terça-feira, abril 25, 2006

Será que Jesus existiu?

Luigi Cascioli, um militante ateísta e autor do livro “A Fábula de Cristo”, trouxe finalmente o seu caso ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos de Estrasburgo. Este vai ser apresentado e defendido por dois dos mais famosos advogados italianos os Doutores Giovanni Di Stefano e Domenico Marinelli, que actuaram em diversos casos políticos importantes e com alguma relevância mediática, entre outros e nos mais recentes podemos referir que estes senhores defenderam Saddam Hussein e Tarek Aziz (até serem afastados pelas autoridades iraquianas) e Slobodan Milosevich.
Luigi Cascioli argumenta que não há nem provas independentes nem realistas que de alguma maneira provem que Jesus tenha sequer tido uma existencia histórica e acusa a Igreja Católica e Apostólica Romana (I.C.A.R.) de ter enganado as pessoas com a fábula de Cristo desde há dois mil anos para cá e de ter tido com isso ganhos financeiros.
Este acusa o Padre Enrico Righi de uma paróquia de Viterbo, de 76 anos, e seu ex colega de curso, de há três anos ter cometido dois crimes, este padre numa carta paroquial refere explicitamente que Jesus existiu historicamente, segundo Cacioli, este ao fazê-lo abusou da credulidade pública e personalizou historicamente a figura de Jesus, estes crimes são segundo Cascioli o suficiente para segundo o Código Penal Italiano pôr a I.C.A.R. em Tribunal.
Este perdeu a causa contra a I.C.A.R. nos tribunais italianos mas há cerca de uma semana conseguiu dar os passos necessários para levar o caso ao Tribunal Europeu dos Direitos Humanos.
Será que se este ganhar os Maçons podem pedir indemnizações por perseguições com base em ideias falsas?
E os Judeus por massacres com base ideológica infundada, pois não podem ser responsáveis pela morte de quem não existiu?
Será que nós enquanto cidadãos podemos reclamar, caso a existência de Jesus não se prove, pela utilização pública e a nacionalização de todos os bens da Igreja?
Estou expectante...
Fonte: Boletim Virtual Racionalista.
P.S. – Reflexão também publicada no Geosapiens.

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