quarta-feira, janeiro 18, 2006

E se?

E se Cavaco não for eleito à primeira volta?

E se Alegre não ficar em segundo? E se Soares passar a uma segunda volta?

Estará a «culpa» nas sondagens? Em quem as faz? Ou em quem as lê e nelas sonha com urnas abertas?

Bem sei que as sondagens, em política, são importantes; mas não deviam de ser tão importantes de modo a marcar o discurso, a actuação. Mais, penso estarem as sondagens a atravessar um momento de descrédito forte, vide os recentes casos autárquicos, e julgo mesmo que, se Cavaco não for eleito e Soares passar à segunda volta, ter-se-á de repensar em todos os processos de recolher opiniões políticas de forma válida e pertinente. E teremos quatro anos para essa reflexão.

A verdade é que, mesmo perante estes indícios, quer Cavaco quer Alegre quase exclusivamente discursaram ao sabor do vento desses números. Cavaco gerindo a vantagem, calando-se o mais possível e permitindo que dele se façam as mais alargadas leituras (ganhando assim simpatias em várias frentes); e Alegre procurando uma bipolarização fictícia entre ele e Cavaco, assumindo-se, erradamente a meu ver, como a alternativa.

Ambos juram não ligar a sondagens, ambos asseguram não lhes ligar. Ambos só discursam para os números, ambos só apresentam estatísticas em prol de ideias.

Não é um presidente destes que quero.
E se Soares passar à segunda volta? E se voltar a ser eleito?

1 comentário:

Kindala Rocha disse...

pois é, meu amigo, eu votava em ti, nem que fosse do Japão

Pesquisar neste blogue