem comprar soluções como os recursos humanos disponíveis (nomeadamente eu) pouca ou nenhuma experiência tinham na área da produção audiovisual na altura da entrada no projecto. Mesmo eu vi-me envolvido porque, numa determinada reunião, quando perguntaram aos participantes onde gostariam de participar, eu disse «Tempos de Antena». Mal sabia onde me iria meter. É o que se pode dizer «estar no sítio errado na altura errada»… é que sou académico, investigador ligado ás áreas das Ciências Sociais e Humanas, História e Ciência Política. Pouco ou nada sabia de produção.


Devo dizer que aceitei relutantemente a responsabilidade de coordenar os Tempos de Antena, de Rádio e de Televisão. Somente após uma primeira reunião com o Daniel Oliveira (que, pelo que soube, tinha o «meu» lugar no referendo de 1998) que decidi começar o meu envolvimento.


E após essa decisão foi a sério.


(continua)

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